Roteiro Genealógico das Famílias Bíblicas


Em se tratando de livro sobre genealogia, não poderia ser mais oportuno do que apresentar um roteiro genealógico simplificado sobre as primeiras famílias, na cadeia ascendencial de Jesus Cristo, constantes da Bíblia, considerada como fonte primeira de conhecimento da história genealógica da família.


Inicialmente, fazemos algumas considerações sobre a Bíblia por julgarmos importantes para a melhor compreensão do seu objetivo primordial para a humanidade. Em seguida, abordamos alguns aspectos interessantes de lugares da região em que Jesus Cristo, como Filho de Deus, viveu aqui na Terra, para depois, então, apresentarmos o Roteiro Genealógico das Famílias da Bíblia.


A Bíblia foi escrita a muitíssimo tempo atrás, composta por 73 livros sagrados na doutrina católica e apenas 66 livros na doutrina evangélica. Seu início ocorreu nos anos de 1250 antes de Cristo e o seu término foi no final da vida do Evangelista João, por volta do ano 100 depois de Cristo.

A Bíblia foi escrita por Deus que usou pessoas como instrumento para enviar a sua doutrina a todos nós. Ela foi toda escrita por inspiração do Espírito Santo, ou seja, o próprio Deus Vivo, o que é confirmado na Segunda Epístola de São Paulo a Timóteo, capítulo 3, versículos 16 e 17: "Toda a Escritura, divinamente inspirada, é útil para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, estando preparado para toda a boa obra".

A Bíblia é dividida em duas grandes partes: o Antigo Testamento e o Novo Testamento. A palavra "testamento" significa "aliança de Deus com os homens, quer feita através de Moisés – o Antigo Testamento, quer através de Jesus Cristo – o Novo Testamento", significando uma aliança de Deus com todos nós.

A Bíblia é a palavra de Deus que nos foi dada para o nosso enriquecimento espiritual. Pelo Batismo nos tornamos Filhos de Deus e através da Bíblia é que conhecemos os seus ensinamentos e sua doutrina.

O Antigo Testamento começa narrando a Criação, em Gênese, e segue com as alianças, os profetas. Tudo preparando o povo para a Vinda do Messias, o Filho de Deus – Jesus.

No Antigo Testamento há algumas divergências entre a Bíblia de doutrina católica que possui 46 livros sagrados e a Bíblia de doutrina evangélica que possui apenas 39 livros, não constando os livros Tobias, Judite, 1º Macabeus, 2º Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruc.

Essas divergências estão melhores apresentadas no demonstrativo seguinte e também nos comentários das observações logo após a tabela:

CATÓLICA, Segundo o Concílio de Trento

EVANGÉLICA

a)- Livros Históricos:

a)- Livros Históricos:

1 – GÊNESIS

1 – GÊNESIS

2 – ÊXODO

2 – ÊXODO

3 – LEVÍTICO

3 – LEVÍTICO

4 – NÚMEROS

4 – NÚMEROS

5 – DEUTERONÔMIO

5 – DEUTERONÔMIO

6 – JOSUÉ

6 – JOSUÉ

7 – JUÍZES

7 – JUÍZES

8 – RUTE

8 – RUTE

9 – PRIMEIRO LIVRO DOS REIS

9 – PRIMEIRO LIVRO DE SAMUEL (1)

10 – SEGUNDO LIVRO DOS REIS

10– SEGUNDO LIVRO DE SAMUEL (1)

11 – TERCEIRO LIVRO DOS REIS

11 – PRIMEIRO LIVRO DOS REIS (1)

12 – QUARTO LIVRO DOS REIS

12 – SEGUNDO LIVRO DOS REIS (1)

13 – PRIMEIRO LIVRO DOS PARALIPÔMENOS

13 – PRIMEIRO LIVRO DAS CRÔNICAS (1)

14 – SEGUNDO LIVRO DOS PARALIPÔMENOS

14 – SEGUNDO LIVRO DAS CRÔNICAS (1)

CATÓLICA, Segundo o Concílio de Trento

EVANGÉLICA

15 – ESDRAS

15 – ESDRAS

16 – NEEMIAS

16 – NEEMIAS

17 – TOBIAS

-

18 – JUDITE

-

19 – ESTER

17 – ESTER

20 – PRIMEIRO LIVRO DOS MACABEUS

-

21 – SEGUNDO LIVRO DOS MACABEUS

-

b)- Livros Didáticos:

b)- Livros Didáticos:

22 – JÓ

18 – JÓ

23 – SALMOS (2)

19 – SALMOS (2)

24 – PROVÉRBIOS

20 – PROVÉRBIOS

25 – ECLESIASTES

21 – ECLESIASTES

26 – CÂNTICO DOS CÂNTICOS

22 – CÂNTICOS

27 – SABEDORIA

-

28 – ECLESIÁSTICO

-

c)- Livros Proféticos:

c)- Livros Proféticos:

c1)- Profetas Maiores:

c1)- Profetas Maiores:

29 – ISAÍAS

23 – ISAÍAS

30 – GEREMIAS

24 – GEREMIAS

31 – LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS

25 – LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS

32 – BARUC

-

33 – EZEQUIEL

26 – EZEQUIEL

34 – DANIEL

27 – DANIEL

c2)- Profetas Menores:

c2)- Profetas Menores:

35 – OSÉIAS

28 – OSÉIAS

36 – JOEL

29 – JOEL

37 – AMÓS

30 – AMÓS

38 – ABDIAS (3)

31 – OBADIAS (3)

39 – JONAS

32 – JONAS

40 – MIQUÉIAS

33 – MIQUÉIAS

41 – NAUM

34 – NAUM

42 – HABACUC (3)

35 – HABACUQUE (3)

43 – SOFONIAS

36 – SOFONIAS

44 – AGEU

37 – AGEU

45 – ZACARIAS

38 – ZACARIAS

46 – MALAQUIAS

39 – MALAQUIAS

OBS: 1 - O Primeiro Livro dos Reis na Bíblia católica é o mesmo Primeiro Livro de Samuel na Bíblia evangélica; o Segundo Livro dos Reis na Bíblia católica é o mesmo Segundo Livro de Samuel na Bíblia evangélica; o Terceiro Livro dos Reis na Bíblia católica é o mesmo Primeiro Livro dos Reis na Bíblia evangélica; o Quarto Livro dos Reis na Bíblia católica é o mesmo Segundo Livro dos Reis na Bíblia evangélica; o Primeiro Livro dos Paralipômenos na Bíblia católica é o mesmo Primeiro Livro das Crônicas na Bíblia evangélica e o Segundo Livro dos Paralipômenos é o mesmo Segundo Livro das Crônicas na Bíblia evangélica.

2– No livro dos Salmos há uma pequena divergência entre as Bíblias católica e evangélica em relação à numeração dos capítulos. Assim: o capítulo 10 na Bíblia católica equivale aos capítulos 10 e 11 na evangélica; o capítulo 11 na Bíblia católica corresponde ao 12 na evangélica e assim sucessivamente até o capítulo 113 da Bíblia católica que corresponde aos 114 e 115 da Bíblia evangélica e os capítulos 114 e 115 da Bíblia católica que correspondem ao 116 da Bíblia evangélica; o capítulo 116 da Bíblia católica corresponde ao 117 da Bíblia evangélica e assim sucessivamente até os capítulos 146 e 147 da Bíblia católica que correspondem ao capítulo 147 da Bíblia evangélica. Daí em diante a numeração dos capítulos são correspondentes até o capítulo 150, até o final do livro dos Salmos.

3-Entre os Profetas Menores, estão na Bíblia católica Abdias e Habacuc e na Bíblia evangélica esses profetas estão com a grafia dos seus nomes como Obadias e Habacuque.

Quanto ao Novo Testamento, praticamente, não há divergência entre as Bíblias católica e evangélica, sendo composto por 27 livros sagrados que narram a história do profeta João Batista, o nascimento do Messias, Jesus, os seus ensinamentos, e a sua redenção. São narradas também as viagens dos Apóstolos para espalhar a Igreja de Jesus por todo o mundo, assim como as epístolas enviadas pelos Apóstolos, Paulo, Pedro, Tiago e João, para essas Igrejas. Esses livros são os seguintes:

a)- Livros Históricos:

1 – EVANGELHO DE S. MATEUS

2 – EVANGELHO DE S. MARCOS

3 – EVANGELHO DE S. LUCAS

4 – EVANGELHO DE S. JOÃO

5 – ATOS DOS APÓSTOLOS

b)- Livros Didáticos:

6 – EPÍSTOLA DE S. PAULO AOS ROMANOS

7 – PRIMEIRA EPÍSTOLA DE S. PAULO AOS CORÍNTIOS

8 – SEGUNDA EPÍSTOLA DE S. PAULO AOS CORÍNTIOS

9 – EPÍSTOLA DE S. PAULO AOS GÁLATAS

10 – EPÍSTOLA DE S. PAULO AOS EFÉSIOS

11 – EPÍSTOLA DE S. PAULO AOS FILIPENSES

12 – EPÍSTOLA DE S. PAULO AOS COLOSSENSES

13 – PRIMEIRA EPÍSTOLA DE S. PAULO AOS TESSALONICENSES

14 – SEGUNDA EPÍSTOLA DE S. PAULO AOS TESSALONICENSES

15 – PRIMEIRA EPÍSTOLA DE S. PAULO A TIMÓTEO

16 – SEGUNDA EPÍSTOLA DE S. PAULO A TIMÓTEO

17 – EPÍSTOLA DE S. PAULO A TITO

18 – EPÍSTOLA DE S. PAULO A FILEMOM

19 – EPÍSTOLA DE S. PAULO AOS HEBREUS

20 – EPÍSTOLA DE S. TIAGO

21 – PRIMEIRA EPÍSTOLA DE S. PEDRO

22 – SEGUNDA EPÍSTOLA DE S. PEDRO

23 – PRIMEIRA EPÍSTOLA DE S. JOÃO

24 – SEGUNDA EPÍSTOLA DE S. JOÃO

25 – TERCEIRA EPÍSTOLA DE S. JOÃO

26 – EPÍSTOLA DE S. JUDAS

c)- Livro Profético:

27 – APOCALIPSE DE S. JOÃO

Em síntese, podemos mencionar na Bíblia grandes alianças dentro do plano de Deus para a salvação da Humanidade que andava um tanto decaída:

Uma primeira aliança foi estabelecida com a Barca de Noé, ocorrendo o dilúvio, como uma destruição dos povos que viviam em costumes devassos, em desobediência a Deus, ficando apenas a família de Noé, a quem Deus incumbiu preservar animais de cada espécie. Depois do dilúvio, Deus pediu a Noé e sua família que tivessem muitos filhos e repovoassem toda a Terra e prometeu que jamais destruiria os seres vivos com água. Como sinal dessa aliança, seria colocado o arco-iris nas nuvens, pois, ao aparecer, Deus lembraria dessa promessa.

Outra grande aliança foi feita por Deus com Abraão e com os vindouros no decurso das suas gerações futuras, fazendo crescer a prosperidade infinitamente, dando aos seus descendentes o país de Canaã como uma herança eterna, mudando o nome de Abrão para Abraão, fazendo-o chefe das nações, saindo de seus descendentes muitos reis e ainda mudou o nome de sua mulher Sarai que era estéril para Sara e a abençoou, concedendo-lhe um filho que se chamaria Isaque, confirmando com ele a aliança e com seus descendentes depois dele, para que essa aliança seja eterna, dando continuidade a suas gerações. Ainda como sinal dessa aliança, Deus disse a Abraão que todos os homens deveriam ser circuncidados e os filhos homens que nacessem dali em diante seriam circuncidados no oitavo dia de nascido, como um pacto, vertendo sangue na circuncisão, para adesão à aliança com Deus.

Uma terceira grande aliança foi feita com Moisés, que foi desiguinado por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito. Deus mesmo escreveu nas duas tábuas de pedras, também chamadas tábuas do Testemunho, os seus mandamentos e que foram entregues a Moisés. Deus transmitiu ainda ao povo de Israel um grande número de regras de convivência em comum e as respectivas penas pelo não cumprimento, como se fosse um código civil e penal, estabelecendo princípios norteadores da vida em comunidade, tudo com a finalidade de reger o comportamento do povo de Deus.

Ainda uma outra grande aliança a ser mencionada foi a feita com Jesus que é o Salvador que Deus prometeu dar ao mundo. Jesus é a luz que dará iluminação espiritual às Nações e será a glória do povo, a quem Ele recomendava que deixasse o pecado e se voltasse para Deus. Na última ceia com os apóstolos, já próximo a sua morte, Jesus tomou o pão e o abençoou, o partiu e deu aos discípulos dizendo: "Tomem e comam, porque isso é o meu corpo que é dado por vocês". Depois tomou um cálice de vinho, deu graças e o entregou aos discípulos dizendo: "Cada um beba dele, porque isso é o meu sangue, que faz a Nova Aliança. Ele será derramado para perdoar os pecados de muitos", o que foi confirmado com a morte de Jesus, vertendo seu próprio sangue na cruz para a remissão dos pecados do povo. Assim, Jesus é a luz da revelação que nos trouxe do Pai, o Deus todo Poderoso, indicando o caminho da salvação para todos nós.

Há uma convergência para um ponto central e final na Bíblia, pois todos os livros se encontram com o mesmo objetivo. Esse ponto é Jesus Cristo, o Messias.

A Bíblia é o livro mais lido mundialmente. Ler a Bíblia requer pouquíssimos conhecimentos. A Bíblia é composta de livros sagrados e esses livros são divididos em capítulos e esses capítulos em versículos.

Capítulos são as divisões que existem em cada livro sagrado, numerados em seqüência, com números maiores, posicionados no início de parágrafos. Versículos são números seqüenciais menores que se encontram no meio do texto de cada capítulo, servindo principalmente para melhor localização das passagens da Bíblia. Ex.: Evangelho de Mateus, capítulo 4, versículos de 5 até 11 (Mt 4.5-11).

Então, devemos localizar o Evangelho de Mateus no Novo Testamento e no Evangelho de Mateus procurar o capítulo 4, observando que sempre o número está bem destacado no início de um parágrafo. Ao chegar no capítulo 4, devemos procurar um pequeno número que se encontra no meio do texto do capítulo, neste caso é o número 5, a partir daí podemos começar a leitura, terminando no versículo 11.

É importante ressaltar que os relatos encontrados na Bíblia, embora sob a inspiração de Deus, nem sempre estão completos, uma vez que são assuntos que foram escritos muito tempo depois dos fatos, limitando-se a registrar apenas os acontecimentos e as pessoas mais relevantes, principalmente da linha descendencial, da qual iria nascer o Salvador do mundo, Jesus Cristo. Também era reconhecida a falta de documentação na época, pelo que se poderia avaliar o quanto eram imprecisas as fontes de informações disponíveis naquele tempo, quase sempre com base na tradição, resultando em desencontros entre os registros escritos por um e por outro autor dos textos da Bíblia sobre um mesmo assunto.

Essas diferenças verificadas entre textos da Bíblia, constando nas versões que chegaram até os nossos dias, acentuam-se ainda mais quando se leva em consideração as inúmeras traduções que foram realizadas do texto original para diversas línguas, no decorrer de todos os tempos, inclusive chegando ao português.

É comum verificar-se que, de uma tradução para outra, da Bíblia, encontram-se nomes diferentes para as mesmas pessoas, bem como alguns nomes de pessoas aparecem em um autor de textos da Bíblia e já em outro aparecem outros nomes, tratando-se de um mesmo assunto.

Observam-se ainda divergências até mesmo nas próprias cadeias descendenciais, indicando a sucessão das gerações, descritas pelos evangelistas Mateus e Lucas. São diferenças que não prejudicam a essência da Bíblia e que devem ser aceitas e compreendidas, em função dos esclarecimentos prestados.

Agora, destacamos alguns aspectos interessantes da região onde Jesus Cristo, Filho de Deus, viveu aqui na Terra, com base em pesquisas e observações feitas quando de viagem que o Autor deste livro fez no mês de julho de 1995.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A REGIÃO ONDE JESUS VIVEU NA TERRA:

A cidade de Jerusalém tem uma longa história, de milênios. Em um primeiro período, por volta dos anos 3.000 a 1.000 a.C., a cidade foi assumindo certa importância no Oriente Médio, servindo como base para os reinos que disputavam o domínio da Palestina. Em um segundo momento, nos anos 1.000 a 600 a.C., Jerusalém, que pertencia ao antigo reino dos jebuseus, foi tomada pelo rei Davi, tornando-se capital do reino unificado de Israel e Judá e se transformando em centro de culto nacional para os judeus e depois, com a morte do rei Salomão, passou a ser a capital apenas do reino de Judá que teve vários reis.

No período helenístico dos anos 320 a 142 a.C., Jerusalém continuou orientada para o culto, embora se agregasse às correntes culturais e ao comércio do mundo grego.

Com a expansão de Roma em território asiático, Pompeu invadiu Jerusalém no ano 63 a.C., entregando o governo da Galiléia a Herodes, o Grande. No ano 6 d.C., a Judéia já fora absorvida como província romana, governada por procuradores, sendo o quinto deles, Pôncio Pilatos, nos anos 26 a 37 d.C., período em que se verificou o julgamento de Jesus de Nazaré.

Com a agitação dos judeus ortodoxos no ano 66 d.C. contra os sacerdotes favoráveis aos romanos, houve a revolta contra os romanos, ocasionando o cerco de Jerusalém por Tito em setembro do ano 70 d.C., destruindo o templo e a instalação da chamada Colônia Élia Capitolina em honra a Júpiter Capitolino e ficando a cidade arrasada.

Com o cristianismo, Jerusalém consolidou-se como Cidade Santa, conciliando o interesse religioso de judeus, cristãos e mulçumanos.

O imperador romano Constantino converteu-se ao cristianismo no ano 324 d.C. e construiu várias basílicas, inclusive a primeira igreja do Santo Sepulcro, aumentando a peregrinação dos cristãos à Jerusalém.

A ocupação islâmica de Jerusalém de 655 a 1917, com algumas interrupções, suscitou o grito de guerra dos cruzados para a tomada da cidade sagrada, uma vez que foram destruídos diversos santuários cristãos e ainda ficava impedida a tradicional peregrinação ao local.

Em 1099, a cidade de Jerusalém foi tomada pelos cruzados, formando o Reino Latino de Jerusalém, tendo voltado a cair em poder do Islame em 1187.

Os tártaros saquearam a cidade de Jerusalém em 1244 por três anos, voltando ao poder dos árabes que conservaram até 1517, quando passou ao domínio turco, durante 400 anos. No período seguinte, Jerusalém ficou sob o protetorado britânico até 1948.

O Estado de Israel foi constituído em 1948 e logo, um dia depois, foi atacado pelo Egito, Iraque, Líbano, Síria e Jordânia. Depois disso, houve mais duas guerras, continuando a ser uma região instável, marcada pelas desavenças religiosas de séculos entre judeus, cristãos e muçulmanos.

Com a Guerra dos Seis Dias em 1967, Jerusalém ficou sob a administração única israelense, sendo que só em 1994 o Estado do Vaticano reatou relações diplomáticas com Israel. Negociações posteriores preservaram Jerusalém como cidade sagrada, aberta às peregrinações, e assim permanece até os nossos dias, poupada de maiores conflitos e destruições através da diplomacia internacional.

A cidade antiga de Jerusalém é construída em pedra ou tijolo aparente, permanecendo uma aparência exterior de cidade rústica. O Vale do Cedron divide a cidade em Jerusalém antiga e Jerusalém nova. Foi a cidade onde Jesus Cristo foi crucificado. Segundo as tradições, o Juízo Final aí ocorrerá e os clarins da Ressurreição aí soarão.

Jerusalém importa diamantes brutos da Austrália, da Rússia e da África do Sul e em fábrica existente na cidade são lapidados esses diamantes e fabricadas jóias que são vendidas para o mundo inteiro, tornando-se Israel o maior fabricante do mundo em diamantes trabalhados.

O Muro das Lamentações fica na Jerusalém antiga e é uma parte das muralhas do tempo de Herodes, o lugar mais sagrado da religião judaica, com grandes e robustos paredões, é um dos pontos turísticos mais visitados de Jerusalém, contando sempre com a presença de inúmeros grupos de religiosos. Nas visitações, as mulheres ficam ao lado direito e os homens com turbantes ficam ao lado esquerdo, separados por uma tela, isto é, em áreas distintas. Por mais que se possa estranhar os gestos das pessoas, como levantar e abaixar a cabeça em movimentos contínuos, emitindo sons altos, é importante conter o olhar curioso e tentar respeitar ao máximo o lugar. E não se deve esquecer de levar um papel com pedidos ou agradecimentos para ser colocado em uma das frestas do muro. Quase todo mundo faz isso. Esse gesto faz parte das tradições judaicas.

O Cenáculo é o local onde foi celebrada a última ceia entre Jesus e seus 12 apóstolos, cuja sala, hoje vazia e escura, fica no andar de cima do prédio no Monte Sião e nem se consegue visualizar o famoso quadro de Leonardo da Vinci sobre a Santa Ceia. No andar inferior do prédio, acredita-se que esteja enterrado o rei Davi, que governou Jerusalém por volta do ano 1000 antes de Cristo e de cuja descendência pertencia Jesus Cristo, já na 28ª Geração a partir de Davi.

No Monte das Oliveiras, onde, segundo a Bíblia, Jesus Cristo subiu aos céus, localizam-se vários templos, como a Igreja da Ascensão reconstruída em 1800 e a Igreja do Padre Nosso, onde a famosa oração aparece escrita nas paredes, em diversos idiomas, inclusive em português. Neste local, Jesus ensinou a seus discípulos a oração do Pai Nosso.

A Basílica de Getsêmani (Igreja da Agonia) onde Jesus Cristo foi cruelmente flagelado. Também é conhecida como Igreja das Nações, em virtude de ter sido reconstruída em 1924 com a ajuda de 16 países, inclusive o Brasil e é uma das mais bonitas de Jerusalém.

No Museu de Jerusalém há uma farta documentação sobre a 2a. Guerra Mundial, destacando-se a perseguição sofrida pelos judeus.

Os únicos lugares por onde comprovadamente Jesus Cristo passou durante o flagelo são o Palácio de Pôncio Pilatos e o Calvário. As demais estações, embora estejam registradas na Bíblia, não podem ser identificadas com precisão, pois a cidade de Jerusalém, que em hebraico significa "Cidade da Paz", foi destruída muitas vezes ao longo de três mil anos de existência, desde mil anos antes de Cristo. Muitos monumentos se perderam, outros foram completamente soterrados. O Santo Sepulcro, o lugar mais sagrado dos cristãos, é disputado há 13 séculos por seis facções, pelo que o templo tem suas chaves guardadas por uma família de religião neutra na questão.

Na Jerusalém antiga, estão a Mesquita de Omar (Cúpula do Rochedo) construída em 691 e a Mesquita Al-Aqsã, na esplanada do antigo Templo, cuja estrutura lembra a de uma igreja, protegidas pelas muralhas, representando as mais antigas mesquitas do mundo.

Esses estranhos paradoxos fazem de Jerusalém uma cidade única, com muitas disputas religiosas, pois é berço de três grandes religiões monoteístas: Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, que fazem uma divisão territorial dessa cidade, com bairros distintos, mas com lugares sagrados e venerados por essas religiões, tais como: Muro das Lamentações, Santo Sepulcro e Esplanada das Mesquitas. Há também os armênios, entre os quatro principais grupos religiosos que habitam a cidade. A fé cega já foi responsável por guerras que dizimaram milhares de pessoas.

Belém, sob o domínio de Israel, cidade com cerca de 60 mil habitantes, foi onde nasceu o filho de Deus, Jesus Cristo. No lugar do seu nascimento foi construída a Igreja da Natividade, onde é celebrada a missa do Galo todos os anos. No seu interior, há a imagem de São Jerônimo, quem primeiro traduziu a Bíblia para o Latim.

A Virgem Maria, mãe de Jesus, nasceu na cidade de Nazaré em Israel, região da Galiléia, e que na sua época eram umas cinco aldeias e agora a cidade conta com cerca de 80 mil habitantes, onde foi erguida a Basílica da Anunciação no século XVIII, em área onde existe uma gruta no seu subterrâneo e ali foi que o anjo Gabriel anunciou a Maria que ela ia ser a Mãe do filho de Deus, Jesus Cristo. Há no interior da Igreja a imagem de Nossa Senhora Aparecida que foi doada pelo Brasil. O local onde está a Igreja de São José supõe-se que seja o lugar da sua carpintaria, onde trabalhava. Há logo na frente uma escultura com São José, Maria e Jesus, este ainda criança de uns 5 anos, considerada como única representação sua ainda pequeno.

No deserto de Judá, à beira das estradas, observa-se região montanhosa sem vegetação e ainda existem acampamentos rústicos de beduínos que vivem por ali e ainda criam alguns animais que são vistos pelos turistas.

O Mar Morto é considerado o ponto mais baixo da terra, chegando a 408 metros abaixo do nível do mar, possuindo uma água muito salgada e escura, com 3,3% de sais em potássio e outros produtos, enquanto alguns oceanos possuem apenas 0,3% de minerais. Do outro lado do Mar Morto fica a Jordânia. Em 1947, foram descobertos manuscritos do Mar Morto em escavações feitas nas grutas do sítio Qumran, hoje em ruínas.

O Monte Tabor tem uma altura de 588m, proporcionando uma vista agradável ao longe. A estrada de subida é muito sinuosa e perigosa. No topo está construída a Igreja da Transfiguração, onde se verificou a transfiguração de Jesus diante dos apóstolos.

Na planície de Jezraël, em Israel, encontram-se as ruínas da antiga cidade de Meggido que está situada em uma montanha e foi destruída 25 vezes, tendo sido uma das principais praças fortes da região, ficando à beira da estrada que ia do Egito à Síria. Em suas numerosas batalhas, destaca-se a derrota de Josias por Necau no ano 608 a.C. A entrada é uma curva acentuada para dificultar que os inimigos pudessem arrebentar a porta principal. Há também um túnel com certa dificuldade de passagem e que foi construído como uma defesa para as pessoas que iam escondidas pegar água para abastecimento da cidade. Alguns acreditam que ali será o local que vai acontecer o Juízo Final um dia.

O Monte das Bem-Aventuranças, colina que fica próxima ao Mar da Galiléia, ao norte de Israel, onde está construída a Igreja da Bem-Aventurança, foi onde Jesus Cristo fez o Sermão da Montanha, falando para cinco mil homens, no qual citou regras de vida baseadas na humildade e no amor. Há uma casa construída para peregrinos.

Na Igreja da Multiplicação dos Pães, onde há um quadro a respeito; o altar fica sobre a rocha em que Jesus multiplicou os pães e peixes para dar de comer à multidão.

A cidade de Cafarnaum, onde Jesus morou, foi o centro de sua ação no início de sua vida pública e ainda existem algumas ruínas no local da sinagoga em que orava. Nos tempos de Jesus, Cafarnaum era uma cidade comercial e estratégica, pois havia uma "Via Maris", considerada estrada importante por onde povos antigos passavam, razão maior da sua escolha desse local, pois assim ele poderia difundir melhor a sua religião por todo o mundo.

O Santuário da Casa de São Pedro foi construído com pedras de basalto na cidade judaica de Cafarnaum e foi onde Jesus encontrou abrigo depois de ter sido obrigado a sair de Nazaré e também onde foi construída a primeira Sinagoga, na qual Jesus pregava para todos os viajantes que passavam por ali.

O chamado Mar da Galiléia tem 23km de comprimento e 13km de largura. É uma espécie de lagoa que recebe as águas do Rio Jordão. O Mar da Galiléia é de água doce e considerado a única fonte de água de Israel. No Rio Jordão, Jesus foi batizado por João Batista.

A cidade de Tiberíades fica às margens do Mar da Galiléia, já sendo uma cidade mais moderna e onde se pode almoçar em restaurantes o conhecido "Peixe de São Pedro".

A cidade de Acre ou Akko, porto de pesca no Mediterrâneo, foi a antiga cidade dos cruzados que fizeram dela uma grande fortaleza e sua capital por 100 anos, quando foram expulsos de Jerusalém pelos muçulmanos que, mais tarde, conseguiram expulsar os cruzados que voltaram para a Europa. Foi destruída no século XIII e restaurada no século XVIII pelo paxá turco Djazaar. Sofreu vários cercos, inclusive de Napoleão em 1799 que não conseguiu tomar a cidade, de tão resistentes que eram as defesas dos cruzados. A cidade vem sendo objeto de escavações arqueológicas para descobrirem mais vestígios dos antigos povos cruzados.

A cidade de Haifa situa-se ao sopé do Monte Carmelo, a uma distância de 30km de Cafarnaum e 88 km de Tel-Aviv, às margens do Mar Mediterrâneo e é o principal porto de Israel. A cidade tem por origem a antiga vila fenícia de Sycaminon e foi resistência mulçumana durante as cruzadas. Sofreu também por muitos séculos inúmeras invasões, tendo sua maior expansão somente após a criação do Estado de Israel em 1948. Em Haifa, morou o profeta Elias em uma caverna e onde hoje está construído um mosteiro e igreja à beira do mar. Elias é o padroeiro dos Carmelitas. A Cidade foi reconstruída em bases modernas, com divisões de áreas funcionais para cada tipo de atividade, como comércio, cidade-jardim, área industrial, área nova, onde ficam os bairros residenciais, colégios, hotéis e órgãos administrativos.

Na cidade de Cesaréia há um teatro ao ar livre com uma capacidade aproximada para 9.000 pessoas, construído no tempo da dominação romana e que até hoje são apresentados shows no local. Do Brasil, já estiveram por lá alguns cantores, como Gilberto Gil, Maria Betânia e Caetano Veloso.

A seguir, apresentamos o Roteiro Genealógico das Famílias da Bíblia, onde foram arroladas 767 pessoas, algumas delas mais importantes, as quais, por essa razão, tiveram as suas histórias contadas, conforme se pode observar na indicação da seqüência de gerações.

É de se esperar que todos quantos tenham a oportunidade de refletir sobre o conteúdo desse Roteiro Genealógico das Famílias da Bíblia, possam colher, de alguma forma, ensinamentos preciosos do que contiver de bom, em termos de princípios humanos valiosos, para o engrandecimento e melhoria de nossas existências nessa passagem pela terra, para que cada um possa descobrir verdadeiramente a sua missão nessa vida, proporcionada por Deus.

PRIMEIRA GERAÇÃO

1. Adão, nasceu no ano 4025 e faleceu em 3095 a.C., vivendo 930 anos, enterrado na planície de Kilkur, na antiga Mesopotâmia, hoje o Iraque; criado por Deus, que formou Homem do limo da terra e assoprou sobre o seu rosto um assopro de vida, recebendo o homem alma e vida e o pôs no Paraíso. Depois, Deus disse que não seria bom que o homem estivesse só, submetendo Adão a um sono profundo e, ao dormir, Deus tirou-lhe uma costela e pôs carne em seu lugar, formando Deus, dessa costela, uma Mulher, que apresentou a Adão como companheira semelhante, dizendo Adão: "Eis aqui o osso de meus ossos e a carne da minha carne e esta se chamará Virago porque de varão foi tomada"; e foram abençoados por Deus. Por tentação da serpente, a Mulher comeu do fruto da árvore proibido por Deus e deu a Adão. Por esse fato, Deus amaldiçoou a serpente, que iria se arrastar sobre o seu ventre por todos os dias de sua vida e Deus disse também à Mulher que multiplicaria os trabalhos dos partos, dando à luz os filhos com dor, ficando debaixo do poder do marido e ele a dominará. Deus disse também a Adão que a terra será maldita pela desobediência que cometeu e tirará da terra o sustento a custo do seu trabalho, tendo por sustento as ervas da terra que produzirá espinhos e abrolhos. Deus disse ainda a Adão que ele comeria o pão do suor do seu rosto até que retornasse à terra de que foi formado, porque Adão é pó e em pó há de tornar. Adão pôs à sua mulher o nome de Eva, nasceu no ano 4005 a.C., porque ela havia de ser a mãe de todos os viventes. Deus fez túnicas de peles e vestiu Adão e Eva, dizendo: "está feito Adão como um de nós, conhecendo o bem e o mal" e então Deus os colocou fora do paraíso para que cultivassem a terra de que tinha sido formado. Adão conheceu a sua mulher Eva e ela concebeu e deu à luz um filho a quem deu o nome de Caim, dizendo Eva que conseguiu um filho homem por graça de Deus e depois tiveram os filhos Abel e Sete.

SEGUNDA GERAÇÃO

Filhos de Adão e de Eva:

1.1. Caim, lavrador.

1.2. Abel, pastor de ovelhas. Foi assassinado por Caim.

1.3. Sete nasceu no ano 3896 e faleceu em 2984 a.C., vivendo 912 anos – cujo nome quer dizer designado, porque ocuparia o lugar de Abel e era a imagem e semelhança do Pai e nasceu quando Adão tinha já 130 anos e depois viveu Adão mais 800 anos e teve filhos e filhas, e morreu Adão com 930 anos.

TERCEIRA GERAÇÃO

Filhos de Caim:

1.1.1. Enoque, o primeiro deste nome.

Filhos de Sete:

1.3.1. Enos nasceu no ano 3790 e faleceu em 2885 a.C., vivendo 905 anos e ao nascer seu pai Sete tinha 105 anos e depois Sete viveu mais 807 anos, tendo filhos e filhas e morreu com 912 anos.

QUARTA GERAÇÃO

Filhos de Enoque, o primeiro deste nome:

1.1.1.1. Irade

Filhos de Enos:

1.3.1.1. Cainã, nasceu no ano 3700 e faleceu em 2790 a.C., vivendo 910 anos e ao nascer eu Pai Enos tinha 90 anos; depois Enos viveu mais 815 anos, morrendo com 905 anos, deixando filhos e filhas.

QUINTA GERAÇÃO

Filhos de Irade:

1.1.1.1.1. Meujael

Filhos de Cainã:

1.3.1.1.1. Maalaleel nasceu no ano 3630 e faleceu em 2735 a.C., vivendo 895 anos e ao nascer seu Pai Cainã estava com 70 anos e depois Cainã viveu mais 840 anos e teve filhos e filhas, morrendo com 910 anos de idade.

SEXTA GERAÇÃO

Filhos de Meujael:

1.1.1.1.1.1. Metusael

Filhos de Maalaleel:

1.3.1.1.1.1. Jerede nasceu no ano 3565 e faleceu em 2603 a.C., vivendo 962 anos e ao nascer seu Pai Maalaleel tinha 65 anos e depois Maalaleel viveu mais 830 anos, tendo filhos e filhas, morrendo quando estava com 895 anos.

SÉTIMA GERAÇÃO

Filhos de Metusael:

1.1.1.1.1.1.1. Lameque, o primeiro deste nome, que casou com duas mulheres: Ada e Zilá.

Filhos de Jerede:

1.3.1.1.1.1.1. Enoque, segundo deste nome, nasceu no ano 3403 e faleceu em 3038 a.C., vivendo 365 anos e ao nascer seu Pai Jerede tinha 162 anos e depois viveu Jerede mais 800 anos, tendo filhos e filhas, morrendo quando tinha 962 anos.

OITAVA GERAÇÃO

Filhos de Lameque, o primeiro deste nome, com Ada:

1.1.1.1.1.1.1.1. Jabal – primeiro criador de gado e o primeiro daqueles que moraram em tendas.

1.1.1.1.1.1.1.2. Jubal – primeiro músico; inventou a harpa e a flauta.

Filhos de Lameque, o primeiro deste nome, com Zilá:

1.1.1.1.1.1.1.3. Tubalcaim – primeiro a fazer obras de fundição, forjando instrumentos de bronze e de ferro.

1.1.1.1.1.1.1.4. Naamá

Filhos de Enoque, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1. Matusalém nasceu quando Enoque estava com 65 anos e depois Enoque viveu mais 300 anos como amigo de Deus, tendo filhos e filhas, vivendo 365 anos, sempre em comunhão com Deus, e depois Enoque desapareceu da Terra porque Deus o levou para Ele.

NONA GERAÇÃO

Filhos de Matusalém nasceu no ano 3339 e faleceu em 2370 a.C., vivendo 969 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1. Lameque, o segundo deste nome, nasceu no ano 3151 e faleceu em 2374 a.C., vivendo 777 anos e ao nascer seu Pai Matusalém tinha 187 anos e depois Matusalém viveu mais 782 anos, tendo filhos e filhas, morrendo com 969 anos, sendo Matusalém, segundo a Bíblia, o homem que mais viveu na história da humanidade.

DÉCIMA GERAÇÃO

Filhos de Lameque, o segundo deste nome, nasceu no ano 3151 e faleceu em 2374 a.C., vivendo 777 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1. Noé (significa descanso) nasceu no ano 2970 e faleceu em 2020 a.C., vivendo 950 anos e ao nascer seu Pai Lameque tinha 182 anos e depois Lameque viveu mais 595 anos, tendo filhos e filhas, morrendo com 777 anos.

HISTÓRIA DE NOÉ

No era o único homem reto de todos os que viviam naquele tempo, pois agia sempre de acordo com a vontade de Deus, estando a terra completamente corrompida. Deus orientou Noé a fazer um navio de tábuas de cipreste, com três andares, pois iria destruir toda a humanidade, juntamente com as demais criaturas. Deus vai derramar água em verdadeiro dilúvio sobre a Terra, conservando com vida Noé, a sua mulher, os seus filhos e as mulheres destes. Orientou levar, de todos os animais, um casal de cada espécie, conservando assim os animais todos. Fez cair chuva durante 40 dias e 40 noites, cujo dilúvio foi iniciado no dia 17 do segundo mês, chegando as águas a até 7 ou 8 metros acima dos Picos mais altos dos montes e cobriram a Terra durante 150 dias. Quando as águas cobriram a Terra, Noé tinha 600 anos de idade. Depois de 150 dias, no dia 17 do sétimo mês, o navio ficou parado no alto das montanhas de Ararate. Três meses depois, apareceram os cumes dos montes. 40 dias mais tarde, Noé abriu uma janela e soltou um corvo, que ficou a voar, indo e voltando, até a Terra ficar inteiramente seca. Depois, foi solta uma bomba e esta teve que voltar, pois as águas ainda cobriam a Terra, sendo acolhida por Noé. Sete dias depois, Noé soltou a bomba e esta só voltou de tarde ao navio e trazendo no bico uma folha nova de oliveira; uma semana depois soltou-a novamente e ela não retornou mais. Depois de 29 dias, no dia em que Noé fez 601 anos, a Terra ficou completamente seca. Depois do dilúvio, Noé viveu mais 350 anos, morrendo com 950 anos de idade.

O dilúvio ocorreu, portanto, cerca de 1655 anos após Deus ter colocado o primeiro homem, Adão, sobre a Terra, no transcorrer da décima geração da humanidade, segundo a Bíblia. Isso corresponde ao ano de 2370 a.C. Todos estes acontecimentos relatados na Bíblia, desde o surgimento de Adão até o dilúvio, segundo estudos, teriam ocorrido na região da Mesopotâmia, entre os históricos rios Tigre e Eufrates mencionados no livro de Gênesis, capítulo 2, versículo 14, onde hoje é o Iraque.

TORRE DE BABEL

Nos primeiros tempos, depois do dilúvio, a humanidade toda falava a mesma língua. Todos se entendiam. Com essa união, eles pensavam em construir uma cidade e uma torre que chegasse até os céus, para que eles ganhassem fama e ficassem juntos para sempre. Assim, nada os espalharia pelo mundo. Deus desceu para ver a cidade e a torre e viu que eles formavam um só povo e falavam a mesma língua. Por isso, eles já se animavam a fazer essas coisas grandiosas. Nada seria capaz de parar essa gente. Foi atrapalhada a língua deles para que não se entendessem mais uns com os outros. E o Senhor deu muitas línguas e espalhou os homens pela face da Terra. Por isso, aquele lugar recebeu o nome de Babel, que quer dizer confusão.

DÉCIMA PRIMEIRA GERAÇÃO

Filhos de Noé nasceu no ano 2970 e faleceu em 2020 a.C., vivendo 950 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Sem nasceu no ano 2468 e faleceu em 1868 a.C., vivendo 600 anos.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2. Cão

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3. Jafé nasceu no ano 2470 a.C. e ao nascer seu Pai Noé contava 500 anos; já tinha os três filhos.

DÉCIMA SEGUNDA GERAÇÃO

Filhos de Sem nasceu no ano 2468 e faleceu em 1868 a.C., vivendo 600 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Elão

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2. Assur

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3. Arfaxade nasceu no ano 2368 e faleceu em 1930 a.C., vivendo 438 anos e ao nascer seu Pai Sem contava 100 anos de idade, e eram dois anos depois do dilúvio; depois Sem viveu mais 500 anos e teve filhos e filhas.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.4. Lude

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.5. Arã, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.6. Meseque, o primeiro deste nome.

Filhos de Cão:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1. Cuxe

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2. Mizraim

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.3. Pute

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.4. Canaã


Filhos de Jafé nasceu no ano 2470 a.C.:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1. Gômer

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3.2. Magogue

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3.3. Madai

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3.4. Javã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3.5. Tubal

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3.6. Meseque, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3.7. Tiras

DÉCIMA TERCEIRA GERAÇÃO

Filhos de Arfaxade nasceu no ano 2368 e faleceu em 1930 a.C., vivendo 438 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1. Salá nasceu no ano 2333 e faleceu em 1900 a.C., vivendo 433 anos e ao nascer seu Pai Arfaxade tinha 35 anos. Arfaxade viveu mais 403 anos, deixando filhos e filhas.

Filhos de Arã, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.5.1. Uz, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.5.2. Hul

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.5.3. Géter

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.5.4. Más

Filhos de Cuxe:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1. Sebá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.2. Havilá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.3. Sabtá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.4. Raamá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.5. Sabtecá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.6. Ninrode, destacando esse filho dos demais, por ter sido muito poderoso na época, tendo construído várias cidades, entre elas Nínive, uma das cidades importantes da época. Foi o primeiro rei da história da humanidade. Era poderoso caçador e abençoado por Deus.

Filhos de Mizraim:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.1. Ludim

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2. Anamim

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3. Leabim

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4. Naftuim

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5. Patrusim

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.6. Casluim – de quem vieram os Filisteus.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.7. Caftorim

Filhos de Canaã:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.4.1. Sidom

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.4.2. Hete. Também foram descendentes de Canaã os seguintes povos: Jebuseus, Amorreus, Girgaseus, Heveus, Arqueus, Sineus, Arvadeus, Zemareus e Hamateus.

Filhos de Gômer:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1. Asquenaz

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.2. Rifá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.3. Togarma

Filhos de Javã:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3.4.1. Elisá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3.4.2. Társis

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3.4.3. Quitim

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3.4.4. Dodanim

DÉCIMA QUARTA GERAÇÃO

Filhos de Sala nasceu no ano 2333 e faleceu em 1900 a.C., vivendo 433 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1. Héber, o primeiro deste nome, nasceu no ano 2303 e faleceu em 1838 a.C., vivendo 465 anos e que deu origem a numeroso povo. Nasceu quando seu Pai Salá tinha 30 anos de idade; depois Salá viveu mais 403 anos e teve filhos e filhas.

Filhos de Raamá:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.4.1. Sabá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.4.2. Dedã

DÉCIMA QUINTA GERAÇÃO

Filhos de Héber, o primeiro deste nome, nasceu no ano 2303 e faleceu em 1838 a.C., vivendo 465 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1. Pelegue – significa divisão – porque durante a vida dele foi feita a divisão das terras entre as nações, nasceu no ano 2269 e faleceu em 2030 a.C., vivendo 239 anos e ao nascer seu Pai Héber tinha 34 anos; depois Héber viveu mais 430 anos e teve filhos e filhas.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.2. Joctã

DÉCIMA SEXTA GERAÇÃO

Filhos de Pelegue nasceu no ano 2269 e faleceu em 2030 a.C., vivendo 239 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1. Reú nasceu no ano 2239 e faleceu em 2000 a.C., vivendo 239 anos e ao nascer seu Pai Pelegue tinha 30 anos; depois Pelegue viveu mais 209 anos, deixando filhos e filhas.

Filhos de Joctã:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.2.1. Almodá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.2.2. Salefe

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.2.3. Hazarmavé

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.2.4. Jerá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.2.5. Hadorão

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.2.6. Uzal

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.2.7. Dicla

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.2.8. Obal

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.2.9. Abimael

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.2.10. Sabá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.2.11. Ofir

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.2.12. Havilá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.2.13. Jobabe

DÉCIMA SÉTIMA GERAÇÃO

Filhos de Reú nasceu no ano 2239 e faleceu em 2000 a.C., vivendo 239 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1. Serugue nasceu no ano 2207 e faleceu em 1977 a.C., vivendo 230 anos e ao nascer seu Pai Reú tinha 32 anos; depois Reú viveu mais 207 anos e teve filhos e filhas.

DÉCIMA OITAVA GERAÇÃO

Filhos de Serugue nasceu no ano 2207 e faleceu em 1977 a.C., vivendo 230 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1. Naor, o primeiro deste nome, nasceu no ano 2177 e faleceu em 2029 a.C., vivendo 148 anos e ao nasceu seu Pai Serugue estava com 30 anos; depois Serugue viveu mais 200 anos e teve filhos e filhas.

DÉCIMA NONA GERAÇÃO

Filhos de Naor, o primeiro deste nome, nasceu no ano 2177 e faleceu em 2029 a.C., vivendo 148 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1. Terá nasceu no ano 2148 e faleceu em 1943 a.C., vivendo 205 anos e ao nascer seu Pai Naor tinha 29 anos e depois Naor viveu mais 119 anos, deixando filhos e filhas. Terá resolveu sair de Ur dos Caldeus, cidade situada onde hoje é o sul do Iraque, na antiga Mesopotâmia, às margens do rio Eufrates, partindo para a terra de Canaã, nas proximidades do rio Jordão que hoje divide a Jordânia de Israel, tendo ao norte a Síria e o Líbano, levando com ele seu filho Abrão e seu neto Ló e sua nora Sarai, mas pararam em Harã, cidade um pouco a oeste de Ur, ainda na Mesopotâmia, ali ficando, onde morreu Terá, com 205 anos de idade.

VIGÉSIMA GERAÇÃO

Filhos de Terá nasceu no ano 2148 e faleceu em 1943 a.C., vivendo 205 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1. Abrão nasceu em Ur dos Caldeus, na antiga Mesopotâmia, hoje, o Iraque, no ano 2018 e faleceu em 1843 a.C., vivendo 175 anos, tendo o nome mudado por Deus para Abraão. Quando nasceu, seu Pai Terá estava com 130 anos e era pai de três filhos. Abrão casou-se com Sarai que nasceu no ano 2009 e faleceu em 1882 a.C., vivendo 127 anos. Ela era estéril e não tinha filhos e depois veio a se chamar Sara e teve um filho - Isaque. Deus faria de Abraão pai de milhões de descendentes, entre os quais muitos reis, que formariam muitas nações, por isso seu nome seria mudado de Abrão, que quer dizer "Pai Elevado", para Abraão, que significa "Pai de Nações".

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2. Naor, o segundo deste nome, casou-se com Milca, sua Sobrinha.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.3. Harã, o primeiro deste nome, nasceu no ano 2078 e faleceu em 2029 a.C., vivendo 49 anos, morrendo cedo, em Ur dos Caldeus, onde havia nascido ele e o pai. Terá ainda vivia, tendo morrido com 205 anos de idade.

HISTÓRIA DE ABRAÃO

Após a morte de Terá, Deus falou com Abrão e o ordenou que saísse de sua terra, inicialmente Ur dos Caldeus e depois Harã, do meio de seus parentes, havendo este obedecido a Deus. Aos 75 anos de idade, foi para Canaã, terra onde viviam os cananeus, levando consigo a esposa Sarai, o sobrinho Ló e todos os bens e escravos que tinha conseguido em Harã. Chegando em Canaã, Deus apareceu novamente a Abrão e prometeu dar aos seus descendentes todas aquelas terras e que Abrão seria pai de uma grande nação e Deus abençoaria todos aqueles que abençoassem Abrão, e amaldiçoaria todos os que lhe amaldiçoassem. Ali, então, Abrão construiu um altar, para comemorar o aparecimento do Senhor Deus.

Abrão ficou andando por aquelas terras quando, naquela época, veio uma grande fome sobre toda a região. Abrão, então, desceu ao Egito para sobreviver. Quando estava chegando ao Egito, Abrão falou para sua esposa Sarai: "Você é muito bonita! Quando os egípcios virem você, vão dizer": ‘Esta é a mulher dele, vamos matar o marido e ficar com a mulher!". Mas se você disser que é minha irmã, eles me tratarão bem por sua causa, e me deixarão com vida".

Foi dito e feito! Mal chegaram ao Egito, os egípcios repararam na grande beleza de Sarai. Os oficiais do palácio real viram Sarai e falaram da beleza dela ao Faraó. Então, a mulher de Abrão foi levada para a casa do Faraó e este tratou bem a Abrão, por causa de Sarai, que achava ser sua irmã. Com isso, Abrão progrediu muito e logo era dono de muitas ovelhas, bois, jumentos, escravos, escravas e camelos.

O Senhor Deus mandou grandes pragas a Faraó e à sua casa, por causa de Sarai. Ele, então, ficou sabendo que Sarai era mulher de Abrão e mandou chamar Abrão e disse: "Que foi que você me fez? Por que não me disse que ela era tua mulher? Por que disse que era sua irmã? Por isso tomei Sarai para ser minha mulher. Agora está aqui a sua mulher, vá embora com ela!".

E Faraó mandou Abrão sair do Egito e deu ordens para que fosse levado para fora do país, por um grupo armado. Assim, saíram Abrão, sua mulher Sarai, Ló, seu sobrinho, e tudo que possuíam. Voltaram eles para Canaã.

Abrão estava muito rico, tinha muito gado, prata e ouro. Ló também estava rico, possuindo muitas ovelhas, muito gado e muita gente a serviço dele. A terra, então, foi ficando pequena para os dois, não dava mais para sustentar as pessoas e os rebanhos. Com isso, não podiam mais continuar vivendo juntos.

Começaram, então, as brigas entre os pastores de Abrão e de Ló. Vendo a situação, Abrão chamou Ló e disse: "Não devemos estar brigando. Nem os meus pastores com os seus. Somos parentes chegados. Esta terra se estende para todos os lados, escolha a parte que você quiser e ficaremos separados. Se você escolher as terras do Leste, eu ficarei aqui no Oeste. Se você preferir ficar no Oeste, eu irei para as terras do Leste".

Isso tudo ocorreu antes de Sodoma e Gomorra serem destruídas.

Ló, após observar as terras do Leste, onde ficavam as belas e férteis planícies do Rio Jordão, escolheu aquela parte e partiu para o Leste, e usava as cidades daquela região como praças de comércio. E foi avançando, armando sua tenda cada vez mais adiante, até chegar em Sodoma, onde os homens eram muito maus e viviam pecando horrivelmente contra o Senhor.

E disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se apartou dele: "Levanta agora os teus olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o lado do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente. Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua descendência, para sempre. E farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que se alguém puder contar o pó da terra, também a tua descendência será contada. Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento e na sua largura; porque a ti a darei".

E Abrão mudou as suas tendas, e foi e habitou nos bosques de carvalho de Manre (que era um amorreu), próximos a Hebrom, e edificou ali um outro altar ao SENHOR.

Depois desses acontecimentos, começou uma guerra entre vários reis. Eram quatro reis contra cinco. Entre estes cinco estavam o de Sodoma e Gomorra. Os quatro reis, chefiados por Quedorlaomer, rei de Elão, venceram os cinco reis e saquearam as cidades de Sodoma (onde morava Ló) e Gomorra, e levaram todas as riquezas e mercadorias que encontraram. Ló e os bens que possuía foram levados também. Um homem que conseguiu escapar foi avisar a Abrão o que tinha acontecido.

Abrão juntou 318 homens dos mais capazes que haviam nascidos em suas propriedades, chamou os aliados Manre (no bosque do qual ele morava) e os irmãos de Manre - Escol e Aner, e com eles perseguiu o exército de Quedorlaomer. Abrão chefiou seus homens durante a noite, num ataque bem sucedido, tendo recuperado e levado de volta todos os bens que foram saqueados, libertou o seu sobrinho Ló, os bens dele e ainda as mulheres e os demais prisioneiros. Voltou vitorioso da luta contra Quedorlaomer e seus aliados.

O rei de Sodoma foi ao encontro de Abrão. Melquisedeque, rei de Salém, também foi ao encontro de Abrão, levando pão e vinho. Melquisedeque era sacerdote do Deus dos mais altos céus e abençoou Abrão dizendo: "A bênção de Deus supremo, Senhor dos céus e da terra, seja sobre você, Abrão. E bendito seja o Deus supremo, que entregou os seus inimigos a você." Naquela hora Abrão deu a Melquisedeque a décima parte de tudo que tinha.

O rei de Sodoma disse a Abrão: "Dê-me as pessoas que você libertou dos inimigos. Pode ficar com todos os bens que eles saquearam e que você recuperou."

Mas Abrão respondeu: "Afirmo diante do Deus supremo, o Senhor dos céus e da terra, que não ficarei com nada do que pertence a você. Não ficarei nem com uma linha, nem com um cordão de sapato. Assim você nunca poderá dizer: ‘Abrão é rico porque dei a ele tais e tais coisas’. Nada quero para mim. A única coisa que aceito é a comida que os meus rapazes comeram. Agora, você pode dar uma parte dos seus bens a meus aliados, Aner, Escol e Manre. Eles poderão receber a parte deles, se quiserem".

Após esses acontecimentos, o Senhor Deus voltou a falar com Abrão por meio de visão e disse a este que lhe daria muitas bênçãos, mas Abrão perguntou ao Senhor que bênçãos seriam essas, pois nem filhos ele tinha, e que seu mordomo Eliezer ou algum criado nascido na casa dele é que herdaria toda a riqueza que Deus lhe dava. Mas o Senhor Deus falou que ele ainda seria pai e que o filho dele herdaria tudo que era dele, e que seus descendentes seriam tão numerosos como as estrelas do Céu.

Disse ainda Deus a Abrão que os descendentes dele viveriam 400 anos em uma terra estrangeira, sofrendo na escravidão, e após isso Deus castigaria a nação que iria fazer essas coisas e os descendentes de Abrão sairiam de lá carregados de riquezas e retornariam a Canaã, quando então receberiam a posse daquelas terras, que vão desde o ribeiro do Egito até o rio Eufrates.

Quando já fazia 10 anos que Abrão morava em Canaã, Sarai disse a este: "Visto que o Senhor não me deu filhos, você poderá Ter filhos com Hagar (que era egípcia e criada de Sarai) e os filhos dela serão meus". Abrão concordou.

Mas quando Hagar viu que estava grávida, ficou orgulhosa e começou a desprezar a sua patroa Sarai. Esta foi reclamar com Abrão, tendo ele falado que Sarai podia castigar a criada como quisesse. Sarai então começou a castigar Hagar de forma humilhante e ela fugiu para o deserto, mas um anjo do Senhor encontrou Hagar perto de uma fonte e perguntou o que ela fazia por ali e ela disse que estava fugindo de sua patroa Sarai. O anjo ordenou que ela retornasse à casa de sua patroa Sarai e se humilhasse diante dela e disse ainda que faria de Hagar uma grande nação, tão numerosa que ninguém poderia contar o povo, pois Hagar em breve iria ter um filho ao qual devia dar o nome de Ismael, e este filho seria um tipo livre e indomável, como um jumento selvagem! Ele estaria sempre contra todo mundo e todo mundo contra ele. E viveria perto de todos os povos descendentes do pai dele (alguns estudiosos de hoje interpretam que os muçulmanos – islamitas – seriam descendentes de Ismael).

Hagar, obedecendo às ordens do anjo, voltou para a casa de Sarai e aí teve o filho, ao qual Abrão deu o nome de Ismael, confirmando o nome dado pela mãe. Abrão estava com 86 anos quando Ismael nasceu.

Quando Abrão estava com 99 anos de idade, Deus apareceu a ele novamente e disse: "Eu sou o Deus Todo-poderoso, seja obediente a mim e viva como Eu mandar."

E Deus continuou dizendo que faria um contrato com Abrão, o qual valeria para todos os descendentes deste, geração após geração. Pelo contrato, Deus faria de Abrão pai de milhões de descendentes, entre os quais muitos reis, que formariam muitas nações, por isso seu nome seria mudado de Abrão, que quer dizer "Pai Elevado", para Abraão, que significa "Pai de Nações". E ainda daria aos descendentes de Abraão todas aquelas terras de Canaã, para sempre.

A parte de Abraão no contrato é que ele e todos os seus descendentes do sexo masculino teriam que ser circuncidados. E todos os meninos que nascessem a partir de então teriam que ser circuncidados no oitavo dia de vida. A circuncisão seria a prova da aliança entre Abraão e Deus.

Naquela oportunidade, Deus também mudou o nome de Sarai para Sara, que quer dizer "Princesa". Deus disse a Abraão que abençoaria Sara e que ela seria mãe de muitas nações e que entre os descendentes dela teriam muitos reis, e que ela daria um filho a Abraão.

Abraão lançou-se ao chão em atitude de adoração a Deus, mas ficou rindo por dentro, sem poder acreditar no que tinha ouvido, pois como um velho de 100 anos ia ser pai? E Sara, com noventa anos, como poderia ter uma criança? Abraão chegou a pensar que Deus se referia a Ismael, que seria abençoado.

Mas Deus reafirmou que o filho seria dele com Sara, e que o nome do mesmo deveria ser Isaque, que significa "Ele Riu", e que o contrato que estava fazendo com Abraão seria cumprido por meio de Isaque e seus descendentes. Deus também disse que não esqueceria Ismael, que seria também abençoado e faria dele uma grande nação. Deus reafirmou ainda que o contrato que estava fazendo com Abraão seria cumprido por meio de Isaque, que nasceria daí a um ano.

Após isso, Deus se retirou e Abraão cuidou logo de obedecer ao que Deus tinha mandado, reunindo todos os meninos e homens de sua casa para a circuncisão. Abraão estava com 99 anos e Ismael com 13, e foram circuncidados no mesmo dia juntos com todos os escravos da casa.

Em outra oportunidade, Deus, representado por três homens, apareceu novamente a Abraão. Quando Abraão viu os três homens, convidou-os para descansar à sombra de uma árvore, ao lado de sua tenda. Trouxe-lhes água e mandou preparar comida para eles. Os homens perguntaram por Sara e Abraão respondeu que ela estava na tenda. Um deles, então, disse que daí a um ano voltaria àquele local e então Sara teria um filho. Sara riu dentro da tenda ao ouvir essa conversa, pois não acreditava que, naquela idade, tanto ela como Abraão, já velhos, ainda pudessem ter filhos, mas Deus a repreendeu, afirmando que nada era impossível para Deus.

Após isso, saíram na direção de Sodoma, e Abraão os seguiu até um certo ponto. O SENHOR, então, falou a Abraão, dizendo que tinha recebido uma grande queixa contra Sodoma e Gomorra, pois aquelas cidades estavam cheias de pecados e corrupção, por isso iria até lá para ver se era verdade. Dois dos homens seguiram para Sodoma, mas o SENHOR ficou mais um pouco com Abraão. Abraão perguntou ao SENHOR se ELE seria capaz de matar os bons juntamente com os maus, pois ele sabia que Ló (seu sobrinho) estava morando em Sodoma.

Abraão perguntou ao SENHOR que, se fossem encontradas cinqüenta pessoas obedientes a Deus, naquela cidade, se mesmo assim ela seria destruída. Deus respondeu que não destruiria a cidade por causa dos cinqüenta. Abraão perguntou, se dessas cinqüenta faltassem cinco? E Deus respondeu que não destruiria a cidade por causa das quarenta e cinco. Abraão perguntou, se fossem só quarenta os justos? O SENHOR respondeu que não destruiria a cidade por causa dos quarenta. E se fossem só trinta os justos, perguntou Abraão? Também não destruiria a cidade em amor aos trinta, respondeu o SENHOR. Disse, por fim, Abraão: "Tenha paciência o SENHOR, vou falar só mais esta vez: Se encontrar só dez justos?". O SENHOR respondeu que não destruiria a cidade por amor aos dez. Após esta conversa, o SENHOR se retirou e Abraão foi para casa.

No final do dia, os dois homens chegaram a Sodoma. Ló estava na entrada da cidade e os convidou para se hospedar em sua casa e ofereceu um banquete a eles. Quando foram dormir, todos os homens da cidade cercaram a casa de Ló, pedindo que Ló lhes entregasse os dois homens para que lhes servissem de mulher, mas Ló saiu fora e pediu, por favor, que eles não fizessem aquilo e ofereceu aos mesmos suas duas filhas virgens, para que deixassem em paz os dois hóspedes, mas os homens não quiseram saber dessa história e avançaram contra a casa de Ló. Nisso, os dois hóspedes puxaram Ló para dentro de casa e fizeram com que todos aqueles homens ficassem cegos.

Os dois homens pediram que Ló saísse o mais rápido possível daquela cidade, junto com seus parentes, pois eles iriam destruir completamente a cidade. Como Ló começou a se demorar, eles pegaram-no pelo braço junto com a mulher e as duas filhas, e os levaram para fora da cidade e pediram que eles corressem sem parar e sem olhar para trás, até chegarem às montanhas, após o vale.

Ao amanhecer do dia, Deus fez chover fogo e enxofre sobre Sodoma, Gomorra e as demais cidades da planície, destruindo todas as formas de vida da região – gente, plantas e animais. Nisso. a mulher de Ló olhou para trás e virou uma estátua de sal. Ló ficou morando com as duas filhas numa caverna.

A filha mais velha, vendo que não havia homens com quem ela e a irmã mais nova se casarem, em toda aquela região, tramaram ter filhos com o próprio pai, para dar prosseguimento à família, e assim o fizeram. Embriagaram o pai com vinho e se deitaram com ele, cada uma em uma noite, sem que ao menos o pai desse conta disso, e ambas ficaram grávidas do próprio pai. O filho da mais velha chamou-se Moabe, cujos descendentes foram os moabitas e o filho da mais nova chamou-se Bem-Ami e seus descendentes foram os amonitas.

Nesse meio tempo, Abraão mudou-se para Neguebe, ao Sul. Ocupou terras entre Cades e Sur, e morou em Gerar; aí ele deu conhecimento ao povo que Sara era sua irmã. Por isso Abimeleque, rei de Gerar, mandou buscar Sara para ele.

Deus apareceu, então, em sonhos, a Abimeleque e disse que ele ia ser castigado com a morte, porque havia mandado trazer para ele uma mulher casada. Mas Abimeleque não havia tocado em Sara, por isso disse: "O Senhor seria capaz de matar inocentes? Pois foi Abraão mesmo quem disse que Sara era sua irmã e ela confirmou, estou sendo sincero, não tive nenhuma má intenção".

Ainda em sonho, Deus disse: "Sim, Eu sei, por isso mesmo não deixei você tocar nela. E assim impedi você de pecar contra mim". Deus, então, ordenou que Abimeleque devolvesse Sara a Abraão, sob pena de ele e todo o seu povo serem mortos.

O rei mandou chamar Abraão e disse: "O que você está querendo fazer contra a gente? O que eu fiz contra você, para que me levasse a tamanho pecado? Esse pecado seria uma desgraça para mim e para meu reino! Você agiu mal! Quem podia desconfiar que você faria uma coisa dessas! O que você esperava ganhar fazendo isso?".

Abraão respondeu: "O caso é que tive medo de ser morto por causa dela, pois pensei comigo que esse povo não respeitava Deus e poderiam me matar para ficar com minha mulher. Além disso, ela é de fato minha irmã. Quer dizer, meia irmã. Ela e eu temos o mesmo pai. Por parte de pai somos irmãos, e nos casamos. Quando Deus me mandou sair de casa para terras estrangeiras, combinei com Sara que, aonde chegássemos, ela confirmasse que era minha irmã e não minha esposa" (aqui não fica claro se Abraão estava se referindo ao mesmo pai Deus ou ao mesmo pai carnal, com mães diferentes).

Abimeleque, então, devolveu Sara a Abraão, dando mais de presente ovelhas, bois, criados e criadas e liberdade para Abraão morar onde quisesse naquelas terras. Deu também mil moedas de prata como reparação à vergonha pela qual Sara tinha passado, e a declarou sem culpa.

Abraão orou a Deus por Abimeleque e este, sua mulher e as criadas do palácio foram curados da esterilidade, castigo que Deus lhes havia dado por causa de Sara.

Quando Sara estava com 127 anos morreu, em Hebrom, na terra de Canaã. Como Abraão ainda não tinha nenhuma propriedade naquele lugar, reuniu com os homens do lugar e pediu que alguém lhe vendesse um terreno para que pudesse enterrar Sara e lhe servisse de cemitério particular. Os homens disseram que ele escolhesse o lugar onde queria enterrar sua esposa. Então, ele agradeceu e escolheu uma propriedade de Efrom, filho de Zoar.

Este, de imediato, disse que dava a propriedade a Abraão, sem querer pagamento, pois Abraão era um príncipe de Deus e querido por todos ali. Abraão, todavia, não aceitou e fez questão de pagar o preço justo de 400 moedas de prata, para ficar com o direito permanente sobre aquela propriedade. Após efetuar o pagamento, Abraão fez o enterro de Sara, transformando aquele terreno em seu cemitério particular.

Abraão deu tudo que tinha a Isaque. Mas deu presentes aos filhos que teve com suas concubinas. Antes de morrer, separou de Isaque os outros filhos e mandou que fossem viver na região leste.

Abraão morreu com 175 anos, depois de ter uma velhice longa e feliz.

Isaque e Ismael enterraram Abraão no mesmo cemitério onde jazia Sara, no terreno que Abraão havia comprado do heteu Efrom, para fazer seu cemitério particular.

VIGÉSIMA PRIMEIRA GERAÇÃO

Filhos de Abraão nasceu no ano 2018 e faleceu em 1843 a.C., vivendo 175 anos e da escrava egípcia Hagar, criada de Sara:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Ismael nasceu no ano 1932 e faleceu em 1795 a.C., vivendo 137 anos e seus descendentes se espalharam por toda a região próxima à fronteira nordeste do Egito, na direção da Assíria. Ficaram, portanto, morando bem perto dos outros descendentes de Abraão.

Filhos de Abraão nasceu no ano 2018 e faleceu em 1843 a.C., vivendo 175 anos e de Sarai que era estéril e não tinha filhos e depois veio a se chamar Sara e teve um filho:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2. Isaque nasceu no ano 1918 e faleceu em 1738 a.C., vivendo 180 anos e veio a se casar com Rebeca.

Filhos de Abraão nasceu no ano 2018 e faleceu em 1843 a.C., vivendo 175 anos e ficou viúvo e se casou novamente com Quetura:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.3. Zinrá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.4. Jocsã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.5. Medã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.6. Midiã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.7. Jisbaque

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.8. Sua

Filhos de Naor, o segundo deste nome, e de Milca, sua sobrinha:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.1. Uz, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.2. Buz

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.3. Quemuel

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.4. Quésede

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.5. Hazo

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.6. Pildas

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.7. Jidlafe

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.8. Betuel – pai de Rebeca, que seria a esposa de Isaque.

Filhos de Naor, o segundo deste nome, com a concubina Reumá:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.9. Tebá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.10. Gaã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.11. Taás

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.12. Maaca, a primeira deste nome.

Filhos de Harã, o primeiro deste nome, nasceu no ano 2078 e faleceu em 2029 a.C., vivendo 49 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.3.1.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.3.2. Milca

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.3.3. Iscá

HISTÓRIA DE ISAQUE

Após Abimeleque, rei de Gerar, haver devolvido Sara a Abraão, o SENHOR fez o que tinha prometido, e Sara deu um filho a Abraão, que estava com cem anos. Abraão deu ao menino o nome de Isaque, conforme Deus tinha determinado. Quando Isaque foi desmamado, Abrão deu uma grande festa. Sara viu o filho de Hagar (Ismael) caçoando de Isaque e então pediu a Abraão que mandasse Hagar ir embora com o seu filho Ismael, pois não queria que este fosse herdeiro junto com Isaque. Abraão ficou aborrecido com isso, pois, afinal de contas, Ismael também era seu filho, mas Deus ordenou que Abraão atendesse ao pedido de Sara, pois sua promessa seria cumprida por meio de Isaque, embora fizesse também uma grande nação dos descendentes de Ismael, isso porque ele também era filho de Abraão.

No dia seguinte, Abraão mandou Hagar embora com Ismael, dando-lhe um cantil de água e o alimento que pudesse levar nos ombros. Os dois ficaram vagando no deserto de Berseba sem saber aonde ir. Quando acabou a água do cantil, Hagar pôs Ismael debaixo de uma moita e se afastou dali, chorando amargamente, pois não queria assistir à morte do filho.

Deus, então, ouviu a voz do menino e mandou um anjo falar para Hagar ir reanimar o filho, pois iria fazer dos descendentes dele uma grande nação. Nesse momento, Hagar abriu os olhos e viu um poço de água à sua frente, encheu o cantil e o levou ao filho. Deus abençoou Ismael, que cresceu vivendo no deserto de Parã e veio a ser flecheiro. Hagar arranjou casamento para ele com uma jovem egípcia.

Depois de algum tempo, Deus pôs à prova a fé e obediência de Abraão, mandando que ele levasse Isaque (o seu único filho com Sara, e que ele muito amava) até um monte e ali o sacrificasse como oferta queimada. Na manhã seguinte, Abraão acordou cedo, rachou lenha, pôs em cima de um jumento, chamou Isaque e dois criados e rumaram na direção que Deus tinha indicado, sem dizer nada aos outros.

Após três dias de caminhada, avistou o monte ao longe. Falou para os criados ficarem ali com o jumento que ele e Isaque iriam ao monte prestar culto ao Senhor e depois voltariam. Abraão pôs a lenha nos ombros de Isaque, pegou um facão e uma tocha de fogo e seguiu com o filho em direção ao monte. No caminho, Isaque perguntou ao pai: "temos lenha e fogo, mas onde está o cordeiro para o sacrifício?" Abraão respondeu: "Deus proverá o cordeiro, meu filho", e seguiram em frente.

Chegando ao monte indicado por Deus, Abraão construiu um altar, arrumou a lenha, amarrou o seu filho Isaque e o colocou em cima da lenha, no altar. Depois pegou o facão para matar o filho. Nesse momento, o Anjo do Senhor gritou do céu: "Abraão! Abraão! Deixe o rapaz viver. Não lhe faça nada. Bem sei que Deus está acima de tudo em sua vida. Pois você não me negou nem mesmo o seu amado filho, o seu único filho!"

Nisso, Abraão viu um carneiro enganchado pelos chifres em uma moita. Pronto, ali estava o animal para o sacrifício. Abraão ofereceu, então, o carneiro em sacrifício, no lugar de Isaque. Nesse momento, Deus reforçou a sua promessa a Abraão de que lhe daria muitos descendentes e que estes dominariam todos os seus inimigos e seriam uma bênção para todas as nações da terra, isso porque Abraão havia lhe obedecido ao extremo.

Assim, Abraão e o filho Isaque voltaram aos criados e retornaram a Berseba, onde moravam.

Depois desses acontecimentos é que chegou a notícia a Abraão de que Milca, esposa de Naor (irmão de Abraão), tinha dado ao marido oito filhos. Além disso, a notícia dizia também que Naor tinha tido mais outros quatro filhos, com a concubina Reumá.

Abraão já era um homem muito idoso e Deus o tinha abençoado em tudo.

Um certo dia, ele recomendou a seu mordomo – o seu criado mais antigo – que fosse à terra natal dele, Abraão, à procura de uma esposa para Isaque, no meio da sua parentela, pois não queria que Isaque casasse com moça nenhuma daquele país, onde estava morando. Recomendou ainda que não queria que o mordomo levasse Isaque com ele, pois temia que Isaque não quisesse retornar para a terra prometida.

O mordomo partiu então para a Mesopotâmia, (onde hoje é o Iraque), terra de Naor, irmão de Abraão. Quando se aproximou da cidade, parou os camelos perto de um poço, aonde as moças da cidade vinham pegar água, e ali orou ao Senhor para que lhe mostrasse aquela que seria a esposa de Isaque. Nesse momento, aproximou-se uma bela moça virgem chamada Rebeca, com um jarro nos ombros, que desceu até a fonte, encheu o jarro e subiu. O pai de Rebeca era Betuel, filho de Naor e de Milca.

O mordomo de Abraão foi ao encontro dela e pediu água para beber e ela respondeu: "Pois não, senhor", e abaixou logo o jarro para ele poder beber. Depois disse: "Vou tirar água para seus camelos também", e imediatamente deu água a todos os camelos. O mordomo ficou observando e sentiu que aquilo era um sinal de Deus, que estava apontando Rebeca para ser a esposa de Isaque. O mordomo deu, então, a Rebeca um pendente e duas pulseiras de ouro e perguntou de quem ela era filha e se ele podia se hospedar na casa dela. Rebeca respondeu que era filha de Betuel e neta de Naor e Milca e que podia hospedá-lo em sua casa. Ela correu até sua casa e avisou a família.

Labão, irmão de Rebeca, foi ao encontro do mordomo e o levou até sua casa. Ali, o mordomo se identificou como criado de Abraão, dizendo mais: que Abraão tinha se tornado um grande homem na terra onde morava e que Deus tinha lhe dado muita riqueza. O mordomo expôs também o motivo da sua viagem àquela cidade, e que Deus tinha lhe apontado Rebeca para ser a esposa de Isaque, filho de Abraão.

Nesse momento, perguntou se Betuel concordava com o casamento e de imediato ele respondeu que sim, chamando Rebeca, que também estava de acordo. O mordomo, então, levou Rebeca de volta consigo e, logo que ela viu Isaque, sentiu um grande amor por ele, que também sentiu a mesma coisa por Rebeca. Casaram-se e foram morar na tenda de Sara.

Isaque tinha 40 anos quando casou com Rebeca, que era estéril e não podia ter filhos. O Senhor ouviu as orações de Isaque e, após 20 anos de casados, Rebeca ficou grávida, sentindo ela uma verdadeira briga de duas crianças dentro de seu ventre. Como ela não estava entendendo o que acontecia, pediu a Deus que lhe orientasse, e o Senhor lhe disse: "Os filhos que estão no seu ventre serão dois povos rivais; um será mais forte que o outro e o mais velho trabalhará para o mais novo".

Rebeca, então, teve dois filhos gêmeos: o primeiro veio todo coberto de pêlos e cabelo ruivo e recebeu o nome de Esaú (que lembra a palavra hebraica para "cabelo"); em seguida, veio o irmão, segurando o calcanhar de Esaú, por isso deram a ele o nome de Jacó, que quer dizer suplantador. Isaque estava com 60 anos quando os gêmeos nasceram.

Esaú veio a ser um ótimo caçador e Jacó era mais sossegado e gostava de ficar em casa. O favorito de Isaque era Esaú, por causa das saborosas caças que trazia, mas Rebeca gostava mais de Jacó.

Um certo dia, Jacó havia preparado uma boa comida e Esaú chegou da caçada com muita fome. Pediu a Jacó um pouco da comida, mas Jacó falou que trocava a comida pelo direito hereditário que Esaú tinha, por ter nascido primeiro. Como Esaú estava com muita fome, não deu importância ao seu direito de primogênito e aceitou o negócio, jogando fora o seu direito de filho mais velho, que existia naquele tempo.

Nesse tempo, a fome dominou toda aquela região, mas o Senhor Deus falou para Isaque não ir para o Egito e permanecer naquele território que havia prometido a Abraão, e reforçou para Isaque todas as promessas que havia feito a Abraão.

Por causa da fome, Isaque foi, então, para Gerar, terra de Abimeleque, rei dos filisteus, e ali disse a todos que Rebeca era sua irmã. Um dia, o rei Abimeleque viu Isaque fazendo carinhos em Rebeca, então, o rei repreendeu Isaque dizendo: "Se ela é sua mulher, porque diz que é sua irmã? Alguém podia abusar dela e nós é que seríamos condenados por sua causa". Mas Isaque justificou dizendo que tinha medo que alguém o matasse para ficar com Rebeca.

Isaque, com a bênção de Deus, cada dia ficava mais rico, tinha sempre boas colheitas e seus rebanhos aumentavam cada dia mais. Por isso, os filisteus começaram a ficar com inveja de Isaque e encheram de terra todos os poços que Abraão havia cavado. O rei Abimeleque pediu que Isaque saísse daquele país, pois já tinha ficado mais rico e poderoso que todos ali.

Isaque foi para o Vale de Gerar, naquelas proximidades, e mandou cavar novamente os poços, mas os pastores de Gerar brigaram com os pastores de Isaque, por causa da água. Isaque afastou-se mais daquele lugar e mandou cavar outro poço. Como ninguém mais reclamou, ele disse: "Agora o Senhor nos deu um lugar, e vamos progredir".

O Senhor Deus apareceu a Isaque e disse: "Eu sou o Deus de Abraão, seu pai. Não tenha medo! Estou ao seu lado e vou abençoar você. Vou fazer com que os seus dependentes sejam muito numerosos. E isso porque o meu servo Abraão foi obediente a mim".

Um dia, o rei Abimeleque e seus comandantes foram visitar Isaque. Este, surpreso, logo perguntou: "O que vieram fazer aqui? Coisa boa sei que não é, pois vocês me expulsaram de seu país". Abimeleque respondeu: "É, mais percebemos que o Senhor está abençoando você, por isso viemos propor um acordo entre nós. Prometa que não nos prejudicará, assim como nós não prejudicaremos você. Na verdade, nós lhe tratamos bem e deixamos que você saia em paz. E vemos que você é abençoado do Senhor". Isaque, de imediato, concordou e comemoraram juntos o acordo de paz.

Quando Esaú estava com 40 anos, casou-se com Judite, filha do heteu Beeri. E se casou também com Basemate, filha do heteu Elom. Isaque e Rebeca passaram a viver com o espírito amargurado por causa dessas duas noras.

VIGÉSIMA SEGUNDA GERAÇÃO

Filhos de Ismael nasceu no ano 1932 e faleceu em 1795 a.C., vivendo 137 anos e seus descendentes se espalharam por toda a região próxima à fronteira nordeste do Egito, na direção da Assíria. Ficaram, portanto, morando bem perto dos outros descendentes de Abraão.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Nebaiote

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2. Quedar

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3. Abdeel

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.4. Mibsão, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.5. Misma, o primeiro deste nome

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.6. Dumá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.7. Massá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.8. Hadade

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.9. Tema

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.10. Jetur

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.11. Nafis

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.12. Quedemá. Esses doze filhos vieram a ser fundadores das doze tribos que levaram os nomes deles.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.13. Maalate, a primeira deste nome, ou Basemate – uma filha que se casou com Esaú, filho de Isaque com Rebeca.

Filhos de Isaque nasceu no ano 1918 e faleceu em 1738 a.C., vivendo 180 anos e de Rebeca:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1. Esaú, irmão gêmeo de Jacó, nasceu no ano 1858 a.C.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2. Jacó, irmão gêmeo de Esaú, nasceu no ano 1858 e faleceu em 1711 a.C., vivendo 147 anos e depois recebeu de Deus o nome de Israel.

Filhos de Jocsã:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.4.1. Sabá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.4.2. Dedã

 

Filhos de Midiã:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.6.1. Efá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.6.2. Efer

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.6.3. Enoque, o terceiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.6.4. Abida

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.6.5. Elda

Filhos de Quemuel:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.3.1. Arã, o segundo deste nome.

Filhos de Betuel :

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.8.1. Labão

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.8.2. Rebeca, que se casou com Isaque.

HISTÓRIA DE JACÓ

Isaque envelheceu e ficou meio cego. Um dia, ele pediu que Esaú fosse matar uma caça e preparar uma boa comida e, após isso, Isaque daria as bênçãos a Esaú, o filho mais velho, pois Isaque sentia que sua morte se aproximava.

Rebeca ouviu essa conversa entre os dois e, quando Esaú saiu para caçar, chamou Jacó e contou o que tinha escutado. Rebeca pediu que Jacó fosse ao rebanho e trouxesse dois cabritos para que ela preparasse a comida que Isaque gostava, e após isso Jacó levaria a comida para Isaque, como se fosse Esaú, e assim receberia as bênçãos no lugar de Esaú.

Jacó argumentou que aquilo não daria certo, pois Esaú era cabeludo e ele tinha pele lisa. Se Isaque o apalpasse ia descobrir tudo, e, em vez de bênção, receberia maldição. Mas Rebeca insistiu, dizendo que se isso acontecesse, que a maldição caísse sobre ela. Jacó obedeceu e Rebeca preparou a comida, vestiu uma roupa de Esaú em Jacó e, da pele dos cabritos, fez umas luvas e colocou nas mãos de Jacó e também colocou um pedaço na pele lisa do pescoço do filho.

Jacó levou a comida para o pai, entrou no quarto dizendo que era Esaú. Isaque se admirou por ele ter achado caça tão rápido. Jacó, se passando por Esaú, disse que Deus o tinha ajudado, pondo a caça no seu caminho. Isaque o apalpou, sentiu o cheiro da roupa de Esaú e achou que era mesmo Esaú. Comeu a comida e deu as bênçãos a Jacó, assim: "O cheiro do meu filho é o bom cheiro da terra e dos campos que o Senhor abençoou. Que Deus lhe dê sempre a chuva necessária, terra produtiva, grandes colheitas de cereais e muito vinho novo. Que muitos povos sejam seus escravos. Que você domine os seus irmãos. Que os seus parentes se inclinem diante de você. Maldito todo aquele que amaldiçoar você e abençoado seja todo aquele que abençoar você".

Logo que Jacó saiu do quarto, Esaú chegou com a caça, sem nada saber. Preparou então a comida e a levou para Isaque. Quando entrou no quarto, Isaque perguntou quem ele era, e ele respondeu: "Sou Esaú, seu filho mais velho, vim trazer a sua comida para depois o senhor me abençoar com as suas melhores bênçãos". Naquele momento, Isaque ficou muito chocado e falou para Esaú que Jacó o tinha enganado, e por isso tinha recebido as bênçãos que eram de Esaú, e não tinha mais como tirá-las. Esaú ficou com muita raiva de Jacó e prometeu consigo mesmo que logo que Isaque morresse, ele mataria Jacó. Rebeca ficou sabendo disso de algum modo e combinou com Jacó que ele iria passar algum tempo em Harã, na casa de Labão, que era irmão de Rebeca.

Disse, pois, Rebeca a Isaque: "Já chega estas duas noras que os heteus nos deram! Já me aborrecem demais! Que será de mim se Jacó vier a casar com uma jovem daqui? Prefiro morrer a ver isso!"

Isaque chamou Jacó e pediu que ele não casasse com moça daquele lugar. Mandou, então, que Jacó fosse para a casa do avô Betuel, em Padã-Arã, e ali escolhesse uma esposa. Jacó obedeceu, despediu-se dos pais e foi para Padã-Arã, à casa de seu tio Labão, irmão de Rebeca e filho de Betuel.

Esaú percebeu que seus pais não viam com bons olhos as moças do lugar em que viviam, pois ouviu Isaque recomendar a Jacó que fosse em busca de casamento em Padã-Arã. Então, Esaú visitou a família de seu tio Ismael e casou com uma filha dele, de nome Maalate.

Durante a viagem de Jacó a Padã-Arã, o Senhor apareceu a ele em um sonho e reforçou todas as promessas que já havia feito a Abraão e a Isaque. Jacó, então, fez uma promessa, dizendo que se Deus o guiasse, lhe desse roupa e alimento naquela viagem e permitisse que ele voltasse em paz à casa de seu pai, então, ele escolheria o Senhor para ser seu Deus e faria daquele local um lugar de culto ao Senhor, e terminou a promessa dizendo que devolveria ao Senhor a décima parte de tudo o que Deus lhe desse.

Jacó seguiu a viagem e chegou à casa de Labão, que tinha duas filhas: Raquel, a mais nova e mais bela, e Lia, a mais velha e de menor beleza. Jacó ficou enamorado de Raquel e propôs que trabalharia sete anos para Labão para que ele lhe desse Raquel em casamento, com o que Labão logo concordou.

Após os sete anos de trabalho, Labão deu uma grande festa, mas, à noite, Labão deu Lia a Jacó e os dois passaram a noite juntos; deu também sua criada Zilpa para ser criada de Lia. Somente quando amanheceu é que Jacó percebeu que estava com Lia e não com Raquel, como combinado. Jacó ficou muito furioso e foi reclamar com Labão, que deu a desculpa de que naquela terra não era costume casar a filha mais nova antes da mais velha, mas que, após a lua de mel com Lia, ele daria também Raquel para se casar com Jacó, desde que Jacó assumisse o compromisso de trabalhar mais sete anos para Labão.

Como Jacó amava muito Raquel, aceitou a proposta e uma semana depois se casou também com Raquel, tendo Labão dado sua criada Bila a Raquel. O Senhor percebeu que Jacó amava mais Raquel e desprezava Lia, por isso fez com que Raquel ficasse estéril e deu quatro filhos a Lia.

Percebendo Raquel que era estéril, ficou com inveja de Lia e por isso deu sua criada Bila a Jacó para que ela tivesse filhos com ele, e Raquel então criaria os filhos como se fossem seus. Bila teve, então, dois filhos com Jacó, aos quais Raquel deu o nome de Dã e Naftali.

Enquanto isso, Lia percebeu que não estava mais podendo ter filhos, então, deu sua criada Zilpa a Jacó e esta teve dois filhos, aos quais Lia deu o nome de Gade e Aser. Após isso, Lia teve mais dois filhos com Jacó, aos quais deu o nome de Issacar e Zebulom, e uma filha, a qual chamou de Diná.

Após isso, Deus lembrou de Raquel e ouviu suas orações, dando a ela um filho, ao qual ela deu o nome de José. Após o nascimento de José, Jacó disse a Labão que queria ir embora para sua terra, mas Labão pediu que ele não fosse, pois sentia que Deus tinha lhe ajudado muito por causa de Jacó e perguntou a este o que ele queria ganhar para não ir embora.

Jacó, então, disse que só ficaria se Labão lhe autorizasse a separar para ele, Jacó, todas as cabras que nascessem com listas ou pintas na pele e todas as ovelhas que nascessem pretas. Labão concordou de imediato com esse trato. Mas naquele mesmo dia, Labão separou e deu aos filhos dele todos os bodes e cabras que tinham pintas ou listas na pele e todos os carneiros e ovelhas pretos, e pediu que os filhos levassem aqueles animais para bem longe dali. Jacó, então, ficou tomando conta do restante do rebanho de Labão.

Jacó pegou varas verdes de diversos tipos de árvores e tirou fitas da casca, fazendo aparecer a brancura da madeira, ficando as varas cheias de listas claras. Colocou essas varas próximo da fonte, onde o rebanho bebia água, pois era ali que os animais se cruzavam, e assim os filhotes nasciam pintados ou listados. Ele só fazia isso quando as fêmeas eram fortes, com isso os filhotes fortes ficavam com ele e os fracos para Labão. Com isso seu rebanho cresceu e Jacó ficou muito rico, com muitos criados, criadas, camelos e jumentos.

Jacó percebeu que os filhos de Labão estavam murmurando contra ele por causa de seu enriquecimento e aproveitou, então, a ausência de Labão e fugiu da Mesopotâmia, com as mulheres e os filhos em direção a sua terra, depois de morar 20 anos com Labão. Quando Labão percebeu que Jacó havia fugido, juntou seus homens e foi atrás de Jacó, mas quando o alcançou, Deus não permitiu que nada fosse feito a Jacó. Fizeram as pazes ali e se despediram em festa.

Jacó seguiu viagem para sua terra, Canaã, acompanhado por um certo número de anjos de Deus. Jacó mandou um mensageiro na frente para avisar a Esaú, seu irmão, que ele estava chegando e esperava ter uma recepção amigável. O mensageiro voltou dizendo que Esaú vinha vindo ao encontro de Jacó, acompanhado de quatrocentos homens.

Jacó ficou com medo e dividiu em dois grupos as pessoas, os rebanhos, os bois e os camelos, pois se Esaú atacasse um dos grupos, o outro poderia escapar. Jacó fez uma oração ao Senhor e preparou um presente para Esaú que era: 200 cabras, 20 bodes, 200 ovelhas, 20 carneiros, 30 camelos de leite, com as crias, 40 vacas, 10 touros, 20 jumentas e 10 jumentos.

Jacó dividiu os animais mencionados em vários rebanhos, enviando um após o outro, e instruiu o guia de cada rebanho que, quando encontrasse Esaú, fosse entregue o presente dizendo que era Jacó que enviava aquele presente a seu senhor Esaú. Com essa atitude, Jacó esperava acalmar Esaú, antes de enfrentá-lo face a face.

Durante a noite, após atravessar o Rio Jordão, com sua família, Jacó ficou sozinho, lutando com um Homem até o amanhecer. Quando o Homem viu que não podia ganhar a luta, tocou na articulação da coxa de Jacó e este ficou mancando da perna. A partir daí, o Homem, que era o próprio Deus, mudou o nome de Jacó para Israel, que significa "Aquele que Luta com Deus".

Jacó, agora Israel, avistou Esaú, vindo ao seu encontro, acompanhado de quatrocentos homens, e ficou um pouco assustado, mas Esaú correu e o abraçou e beijou, ficando os dois a chorar. Israel, então, apresentou sua família a Esaú, tendo este perguntado com que intenção Israel havia enviado aqueles rebanhos que encontrou no caminho. Israel respondeu que eram presentes para que Esaú lhe recebesse bem. Esaú, então, disse a Israel que tinha muita riqueza, por isso Israel podia ficar com aqueles rebanhos, mas Israel insistiu, dizendo que era como se ele estivesse dando um presente ao próprio Deus. Então Esaú aceitou. Esaú retornou na frente, tendo Israel o seguido até a cidade de Siquém, em Canaã, onde Israel comprou um terreno e montou o seu acampamento.

Depois de algum tempo, Israel foi com a família para Efrata – que hoje é Belém. Quando lá estava chegando, Raquel deu à luz um filho, tendo Raquel sofrido muito e morrido do parto. A criança sobreviveu, ao qual Israel deu o nome de Benjamim, que quer dizer "Filho da minha tristeza".

Finalmente, Israel chegou à casa de seu pai Isaque, em Manre, onde também havia morado Abraão. Isaque morreu aos 180 anos. Esaú e Israel fizeram o enterro do pai.

VIGÉSIMA TERCEIRA GERAÇÃO

Filhos de Esaú nasceu no ano 1858 a.C. e de Ada ou Basemate:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1. Elifaz

Filhos de Esaú nasceu no ano 1858 a.C. e de Oolibama ou Judite:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.2. Jeús, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.3. Jalão

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.4. Coré, o primeiro deste nome.

Filhos de Esaú nasceu no ano 1858 a.C. e de Basemate ou Maalate, sua prima, filha de Ismael:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.5. Reuel

Filhos de Jacó nasceu no ano 1858 e faleceu em 1711 a.C., vivendo 147 anos e de Lia:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.1. Rúben nasceu no ano 1774 a.C.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2. Simeão

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3. Levi nasceu no ano 1771 e faleceu em 1634 a.C., vivendo 137 anos.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4. Judá nasceu no ano 1770 a.C., casou com Tamar, prosseguindo a linhagem de José, esposo de Maria, mãe de Jesus.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5. Issacar

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.6. Zebulom

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.7. Diná

Filhos de Jacó nasceu no ano 1858 e faleceu em 1711 a.C., vivendo 147 anos e de Raquel:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8. José, o primeiro deste nome, nasceu no ano 1767 e faleceu em 1657 a.C., vivendo 110 anos e veio a ser conhecido como José do Egito e se casou com Asenete.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9. Benjamim, havendo a mãe falecida no parto.

Filhos de Jacó nasceu no ano 1858 e faleceu em 1711 a.C., vivendo 147 anos e de Bila, criada de Raquel:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.10.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.11. Naftali

Filhos de Jacó nasceu no ano 1858 e faleceu em 1711 a.C., vivendo 147 anos e de Zilpa, criada de Lia:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.12. Gade

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.13. Aser

Filhos de Dedã:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.4.2.1. Assurim

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.4.2.2. Letusim

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.4.2.3. Leumim

Filhos de Labão:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.8.1.1. Lia, que se casou primeiro com Jacó e depois deu sua criada Zilpa para ter filhos com Jacó.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.2.8.1.2. Raquel faleceu em 1754 a.C., casando em segundo matrimônio com Jacó e era estéril, a qual Deus deu um filho, depois que ela já havia dado sua criada Bila para ter filhos com Jacó, pois criaria os filhos como se fossem seus.

HISTÓRIA DE JOSÉ, filho de Jacó com Raquel (também conhecido como José do Egito)

José estava com dezessete anos. O trabalho de José era pastorear os rebanhos junto com os irmãos mais velhos. José sempre contava ao pai, Jacó, tudo o que acontecia e o que os irmãos faziam de errado, por isso Jacó gostava mais de José que dos demais; também por ele ser o mais novo e ter nascido quando Jacó já era velho. Os irmãos de José começaram a odiá-lo, porque percebiam que Jacó dedicava mais amor a ele. José contou aos irmãos um sonho que teve, no qual todos eles estavam colhendo trigo e quando cada um havia amarrado seu feixe, o feixe de José havia ficado em pé e todos os outros feixes haviam ficado ao redor dele e se inclinaram perante o feixe de José. Os irmãos de José ficaram muito bravos com isso e logo disseram: "Você está querendo dizer que vai ser nosso rei? Ou que vai mandar em nós?".

Em outra oportunidade, José contou outro sonho que teve. Disse ele: "Sonhei que o sol, a lua e onze estrelas se inclinaram diante de mim". Dessa vez até o próprio pai, Jacó, o repreendeu dizendo: "O que significa isso? Então, você acha que eu, sua mãe e seus irmãos vamos ter de nos inclinar na sua frente?".

Um certo dia, os irmãos de José estavam no campo, pastoreando os rebanhos e Jacó mandou que José fosse até lá para ver se tudo estava correndo bem. Quando os irmãos perceberam que José vinha chegando, resolveram matar ele e jogar o corpo em um poço, mas Rúben, irmão mais velho, planejando salvar a vida de José, falou para os outros irmãos: "Não vamos matar nosso irmão com nossas próprias mãos; vamos jogá-lo nesse poço vazio e aí ele morrerá sozinho. Rúben planejava mais tarde tirar José do poço. Os irmãos concordaram e jogaram José no poço. Mais tarde, ia passando por ali uma caravana de comerciantes em direção ao Egito. Judá sugeriu aos irmãos que vendessem José aos comerciantes, assim apurariam algum dinheiro e não ficariam com a culpa de ter matado o irmão. E assim foi feito. Tiraram José do poço e venderam-no aos comerciantes por vinte moedas de prata. Rúben não estava junto com os irmãos, quando os comerciantes passaram. Mais tarde, foi ao poço e José não estava mais lá, então, ele ficou muito desesperado. Os outros irmãos, que haviam ficado com um casaco de José, mataram um bode, tiraram o sangue e sujaram o casaco de sangue e mandaram para Jacó com esse recado: "Achamos esse casaco no campo. Veja se é o traje de José ou não". Jacó logo reconheceu o casaco de José e de imediato pensou que um animal feroz havia devorado o filho querido. Jacó chorou muito e ninguém conseguia consolá-lo, pois ele afirmava que ia chorar a morte do filho até morrer.

Enquanto isso, os negociantes chegaram ao Egito e venderam José a Potífar, Comandante da Guarda Real de Faraó – Rei do Egito.

José ficou trabalhando na casa de Potifar e, como Deus o ajudava, tudo o que ele fazia dava certo. Potífar, então, entregou toda a administração de sua casa a José, e não se preocupava com nada, pois depositava toda confiança em José. A mulher de Potífar, entretanto, começou a gostar de José e vivia propondo a ele que se deitasse com ela, mas ele sempre fugia e não queria saber dessa história.

Um certo dia, a mulher de Potífar, aproveitando a ausência do marido, agarrou José à força e tentou levá-lo para seu quarto, mas ele conseguiu escapar. No entanto, a mulher ficou com parte da roupa de José na mão, aí então ela começou a gritar e, quando os outros empregados chegaram, ela falou que José havia tentado forçá-la, mas ela tinha conseguido escapar e José tinha saído às pressas, deixando a roupa em seu quarto. Quando Potífar chegou, ela contou essa estória. Potífar, então, mandou prender José. Como Deus sempre ajudava José, fez com que o carcereiro simpatizasse com José e o pôs para tomar conta de todos os outros presos, o que ele fazia muito bem, deixando o carcereiro totalmente despreocupado.

Um certo tempo depois, o chefe dos garçons e o chefe dos padeiros do Palácio Real foram presos na mesma prisão que estava José. José cuidava também dos dois, e um dia percebeu que os dois amanheceram preocupados. José perguntou o que havia e eles responderam que tinham tido sonhos e que não havia ninguém ali que pudesse interpretá-los. José pediu que lhe contassem os sonhos. O chefe dos garçons então disse: "Sonhei que na minha frente estava um pé de uvas, com três galhos. E vi que a planta estava produzindo flores e frutas. Os cachos já davam uvas maduras. O copo do rei estava comigo. Então, espremi as uvas no copo e o entreguei nas próprias mãos do Faraó." José, então, falou que os três galhos simbolizavam três dias. E que em três dias o Faraó ia mandar soltar o chefe dos garçons e ele retornaria ao Palácio Real, e José lhe pediu que quando lá estivesse lembrasse de falar bem dele, José, para o rei.

O chefe dos padeiros, quando ouviu a boa interpretação, cuidou de contar também seu sonho a José. Disse: "No meu sonho, vi três cestas de pão branco empilhadas em cima de minha cabeça. A cesta de cima estava cheia daquelas coisas gostosas que o rei costuma comer. Mas as aves vieram e comeram tudo." José, então, falou: "As três cestas representam três dias. Dentro de três dias, Faraó vai mandar cortar a sua cabeça. Depois, vai mandar pendurar você num poste, e as aves vão comer a sua carne."

Três dias depois, quando se comemorava o aniversário de Faraó, ele deu uma grande festa a todos os oficiais e a todos os empregados do palácio. No meio da festa, o rei declarou que perdoava o chefe dos garçons, e condenou à morte o chefe dos padeiros. Assim, o chefe dos garçons voltou a servir pessoalmente o Faraó e o chefe dos padeiros foi morto no alto de um poste, conforme José havia interpretado.

Entretanto, o chefe dos garçons esqueceu José depressa. Não pensou mais nele.

Passaram-se dois anos e José continuava preso. Um certo dia, Faraó teve um sonho em que se via de pé na margem do rio Nilo. E viu sair das águas sete lindas vacas gordas. E elas ficaram pastando no capinzal. Viu também sete vacas magras e feias saindo do rio, que foram atrás das gordas e comeram as sete vacas gordas. Nesse ponto, Faraó acordou. Depois dormiu de novo e sonhou que num só talo nasciam sete espigas cheias e boas. E em seguida nasceram mais sete espigas, no mesmo talo, as quais não eram bem desenvolvidas e estavam queimadas pelo vento.

No dia seguinte, Faraó acordou preocupado, mandou chamar todos os mágicos e sábios do Egito, mas ninguém sabia dizer o significado do sonho. O chefe dos garçons se lembrou, então, de falar de José para Faraó, e contou tudo o que havia acontecido com ele e com o chefe dos padeiros.

Faraó mandou trazer José e perguntou se ele sabia interpretar sonhos. José respondeu que ele mesmo não sabia, mas que Deus era capaz de dizer ao rei qual era o significado dos sonhos. Faraó contou os sonhos a José e este então falou: "Os dois sonhos são um só. Pelos sonhos, Deus quis contar a Faraó o que Ele vai fazer. As sete vacas boas simbolizam sete anos de muita fartura. A mesma coisa as espigas boas, porque os sonhos são um só. As sete vagas magras simbolizam sete anos de fome e miséria. Assim também são as sete espigas feias que apareceram depois. E é isto que Deus vai fazer a partir de agora e revelou a Faraó por meio de sonhos. Vamos ter, a partir de agora, sete anos de muita fartura em todo o território egípcio. Depois, vamos ter sete anos de fome. A miséria será tanta que ninguém vai se lembrar da fartura anterior. E a terra ficará morta e sem frutos. A crise será terrível e a miséria será grande demais. O sonho foi duplo para mostrar que estas coisas foram determinadas por Deus, e que Ele vai fazer isso logo".

E José ainda sugeriu a Faraó o seguinte: "Faraó deve escolher um homem sensato e inteligente. Ele deverá ter autoridade sobre o país inteiro. O rei também deverá nomear administradores em todas as regiões da nação. Os administradores cobrarão o imposto especial de um quinto de toda a produção, durante os sete anos de fartura. Toda a mercadoria recebida será guardada em armazéns e depósitos – como propriedade do rei. Assim, o povo poderá ser sustentado com as provisões de Faraó, durante os sete anos de fome que virão. E a nação sobreviverá à crise".

Faraó ficou muito admirado das idéias e da inteligência de José e logo entregou a ele a administração de sua casa e de todo o povo do Egito, dando a José toda a autoridade sobre todo o território do Egito. Faraó deu uma grande festa na posse de José como administrador do Egito e deu também Asenete em casamento a José, filha de Potífar, sacerdote de Om. Faraó deu conhecimento a todo o povo que nada podia ser feito sem a autorização de José.

José não perdeu tempo e percorreu logo todo o território do Egito. Nessa ocasião, José estava com trinta anos de idade.

Começaram, então, os sete anos de fartura, e José foi juntando todo o mantimento que conseguia em todo o território do Egito. José armazenava os alimentos nas cidades mais próximas das áreas de produção. E no final dos sete anos de fartura, a quantidade de alimento armazenado era tão grande como as areias do mar.

Antes de começar o período de fome, Asenete, esposa de José, teve dois filhos. Ao primeiro, José deu o nome de Manassés, que quer dizer: "Que Faz Esquecer". Ao dar esse nome, José disse: "Deus fez com que eu esquecesse a casa do meu pai e os sofrimentos que tive." Ao segundo filho, José deu o nome de Efraim, que quer dizer "Fruto em Dobro." Disse José na ocasião: "Deus me fez progredir na terra onde passei por aflições."

Após os sete anos de fartura, vieram os sete anos de fome, como José havia previsto. E todos os países tiveram grande miséria. Só no Egito, o povo tinha alimentos. E quando o povo pedia socorro a Faraó, ele mandava que procurassem José e fizessem o que José ordenasse. José, então, mandou abrir todos os depósitos e vendia alimentos a quem o procurava. E vinha gente do mundo inteiro em busca de alimento para matar a fome.

Faltou alimento também em Canaã, na casa de Jacó, e este mandou os filhos ao Egito para comprar mantimentos. Seguiram, portanto, os dez filhos de Jacó, tendo ficado somente Benjamim, que era o mais jovem e o único irmão de José por parte de pai e mãe. Jacó tinha medo que lhe acontecesse algum desastre.

Os filhos de Jacó chegaram ao Egito e foram logo falar com o Governador, que era José, e era o responsável pelas vendas de mantimentos. Inclinaram-se diante de José e este logo reconheceu os irmãos, mas os irmãos não o reconheceram. José falou secamente com os irmãos por meio de intérprete, para disfarçar, e perguntou de onde eles vinham, e eles responderam que vinham da terra de Canaã para comprar alimentos. José disse aos irmãos: "Vocês são espiões. Estão querendo descobrir os pontos fracos do Egito". Eles responderam que não, e que tinham ido somente comprar alimentos; eram gente honesta e faziam parte de uma família de 12 irmãos, filhos do mesmo pai, estando ali 10, tendo o mais novo ficado com o pai e o outro não existia mais.

José continuou insistindo que eles eram espiões e mandou prender todos eles em uma cela. Depois, José falou que só tinha um jeito de eles provarem o contrário: era levando até ele o irmão mais novo. Os irmãos de José concordaram com essa proposta. Naquela hora, os irmãos de José lembraram do mal que tinham feito, e diziam entre si: "Bem que merecemos o que está acontecendo. Pesa sobre nós a culpa do que fizemos ao nosso irmão. Vimos quanto ele sofreu! E suplicava tanto que tivéssemos dó, e nós não fizemos caso! Agora estamos pagando tudo. Agora estamos passando por essa angústia!"

Nesse momento, Rúben, o irmão mais velho, disse: "Decerto vocês se lembram o que falei naquela ocasião. Eu disse que não pecassem contra o rapaz, mas vocês não quiseram escutar. Pois agora vejam! Temos de pagar pelo sangue dele!"

Eles nem desconfiavam que José estava entendendo tudo, pois José, para disfarçar, falava com eles por meio de intérprete, como se não soubesse a língua dos hebreus.

José saiu um pouco e chorou, depois voltou para falar com os irmãos e algemou Simeão na frente deles, e disse que os outros podiam retornar levando alimento para suas famílias e depois teriam que trazer o irmão mais novo, só assim libertaria Simeão.

José ordenou aos criados que enchessem os sacos que os irmãos haviam trazido para as compras. Mandou devolver o pagamento deles, colocando o dinheiro dentro dos sacos de mantimento. Além disso, mandou preparar alimentos para a viagem.

Os filhos de Jacó puseram os sacos de mantimento nos lombos dos jumentos e foram embora.

Quando estavam alojados numa hospedaria da estrada, um dos irmãos foi alimentar seu jumento. Ao abrir um saco para tirar cereal, achou o dinheiro na boca do saco. Mostrou isso aos demais irmãos, que ficaram muito assustados e disseram: "O que será que Deus quer fazer conosco?"

Continuaram a viagem para a terra de Canaã. Chegando em casa, contaram ao pai tudo o que tinha acontecido. Disseram que o Governador do Egito havia desconfiado que eles eram espiões e por isso tinha deixado Simeão preso e mandado-os de volta com os mantimentos, mas que eles teriam que levar Benjamim, o irmão mais novo, à presença do Governador, para que ele libertasse Simeão.

Após contarem toda a história, despejaram os sacos de mantimentos no depósito. Aí viram o dinheiro de todos eles, amarrado em pequenos pacotes. O pai e os filhos ficaram cheios de medo.

Então, disse Jacó: "Vocês me deixaram sem dois filhos. José não existe mais e Simeão está longe. E agora querem levar Benjamim! Como posso agüentar todas estas coisas?".

Rúben falou, então, ao pai: "Pode deixar que eu leve Benjamim e o traga de volta. Se eu não cumprir minha palavra, pode matar os meus dois filhos!"

Respondeu Jacó: "O meu filho não sairá com vocês. Morreu o irmão dele e ele ficou sozinho. É o que me resta. Se ele for e acontecer algum desastre com ele na viagem, vocês me farão morrer cheio de tristeza!".

Após algum tempo, acabou a provisão que os filhos de Israel tinham trazido, então, Jacó pediu que os filhos retornassem ao Egito para comprar mais alimento. Judá falou que só iriam ao Egito se levassem Benjamim, caso contrário, não seriam atendidos por José, pois assim eles tinham prometido. Jacó resistiu em não deixar Benjamim ir. Após muita insistência de Judá, que se responsabilizou em levar e trazer Benjamim de volta, Jacó cedeu e deixou que eles levassem a Benjamim, senão eles todos morreriam de fome.

Jacó também ordenou que levassem os melhores presentes para o Governador do Egito, tais como mel, perfumes finos, ervas e sementes aromáticas, gomas e amêndoas, e ordenou também que levassem dinheiro em dobro, pois assim poderiam devolver o dinheiro da compra anterior e garantir bem a compra que agora iam fazer.

Após tudo pronto para a viagem, Jacó despediu-se dos filhos assim: "Que o Todo-Poderoso Deus derrame graça e misericórdia sobre vocês, ao encontrarem aquele homem. Para que ele liberte Simeão e deixe Benjamim voltar com vocês. Aqui fico eu esperando. E se tiver que perder meus filhos, que perca!".

Os irmãos seguiram para o Egito. Logo que lá chegaram, foram falar com o Governador José. Quando José viu que Benjamim estava entre eles, chamou o mordomo e disse: "Leve estes homens para casa e prepare um grande almoço. Mande matar umas cabeças de gado para isso. Prepare bem tudo, porque estes homens vão almoçar comigo hoje, ao meio-dia". O mordomo obedeceu a tudo que foi ordenado.

Os filhos de Israel ficaram assustados quando viram que estavam na casa do Governador do Egito e diziam uns aos outros: "Estamos aqui por causa do dinheiro que voltou conosco nos sacos de mantimento. Decerto ele vai fazer acusação contra nós, vai transformar a gente em escravos e vai confiscar os nossos jumentos."

Eles resolveram, então, contar ao mordomo a história do dinheiro que tinham encontrado dentro dos sacos, e disseram que tinham trazido o dinheiro de volta para devolver, pois eles não sabiam quem o tinha colocado dentro dos sacos. O mordomo disse a eles o seguinte: "Fiquem tranqüilos. Não tenham medo. O Deus de vocês e dos seus pais é que deu o precioso presente que acharam nos sacos de cereais. O pagamento que vocês fizeram chegou às minhas mãos. As contas estão em ordem."

Dizendo isso, o mordomo soltou Simeão e o levou à presença deles. O mordomo deu água para eles se lavarem e eles ficaram esperando o Governador. Prepararam os presentes para dar a José logo que ele chegasse. Quando o dono da casa chegou, eles deram a ele os presentes, e ficaram inclinados diante dele, com os rostos em terra. José, então, perguntou: "Vocês me falaram do seu velho pai. Como vai ele? Ainda vive?" E eles responderam: "O seu servidor, nosso pai, vive ainda, e vai bem", e tornaram a baixar a cabeça, continuando inclinados.

José dirigiu a atenção para Benjamim, irmão dele por parte de pai e de mãe, e perguntou aos outros: "Vocês me falaram também do seu irmão mais novo. É este?" E sem esperar resposta, disse a Benjamim: "Deus o abençoe, meu filho, e lhe dê a graça divina."

Nesse ponto, José não agüentava mais a emoção. Saiu às pressas, procurou um lugar para chorar. Estava tremendo por dentro! Correu para um quarto e chorou. Depois se lavou e saiu. Conseguiu dominar as emoções, e mandou servir o almoço. José determinou os melhores lugares – na frente dele – para o irmão mais velho e para o mais novo. Isto causou um certo espanto aos filhos de Israel.

Na hora da distribuição das porções, notaram que a porção dada a Benjamim era cinco vezes mais do que a dos outros.

O almoço foi alegre. Os irmãos de José comeram e beberam bem, e passaram bons momentos com ele.

Mais tarde, José deu novas ordens ao mordomo, dizendo: "Dê a estes homens o máximo de mantimento que eles puderem levar. Ponha o dinheiro deles na boca de cada saco de cereal. Agora preste atenção! Ponha o meu copo de prata na boca do saco de mantimento do rapaz mais novo, junto com o dinheiro do pagamento."

E foi feito tudo o que José mandou. Os irmãos saíram de manhã de volta para casa, levando os jumentos carregados de provisões. Ainda não estavam muito longe da cidade, quando José disse ao mordomo: "Vá atrás daqueles homens. Quando os alcançar, diga: "Por que vocês agiram mal assim? O meu Senhor foi tão generoso com vocês! Por que roubaram coisas dele? Até o copo que ele usava para as adivinhações! Vocês agiram mal mesmo!"

O mordomo foi e fez o que José mandou. Os filhos de Israel disseram: "O que você que dizer com tudo isso? Que espécie de gente você pensa que somos, para nos acusar desse jeito? Não devolvemos o dinheiro que achamos nos sacos de mantimento? Então, porque haveríamos de roubar prata ou ouro da casa do seu senhor? Pois bem, se você achar o tal copo com algum de nós, que morra o culpado! E os outros serão escravos do seu senhor para sempre!"

O mordomo aceitou a proposta, mas com a condição de que só o ladrão ficaria como escravo, os demais poderiam ir embora livremente. O mordomo começou a abrir os sacos, um por um, começando do mais velho e indo até o mais novo. E para espanto geral, encontrou o copo no saco de mantimento de Benjamim.

Os filhos de Israel rasgaram as roupas de desespero, carregaram os jumentos e voltaram para a cidade. José ainda estava em casa, quando chegaram Judá e os irmãos. Eles, então, se lançaram ao chão diante de José, que lhes perguntou: "O que vocês estavam querendo fazer? Vocês não sabiam que eu sou capaz de adivinhar o que acontece?". Disse Judá: "Nem sabemos o que responder ao meu Senhor! Que poderíamos falar? Como poderíamos provar que somos inocentes? Deus nos está castigando por nossos pecados. Senhor, aqui estamos, somos seus escravos, nós todos, incluindo aquele que estava com o copo de prata." Disse José: "De modo nenhum. Não seria justo. O homem que roubou o copo ficará como meu escravo. Os outros estão livres, e poderão ir para casa de seu pai."

Então, Judá chegou mais perto dele e disse: "Ah, meu senhor! Deixe-me dizer-lhe uma palavra. Bem sei que me pode destruir num instante, como se fosse o próprio Faraó! O senhor perguntou se tínhamos pai ou irmão, e nós dissemos que sim. Dissemos que nosso pai já é bem idoso e com ele havia ficado o filho mais novo, que nasceu quando o pai já tinha bastante idade. Eram dois irmãos por parte de pai e de mãe. Só ficou ele, porque o outro morreu. E o pai gosta demais dele! Mas o senhor disse a estes seus servos para trazer o rapaz, para que o visse. Nós dissemos que o moço não poderia sair de perto do pai, se não o velho morreria. Mas o senhor nos falou que se o irmão mais novo não viesse, nunca mais nos receberia. Assim, voltamos para casa e transmitimos suas palavras ao nosso pai. Quando ele nos mandou comprar mais alimentos no Egito, nós dissemos que não podíamos ir sem o nosso irmão mais novo, pois o senhor não nos receberia. Nosso pai resistiu em deixar o moço vir conosco, pois ele temia que algum desastre poderia acontecer com o rapaz, e o velho morreria com o coração cheio de tristeza. Ah, senhor, se eu voltar sem o rapaz, quando nosso pai notar que Benjamim não está conosco morrerá certamente. Porque ele é muito apegado ao rapaz. E por nossa culpa, os cabelos brancos do nosso pai irão com tristeza para o túmulo!"

Continuou Judá: " Senhor, eu me ofereci a meu pai para tomar conta de Benjamim, dizendo que se eu não trouxesse o moço de volta, eu carregaria a culpa para sempre. Agora, o que peço, senhor, é isso: Deixe que eu fique aqui como escravo, no lugar do rapaz, e deixe que ele volte para casa com os outros irmãos. Pois, como eu poderei encarar meu pai, se Benjamim não for comigo? Eu não suportaria ver o sofrimento do meu pai!"

José não podia mais agüentar tudo aquilo. Ordenou que saíssem todos que estavam ali, e ficaram somente José e os irmãos dele. Então, José chorou. E as exclamações e os soluços eram tão altos que podiam ser ouvidos pelos egípcios que estavam nas outras partes da casa. Até do palácio de Faraó podiam ouvir José chorando!

Então, disse ele aos irmãos: "Eu sou José. Meu pai ainda está vivo?". Mas os irmãos nem puderam responder, tal foi o espanto. "Cheguem mais perto", disse José. Eles chegaram. José continuou: "Eu sou José, o irmão que vocês venderam ao Egito. Agora nada de tristeza! E não fiquem com raiva de vocês mesmos, por me terem vendido. Deus me mandou na frente de vocês para conservar a vida, por meu intermédio. Porque o mundo já passou por dois anos de fome, e a fome vai durar mais cinco anos. Durante este período de tempo, ninguém terá plantações nem colheitas. Deus me mandou primeiro que vocês. Fez isso para continuar a sua linhagem e os seus descendentes, e para manter a vida de vocês por meio de um grande livramento. Assim se vê que não foram vocês que me mandaram para cá, mas, sim, Deus. E Deus fez de mim um verdadeiro pai para Faraó, senhor da casa dele, e Governador de todo o território egípcio. Agora não percamos tempo! Vão depressa para casa, e digam a meu pai que José, o filho dele, mandou este recado: Deus fez de mim o senhor de todo o território do Egito. Venha para cá o quanto antes. Uma região boa para o senhor morar é a terra de Gósen. Assim, o senhor estará sempre perto de mim. Não só o senhor, mas também os seus filhos, os seus netos, os seus rebanhos, o seu gado, enfim, tudo que o senhor tem. Vindo para cá, será fácil providenciar o seu sustento. Porque vamos ter ainda cinco anos de fome universal. Faça o que estou dizendo, para que não caia a pobreza sobre o senhor, a sua família e tudo o que é seu. Vocês – que são filhos de Israel como eu – podem ver com os seus próprios olhos que eu sou mesmo José. E Benjamim – que é filho de Raquel como eu – também vê com os seus próprios olhos, que é verdade o que estou dizendo. Descrevam ao meu pai a brilhante posição em que estou no Egito. Contem a ele tudo o que vocês viram. Mas não se demorem. Vão logo buscar o meu pai."

Acabando de falar estas coisas, José se lançou ao pescoço de Benjamim, e chorou. Ali ficaram os dois abraçados e chorando. Depois, José, ainda chorando, beijou todos os irmãos dele. Só então, eles puderam falar com José.

A notícia logo correu em todo o palácio, que os irmãos de José estavam lá, e Faraó gostou da notícia. Disse ele a José: "Diga a seus irmãos que carreguem os seus animais e voltem à terra de Canaã. Chamem o seu pai e as suas famílias, e tragam todos eles para cá. Venham falar comigo, e eu darei a vocês terras do melhor tipo. E vocês terão sustento com fartura."

E a boa vontade de Faraó não parou aí. Disse ele ainda a José: "Diga a seus irmãos que levem carruagens para a viagem das crianças e das mulheres. Diga também que não fiquem preocupados com a questão de propriedades e bens, porque o que há de melhor no Egito será deles."

Os filhos de Jacó seguiram as instruções que receberam. José deu carruagens a eles – como Faraó tinha mandado – e provisão para a viagem. Além disso, deu a cada irmão trajes próprios para festas. Mas a Benjamim deu trezentas moedas de prata e cinco trajes próprios para ocasiões festivas.

José mandou para o pai dele dez jumentos carregados dos melhores produtos do Egito e dez jumentos carregados de cereais e pães. Isto fora a provisão que mandou para a viagem de Jacó para o Egito.

Feito isto, José despediu dos irmãos. Quando iam saindo, disse: "Olhem lá! Não briguem durante a viagem!" Assim os filhos de Israel saíram do Egito e foram para casa. Lá chegando, disseram a Jacó: "Veja só, pai! José está vivo! Ele é o Governador de todo o território do Egito!"

O coração de Jacó quase parou. Ele nem podia acreditar no que estava ouvindo! Mas teve de acabar acreditando. Sim, porque os filhos foram repetindo tudo o que José tinha falado. Além disso, ali estavam as carruagens que José tinha mandado para transportar a família. Quando Jacó viu que era verdade mesmo, como que renasceu! O espírito dele ganhou nova vida. Disse Israel: "Não precisam falar mais nada! Meu filho ainda vive! Vou logo para lá, pois quero ver José antes de morrer."

Jacó, então, seguiu com toda a família e todos os rebanhos e bens que possuía, em direção ao Egito. No caminho, Deus falou a Israel, por meio de visões: "Não tenha medo de ir para o Egito, lá mesmo eu vou fazer de você uma grande nação. Estarei com você na viagem de ida e na viagem de volta, porque chegará o dia em que farei seus descendentes saírem de lá. E você vai ter este consolo: A mão de José fechará os seus olhos."

Esta é a relação dos descendentes de Israel que foram para o Egito: Rúben, filho mais velho de Jacó, e seus filhos: Enoque, Palu, Hezron e Carmi; Simeão e seus filhos: Jemuel, Jamim, Oade, Jaquim, Zoar e Saul; Levi e seus filhos: Gerson, Coate e Merari; Judá e seus filhos: Er, Onã, Selá, Perez e Zera. Só que Er e Onã morreram na terra de Canaã. Perez tinha os seguintes filhos: Hezron e Hamul; Issacar e seus filhos: Tola, Puva, Jô e Sinrom; Zebulom e seus filhos: Serede, Elom e Jaleel. São estes os filhos de Jacó e de Lia, que tinham ainda uma filha chamada Diná. No total, os filhos e filhas, netos e netas de Lia eram trinta e três pessoas.

Os descendentes de Jacó com Zilpa, que Labão deu à Lia para ser criada desta, eram os seguintes: Gade e seus filhos: Zifion, Hagi, Suni, Esbon, Eri, Arodi e Areli; Aser e seus filhos: Imna, Isvá, Isvi, Berias e a irmã deles, Sera. Berias tinha os filhos Héber e Malquiel. Ao todo, os filhos e filhas, netos e netas de Zilpa eram dezesseis pessoas.

Filhos de Raquel, a mulher de Jacó, por escolha dele: José e Benjamim. No Egito nasceram estes filhos de José e de Asenete, filha de Potífar, sacerdote de On: Manassés e Efraim. Filhos de Benjamim: Bela, Béquer, Asbel, Gera, Naamã, Eí, Rôs, Mupim, Hupim e Arde. Ao todo, os descendentes de Jacó e Raquel eram catorze pessoas.

Descendentes de Jacó e Bila, que Labão deu à Raquel para ser criada dela: e seu filho Husim; Naftali e seus filhos: Jazeel, Guni, Jezer e Silém. Ao todo eram sete pessoas.

Os descendentes de Jacó que foram com ele para o Egito somavam, então, sessenta e seis pessoas. Isto sem contar as mulheres dos filhos e dos netos de Jacó. Os filhos de José que nasceram no Egito eram dois. Assim, somando todas as pessoas da família de Jacó, que se encontravam no Egito, eram setenta pessoas, incluindo ele próprio.

Jacó chegou, então, ao Egito. Quando José o viu se lançou ao pescoço de Jacó e chorou. Ficou muito tempo assim, abraçado ao pai e chorando. Israel disse a José: "Agora posso morrer tranqüilo, pois vi você! Encontrei vivo o meu filho, que para mim havia morrido há muito tempo!"

José e Faraó receberam muito bem Jacó e lhe deram as melhores terras para criação de gado. A propriedade ficava um pouco afastada de toda a população do Egito, pois a profissão de vaqueiro e pastor causava vergonha e desprezo aos egípcios.

E foi assim que todo o povo de Israel foi parar no Egito. A seca continuava em toda a região, e todo o povo egípcio ia comprar alimento com o Faraó. Assim, todo o dinheiro dos egípcios, todos os rebanhos e todas as terras foram parar nas mãos de Faraó. Quando o povo nada mais tinha, foram a José e disseram: "Vamos todos morrer de fome, pois nada mais temos, já gastamos tudo que tínhamos, comprando alimentos, agora só resta os nossos corpos, que podemos servir como escravos a Faraó." E José comprou toda a população do Egito, que passou a ser escrava de Faraó. Só os sacerdotes continuaram livres, porque eles tinham direito ao sustento dado diretamente por Faraó. Por isso, não precisaram vender as terras a Faraó. Como todas as terras do Egito pertenciam a Faraó, José resolveu fornecer sementes aos egípcios para semearem as terras, e do que colhessem dariam a quinta parte a Faraó e o restante seria para o sustento de suas famílias e para semear novamente as terras. Assim foi decretada a lei de que a quinta parte das colheitas era de Faraó. Essa lei somente não se aplicava aos sacerdotes.

Quando Jacó chegou ao Egito estava com 130 anos e ali viveu mais 17 anos, tendo vivido ao todo 147 anos. Ali no Egito, Jacó ficou dono de muitas propriedades e seus descendentes foram muito numerosos. Quando já estava velho, pediu a José que, quando morresse, fosse sepultado em Canaã, lugar em que foram enterrados seus pais, tendo José lhe prometido isso.

Após algum tempo, Jacó adoeceu, pois já estava muito velho. José foi visitá-lo e levou os dois filhos: Manassés, o mais velho, e Efraim, o mais novo. Jacó abençoou os dois filhos de José, dando a bênção do mais velho ao mais novo, dizendo que este seria mais abençoado por Deus.

Depois, Jacó chamou seus outros filhos e abençoou a cada um, dando as melhores bênçãos para José e Judá, inclusive dizendo a este que ninguém tiraria dele o trono real (foi de Judá que prosseguiu a linhagem de José, esposo de Maria, mãe de Jesus).

Após isso, Jacó disse aos filhos que sentia que estava se aproximando sua morte, mas tinha certeza que Deus levaria seus descendentes de volta a Canaã, como tinha prometido, e reforçou o pedido aos filhos, que levassem seus restos mortais para serem enterrados na caverna de Macpela, em Canaã, onde haviam sido sepultados Abraão, Sara, Isaque, Rebeca e Lia, uma das esposas de Jacó.

Logo depois de ter dado estas ordens e instruções aos filhos, Jacó morreu. Simplesmente encolheu os pés na cama e morreu. José se lançou sobre o pai, beijou o rosto dele e ali ficou chorando.

Depois, mandou embalsamar o corpo do pai, processo que demorou 40 dias, que era o tempo normal para isso naquela época. José, então, pediu autorização a Faraó para levar o corpo do pai para ser enterrado em Canaã. Faraó autorizou e se formou uma grande caravana para o enterro, incluindo todos os oficiais do rei, os membros mais importantes da família do rei e todas as pessoas mais importantes da nação egípcia, além de todos os familiares de Jacó.

Após o sepultamento do pai, todos retornaram ao Egito. Os irmãos de José começaram a ficar com medo. Diziam entre eles: "Agora decerto José vai perseguir a gente. Decerto vai querer tirar desforra do mal que fizemos a ele." Por isso, mandaram este recado a José: "Antes de morrer, o seu pai deixou uma mensagem a você. A mensagem é esta: "Perdoe a maldade de seus irmãos. Perdoe o pecado que cometeram, com o mal que fizeram a você. Agora lhe pedimos que perdoe o mal que lhe fizemos. Pecamos, é certo, mas somos servos de Deus."

Enquanto estavam transmitindo o recado dos irmãos dele, José ficou chorando. Depois os irmãos foram falar pessoalmente com ele. Ficaram inclinados diante de José, e então dirigiram a palavra a ele. Disseram: "Aqui estamos, prontos para servi-lo como seus escravos."

"Não tenham medo", respondeu José. "Por acaso estou no lugar de Deus? É bem verdade que vocês planejaram o mal para mim, mas Deus transformou o mal em bem, para fazer aquilo que agora vocês estão vendo. Porque por este meio Deus está salvando a vida de muita gente. Por isso não tenham medo, vou garantir o sustento de vocês e de seus filhos."

As palavras de José tocaram o coração dos irmãos. Eles ficaram entusiasmados! José e toda a família de Jacó ficaram no Egito. Ele chegou a ver os filhos e os netos de Efraim. Viu também os filhos de Maquir, filho de Manassés. José teve a alegria de tomar os netos nos joelhos.

No fim da vida, José disse aos irmãos dele: "Está chegando o dia da minha morte. Mas tenho a absoluta certeza de que Deus virá ao encontro de vocês no tempo certo. Ele fará com que vocês saiam do Egito e voltem para Canaã. Porque Ele prometeu dar aquela terra a Abraão, a Isaque e a Jacó."

Então, José pediu que os irmãos dele fizessem uma promessa. Disse José aos irmãos: "Como é certo que Deus fará o que acabo de dizer, prometam que levarão os meus ossos com vocês quando voltarem para Canaã."

José morreu com 110 anos e o corpo dele foi embalsamado e posto num caixão no Egito.

VIGÉSIMA QUARTA GERAÇÃO

Filhos de Elifaz:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1. Temã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.2. Omar

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.3. Zefô

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.4. Gaetã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.5. Quenaz

Filhos de Elifaz com sua concubina Timna, a primeira deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.6. Amaleque

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.7. Timna, a segunda deste nome.

Filhos de Jeús, Jalão e Coré, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.2.1. Referidos a seguir.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.3.1. Referidos a seguir.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.4.1. Referidos a seguir.

Os filhos de Jeús, Jalão e Coré formaram diversas tribos, entre elas, as tribos de Lotã, de Sobal, de Zibeão, de Aná, de Dison, de Eser e de Disã.

Filhos de Reuel:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.5.1. Naate, o primeira deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.5.2. Zera

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.5.3. Samá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.5.4. Mizá

Filhos de Rúben nasceu no ano 1774 a.C.:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.1.1. Enoque, o quarto deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.1.2. Palu

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.1.3. Hezron, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.1.4. Carmi

 

Filhos de Simeão:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.1. Jemuel

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.2. Jamim, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.3. Oade

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.4. Jaquim

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.5. Zoar

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.6. Saul, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.7. Nemuel

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.8. Jaribe

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.9. Zerá, o primeiro deste nome.

Filhos de Levi nasceu no ano 1771 e faleceu em 1634 a.C., vivendo 137 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1. Gerson, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2. Coate

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3. Merari

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.4. Joquebede, que casou com Anrão, que era sua tia.

Filhos de Judá nasceu no ano 1770 a. C. e de Bate-Suá:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.1. Er – morreu na terra de Canaã.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.2. Onã, o primeiro deste nome – morreu na terra de Canaã.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.3. Sela

Filhos de Judá nasceu no ano 1770 a. C. e de Tamar - que prosseguiram a linhagem de José, esposo de Maria, mãe de Jesus:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4. Perez ou Farés

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.5. Zerá, o segundo deste nome.

Filhos de Issacar:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.1. Tola

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.2. Puva

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.3.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.4. Sinrom

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.5. Jasube

Filhos de Zebulom:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.6.1. Serede

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.6.2. Elom

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.6.3. Jaleel

Filhos de José, primeiro deste nome, conhecido como José do Egito, nasceu no ano 1767 e faleceu em 1657 a. C., vivendo 110 anos e de Asenete ou Azenate - filha de Potífar, sacerdote de Om:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.1. Manassés – que faz esquecer, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2. Efraim – fruto em dobro.

Filhos de Benjamim:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1. Bela

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.2. Bequer, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.3. Asbel

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.4. Gera

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.5. Naamã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.6.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.7. Rôs

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.8. Mupim

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.9. Hupim

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.10. Arde

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.11. Airã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.12. Sufã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.13. Hufã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.14. Aará

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.15. Noá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.16. Rafa

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.17. Jediael

Filhos de Dã:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.10.1. Husim

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.10.2. Suã

Filhos de Naftali:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.11.1. Jazeel ou Jaziael

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.11.2. Guni

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.11.3. Jezer

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.11.4. Silém ou Salum, o primeiro deste nome.

Filhos de Gade:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.12.1. Zifiom ou Zefom

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.12.2. Hagi

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.12.3. Suni

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.12.4. Esbon ou Ozni

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.12.5. Eri

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.12.6. Arodi

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.12.7. Areli

Filhos de Aser:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.13.1. Imna

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.13.2. Isvá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.13.3. Isvi

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.13.4. Berias, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.13.5. Sera, uma filha

VIGÉSIMA QUINTA GERAÇÃO

Filhos de Saul, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.6.1. Salum, o segundo deste nome.

Filhos de Gerson, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1. Libni, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1..2. Simei, o primeiro deste nome.

Filhos de Coate, que viveu 133 anos:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1. Anrão, que viveu 137 anos e se casou com sua tia Joquebede, por parte de pai.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2. Jizar

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.3. Hebron, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.4. Uziel, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5. Aminadabe, o primeiro deste nome.

Filhos de Merari:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.1. Mali, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2. Musi

Filhos de Perez ou Farés:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1. Hezrom ou Esrom, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.2. Hamul

Filhos de Zerá, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.5.1. Zinri

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.5.2. Etã, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.5.3. Hemã, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.5.4. Calcol

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.5.5. Dara

Filhos de Tola:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.1.1. Refaías, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.1.2. Jeriel

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.1.3. Jamai

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.1.4. Ibsão

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.1.5. Samuel, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.1.6. Uzi, o primeiro deste nome.

Filhos de Manassés – que faz esquecer, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.1.1. Maquir

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.1.2. Jair, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.1.3. Hamolequete, uma filha.

Filhos de Efraim:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1. Sutela, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.2. Bequer, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.3. Taã, o primeiro deste nome.

Filhos de Bela:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1.1. Adar

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1.2. Gerá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1.3. Abiúde

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1.4. Abisua, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1.5. Naamã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1.6. Aoá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1.7. Gera

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1.8. Sefufá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1.9. Hurão

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1.10. Esbom

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1.11. Uzi, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1.12. Uziel, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1.13. Jerimote, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.1.14. Iri

Filhos de Bequer, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.2.1. Zemira

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.2.2. Joás

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.2.3. Eliezer, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.2.4. Elioenai, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.2.5. Onri

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.2.6. Jerimote, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.2.7. Abias, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.2.8. Anatote

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.9.2.9. Alemete

Filhos de Berias, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.13.4.1. Héber, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.13.4.2. Malquiel

VIGÉSIMA SEXTA GERAÇÃO

Filhos de Salum, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.6. 1.1. Mibsão, o segundo deste nome.

Filhos de Libni, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.1. Jeiel, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.2. Zetã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.3. Joel, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4. Jaate, o primeiro deste nome.

Filhos de Simei, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.2.1. Selomote

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.2.2. Haziel

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.2.3. Harã, segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.2.4. Jaate, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.2.5. Ziza ou Jiza, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.2.6. Jeús, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.2.7. Berias, o segundo deste nome.

Filhos de Anrão, que viveu 137 anos e se casou com Joquebede, sua tia por parte de pai:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1. Arão nasceu no ano 1354 e faleceu em 1231 a.C., vivendo 123 anos, primeiro sumo sacerdote dos hebreus, casou com Eliseba, filha de Aminadabe e irmã de Naassom.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.2. Moisés nasceu no ano 1350 e faleceu em 1230 a.C., vivendo 120 anos e casou com Zípora.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.3. Miriã nasceu no ano 1360 e faleceu em 1235 a.C., vivendo 125 anos.

Filhos de Jizar:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1. Corá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.2. Nefegue

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.3. Zicri

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.4. Selomite, o primeiro deste nome.

Filhos de Hebron, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.3.1. Jerias

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.3.2. Amarias, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.3.3. Jaaziel ou Zaaziel

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.3.4. Jecameão ou Zecameão

Filhos de Uziel, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.4.1. Misael

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.4.2. Eisafã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.4.3. Sitri

Filhos de Aminadabe, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1. Coré, o segundo deste nome.

Filhos de Mali, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.1.1. Libni, o segundo deste nome.

Filhos de Musi:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2.1. Eder

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2.2. Jeremote

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2.3. Eleazar, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2.4. Quis

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2.5. Mali, o segundo deste nome.

Filhos de Hezrom ou Esrom, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1. Jerameel

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2. Rão ou Arão, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.3. Quelubai

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4. Calebe

Filhos de Hezron ou Esrom, o segundo deste nome, com a filha de Maquir:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.5. Segube

Filhos de Hezron ou Esrom, o segundo deste nome, com Abia:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.6. Asur

Filhos de Etã, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.5.2.1. Azarias, o primeiro deste nome.

Filhos de Uzi, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.1.6.1. Izraías

Filhos de Hamolequete:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.1.2.1. Is-Hode

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.1.2.2. Abiezer

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.1.2.3. Maalá

Filhos de Sutela, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.1. Erã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2. Berede

ANTES DE MOISÉS

O tempo passou e morreram todos os irmãos de José e todos os da geração deles, mas os descendentes dos israelitas eram muito férteis e aumentaram muito em número e em poder, tendo ocorrido uma verdadeira explosão da população israelita nas terras do Egito.

Por volta de 400 anos após a morte de José, um novo Rei subiu ao trono do Egito. Ele não tinha nenhuma ligação com José. Esse Rei começou a se preocupar com o rápido crescimento da população israelita no Egito e temia que, em uma eventual guerra, os israelitas lutassem a favor dos inimigos do Egito.

Então, o Faraó obrigou a todos os israelitas a trabalhar como escravos, que eram muito maltratados pelos mestres de obras, que impunham pesadas cargas sobre eles.

Todavia, quanto mais eram maltratados, mais eles cresciam e se multiplicavam em número, no país. E quanto mais eles cresciam, mais o Faraó mandava maltratá-los, tendo eles sofrido a mais dura escravidão. O Rei, então, deu ordens a duas parteiras hebréias, que existiam naquela época (Sifrá e Puá), para que matassem, no parto, todos os meninos hebreus que nascessem, deixando viver somente as meninas.

As parteira, todavia, que eram tementes a Deus, não obedeceram e deixaram viver os meninos também. O Faraó então mandou chamá-las e perguntou por que o desobedeceram, e elas disseram que as mulheres hebréias tinham muita saúde, por isso as crianças nasciam muito facilmente e, quando elas chegavam para fazer o parto, as crianças já tinham nascido e não havia mais como matá-las. Eram, portanto, diferentes das mulheres egípcias.

Com isso, o Faraó deu uma ordem terrível a todos os egípcios: que jogassem no rio Nilo todos os meninos hebreus que nascessem, deixando viver somente as meninas.

HISTÓRIA DE MOISÉS

Um rapaz e uma jovem da família de Levi (Anrão e Joquebede) casaram-se e formaram um lar.

Depois da ordem assassina de Faraó, nasceu um filho do casal. A mãe viu que o menino era muito bonito e por isso o escondeu durante três meses. Após isso, não havia mais como mantê-lo escondido e, assim, temendo ver o filho ser jogado no rio, pelos egípcios, fez uma cesta de papiro para servir de barco, pôs o menino dentro dela e a deixou no meio das plantas que cresciam na beira do rio Nilo, deixando a irmã do menino vigiando, para ver o que aconteceria.

Aconteceu que a filha de Faraó foi tomar banho no rio, acompanhada de suas criadas. Logo a princesa viu a cesta enroscada nas plantas e mandou uma das criadas ir buscá-la. Quando abriu, ali estava a criança, chorando. A princesa ficou com dó e falou que devia ser um menino hebreu. A irmã da criança, que estava vigiando, quando viu isso, correu para junto da princesa e logo perguntou se a princesa queria que ela arranjasse uma hebréia para cuidar da criança.

A princesa logo respondeu que sim, então a menina correu até sua casa e levou sua mãe à presença da princesa, tendo esta falado o seguinte: "Leve este menino para sua casa e cuide dele para mim, eu pagarei pelo seu trabalho". A mulher levou o menino, que era seu filho, e o criou.

Quando o menino já estava grande, a mãe levou o rapaz à princesa que o adotou. Assim, ele passou a ser filho da filha de Faraó. A princesa deu a ele o nome de Moisés, que quer dizer: "Tirado para Fora", por tê-lo tirado das águas.

Anos mais tarde, quando Moisés já era um homem feito, ele foi visitar os hebreus, que eram o povo dele. Lá ele percebeu quanto seu povo estava sofrendo. Nessa visita, ele viu um egípcio espancando um hebreu. Como não tinha ninguém por perto, Moisés matou o egípcio e escondeu o corpo ali mesmo na areia. No dia seguinte, Moisés presenciou dois hebreus brigando entre si. Moisés perguntou ao que estava sem razão, por que ele estava fazendo aquilo com o próprio irmão. O hebreu que estava sem razão falou: "Quem você pensa que é? Acha que é nosso príncipe e juiz? Está querendo me matar, assim como matou aquele egípcio ontem?"

Quando Moisés ouviu isso, ficou com medo, pois percebeu que todos ali já sabiam do assassinato que ele havia cometido no dia anterior. De fato, Faraó ficou sabendo do caso e decretou a morte de Moisés. Mas ele fugiu em tempo e foi para a terra de Mídia. Quando lá chegou, ficou sentado à beira de um poço.

De repente, chegaram sete moças, que eram filhas do sacerdote de Mídia, de nome Reuel ou Jetro. Elas tiraram água e encheram os bebedouros para dar de beber ao rebanho do pai delas. Nesse momento, como era de costume, chegaram os pastores da região para expulsar as moças e aproveitar a água que elas haviam tirado.

Moisés, vendo aquilo, foi lá defender as moças e deu de beber primeiro ao rebanho delas. Quando as moças chegaram em casa, mais cedo, o pai perguntou o que havia acontecido, e elas disseram que um egípcio as havia defendido dos pastores. O pai mandou que elas convidassem esse homem para jantar com eles. Moisés aceitou o convite de Reuel (também chamado de Jetro) para morar na casa dele.

Mais tarde, Moisés casou com Zípora, uma das moças da casa. O casal teve dois filhos: Gerson, que quer dizer "estrangeiro". Moisés pôs esse nome dizendo: "Sou forasteiro em terra estranha"; e depois nasceu Eliezer, que quer dizer "Deus é auxílio". Quando este filho nasceu, Moisés disse: "O Deus do meu pai foi minha ajuda e me livrou da espada de Faraó."

Depois de muito tempo, morreu o Rei do Egito. Os israelitas, que viviam sofrendo muito com a escravidão no Egito, clamaram a Deus, e Deus ouviu os gemidos deles, e lembrou a promessa que tinha feito a Abraão, a Isaque e a Jacó. Lembrou o trato feito com eles, de que daria aos descendentes deles a terra de Canaã.

Um certo dia, quando Moisés estava pastoreando o rebanho do sogro Reuel, também chamado Jetro, nas proximidades do monte Horebe, conhecido como o monte de Deus, ele viu uma pequena moita de sarça pegando fogo, mas o fogo não consumia a sarça.

Ele ficou curioso e começou a se aproximar, mas o Senhor Deus falou: "Moisés, não chegue aqui perto, tire os sapatos, pois você está pisando em terra santa. Eu sou o Deus de seus pais, Abraão, Isaque e Jacó. Eu vi as terríveis aflições do meu povo no Egito. Vim aqui para libertá-lo das garras dos egípcios e levá-lo a uma terra grande e boa, que é fonte de leite e mel."

O Senhor Deus designou Moisés para libertar os israelitas do Egito. Moisés resistiu em aceitar a incumbência, dizendo que ele não era o homem apropriado para aquela missão, que o povo não acreditaria nele, pois ele nem sabia falar bem. Mas Deus insistiu, dizendo que faria o povo acreditar em Moisés por meio dos milagres que Ele iria fazer, como transformar uma vara em cobra, pôr e tirar a lepra instantaneamente e transformar água em sangue.

Também designou que Arão, irmão de Moisés, seria seu auxiliar, já que ele se expressava muito bem. Deus também alertou Moisés que o Faraó não deixaria os israelitas saírem facilmente. Só depois que recebesse muitos castigos de Deus é que Faraó deixaria o povo sair e levariam muitas riquezas dadas pelos egípcios.

Finalmente, Moisés aceitou a missão, voltou para casa e pediu licença ao sogro Jetro para ir ao Egito ver como estava o seu povo por lá. Jetro permitiu. Nesse meio tempo, o Senhor falou novamente com Moisés, dizendo que ele podia voltar ao Egito sem medo, pois os que queriam lhe matar já haviam morrido.

Moisés começou a viagem ao Egito, levando consigo a mulher e os filhos (Gerson e Eliezer) montados em um jumento. Moisés levou a vara de pastor, que serviria para que Moisés fizesse os milagres, conforme Deus havia determinado.

Deus também falou com Arão, mandando que ele fosse se encontrar com Moisés, no monte Horebe. Os dois irmãos se encontraram no deserto, próximo ao monte Horebe, e se abraçaram, e Moisés contou a Arão tudo o que Deus tinha dito, e falou dos milagres que deviam fazer na frente de Faraó.

Moisés e Arão foram para o Egito e convocaram uma assembléia com todos os líderes de Israel. Arão disse tudo o que o Senhor tinha falado a Moisés, e fez os milagres na frente deles. Assim, o povo de Israel acreditou que Deus tinha mandado Moisés e Arão. E quando os ouviram dizer que Deus tinha visitado os israelitas, que tinha visto o sofrimento deles e que estava disposto a libertar o povo de Israel, inclinaram as cabeças em sinal de adoração e prestaram culto ao Senhor Deus.

Depois, Moisés e Arão foram falar com Faraó. Disseram que o Senhor Deus pedia que Faraó liberasse os israelitas para irem ao deserto, a uma distância de três dias de viagem, fazer uma festa religiosa e prestar culto ao Senhor. Faraó respondeu que não sabia quem era esse Senhor, portanto não deixava os israelitas saírem. Moisés e Arão insistiram, dizendo que se eles não fossem prestar culto ao Senhor, eles seriam castigados com peste ou com a morte. Mas Faraó disse para eles irem embora dali, pois estavam atrapalhando o trabalho do povo.

Nesse mesmo dia, Faraó mandou aumentar as tarefas diárias dos israelitas, para que assim eles não tivessem tempo e nem forças para darem ouvidos às conversas de Moisés e Arão. Os oficiais israelitas, que tomavam conta dos grupos de trabalho, vendo que não tinham condições de cumprir as tarefas diárias, foram reclamar a Faraó, pedindo que não maltratasse os servos daquele jeito, pois os mestres de obras estavam lhes dando tarefas impossíveis de serem cumpridas e por isso os israelitas estavam sendo açoitados.

Mas Faraó falou que era aquilo mesmo: os mestres de obras estavam certo, a ordem de aumentar as tarefas era dele, Faraó, que aquilo era para eles não terem tempo de dar ouvidos a Moisés e a Arão.

Quando os oficiais israelitas saíram do palácio, encontraram Moisés e Arão, que estavam ali à espera deles. Os oficiais, então, falaram para os dois irmãos que eles eram os culpados pelo aumento das tarefas dos israelitas, e que os dois só estavam fazendo aumentar o ódio do Faraó para com os israelitas. Moisés orou a Deus, pedindo que resolvesse aquela situação.

Deus respondeu a Moisés que iria forçar Faraó deixar os israelitas saírem do Egito, mas só depois de Deus enviar muitas pragas ao Egito é que Faraó mandaria os israelitas saírem de lá.

Moisés estava com 80 anos e Arão com 83. Deus mandou, então, que Moisés e Arão fossem falar com Faraó. Quando lá chegaram, Arão jogou a vara no chão e esta se transformou em uma cobra, mas os mágicos do Faraó também fizeram o mesmo, cada um jogou sua vara ao chão e elas se transformaram em cobras. Só que a cobra de Arão devorou as cobras dos mágicos, mas, mesmo assim, Faraó não atendeu a Moisés e Arão, conforme o Senhor já tinha dito, que endureceria o coração do Faraó para que ele teimasse em não deixar o povo sair; assim o Senhor Deus tinha como mostrar toda a sua força.

Após isso, vários outros encontros de Moisés e Arão com o Faraó se sucederam e em cada encontro era uma praga que Deus mandava sobre o Egito, tais como:

1 - Transformou todas as águas do Egito em sangue, fazendo morrer todos os peixes. Os mágicos do Faraó também fizeram o mesmo.

2 – Encheu todos os recantos do Egito com rãs. Os mágicos de Faraó também conseguiram fazer o mesmo. Com isso, Faraó chamou Moisés e disse para ele pedir a Deus que tirasse as rãs de lá e assim Faraó deixaria o povo ir prestar culto ao Senhor. Moisés pediu e Deus tirou todas as rãs. Quando Faraó viu que o país estava livre das rãs, endureceu o coração e não deixou o povo sair.

3 – Encheu todo o território do Egito de piolhos. Os mágicos não conseguiram produzir piolhos e disseram a Faraó: "Isso é o dedo de Deus", mas, mesmo assim, o Faraó não deu ouvidos a Moisés e a Arão.

4 – Deus mandou enxames de moscas, que invadiram todo o território do Egito, exceto onde moravam os hebreus. Novamente, Faraó mandou chamar Moisés às pressas e disse que deixava que os israelitas prestassem culto ao Senhor, mas lá mesmo no Egito. Moisés não concordou, e disse que tinham que ir ao deserto, onde Deus tinha mandado. Faraó concordou, mas disse para eles não irem muito longe, e pediu que orassem em favor dele. Moisés orou e Deus fez desaparecer todas as moscas. Faraó, mais uma vez, endureceu o coração e não deixou o povo ir.

5 – Então, Deus mandou uma praga que matou, de uma só vez, todos os rebanhos dos egípcios, deixando vivos somente os rebanhos dos israelitas. Mesmo assim, Faraó não cedeu.

6 – Deus espalhou cinzas em todo o território do Egito, a qual produzia tumores em todos os homens e animais do Egito inteiro. O Senhor endureceu o coração do teimoso Rei e ele não deu ouvidos a Moisés e a Arão.

7 – O Senhor então mandou uma terrível chuva de pedras, que matou todos os animais e homens que estavam no campo e esmagou todas as árvores, exceto na terra de Gósen, onde viviam os israelitas. Faraó, mais uma vez, mandou chamar a Moisés e Arão e pediu que mandassem parar a chuva de pedras que ele concordava com os dois e deixava o povo sair de uma vez. Moisés orou e Deus parou com as tempestades de pedra. Mas Faraó e seus oficiais endureceram o coração e não deixaram o povo sair. O Senhor tinha dito a Moisés que isso ia acontecer, pois assim Deus tinha como mostrar aos egípcios a força de seu poder.

8 –Deus mandou nuvens de gafanhotos, que cobriram todo o território do Egito, de ponta a ponta. O Faraó mandou novamente chamar Moisés e Arão e pediu que o perdoassem, só mais esta vez, e pedisse ao Senhor Deus que livrasse o Faraó daquela praga de gafanhotos, que ele deixava o povo ir prestar culto ao Senhor. Moisés orou e Deus fez soprar um vento forte que lançou os gafanhotos no Mar Vermelho. Mas Deus endureceu o coração de Faraó e mais uma vez ele não deixou o povo de Israel sair.

9 – O Senhor mandou então três dias de escuridão sobre todo o Egito. As pessoas não viam umas às outras e não podiam sair do lugar. Mas, nas casas dos israelitas não faltou luz. Faraó mandou chamar Moisés e disse que os israelitas podiam ir servir ao Senhor, mas tinham que deixar os rebanhos.

Moisés não aceitou, pois tinha que levar também os rebanhos, pois somente lá podiam escolher o que iam oferecer ao Senhor. Porém, o Senhor endureceu o coração de Faraó e ele não quis deixar o povo de Israel sair. Faraó disse ainda a Moisés que saísse de sua presença e nunca mais retornasse, pois se isso acontecesse Moisés seria morto.

Deus falou a Moisés que faltava somente uma praga e que, depois desta, Faraó deixaria o povo sair e ainda levariam muitas riquezas dos egípcios, pois estes passaram a admirar Moisés e estavam querendo se livrar das pragas.

Deus falou para Moisés que aquele mês passaria a ser o mais importante para Israel e seria o primeiro mês do ano. Deus ordenou a Moisés que dissesse aos israelitas que cada família deveria separar um carneiro no dia dez do mês. Esse carneiro deveria ser guardado até o dia catorze do mesmo mês, quando, no final da tarde, deveria ser morto e o sangue deveria ser passado nas soleiras das portas das casas de cada família israelita.

A carne deveria ser comida toda assada durante a noite, com pão sem fermento. Isso deveria ser feito, porque, à meia noite, Deus passaria e destruiria todos os filhos primogênitos das famílias egípcias, mas onde tivessem passado o sangue na porta, Deus passaria por cima e nada destruiria. Esse dia deveria ser comemorado para sempre como o dia da páscoa do Senhor (que quer dizer passagem por cima), dia em que o povo de Israel foi libertado da escravidão no Egito.

10 - Tudo foi feito como Deus ordenou a Moisés, e no dia catorze do mês, à meia-noite, Deus destruiu todos os primeiros filhos da terra do Egito. Não escapou nenhum, desde o filho mais velho de Faraó, que sentava no trono, até o filho mais velho do escravo que estava preso no porão. Também morreram todas as primeiras crias dos animais.

Na mesma noite, Faraó mandou dizer a Moisés e a Arão que se aprontassem rápido e saíssem do Egito junto com todos os israelitas. E podiam levar as ovelhas e o gado. Disse Faraó que eles fossem embora de uma vez e deixassem os egípcios livres de tanta destruição.

Os israelitas arrumaram suas coisas e saíram às pressas e levaram ainda muitos objetos de valor dados pelos egípcios, que queriam se ver livres de tanta destruição. Era uma multidão de 600.000 homens andando a pé, sem contar mulheres e crianças. E ainda as ovelhas e o gado – um número enorme de animais – que se misturavam com a multidão. Os israelitas viveram cerca de 430 anos no Egito. Moisés levou os ossos de José, conforme os israelitas tinham prometido.

O Senhor Deus ia guiando a multidão pelo deserto, de dia numa coluna de nuvem e de noite numa coluna de fogo, para iluminar o caminho. Assim, podiam andar dia e noite e essas colunas de nuvem e de fogo nunca se afastaram do povo de Israel.

Após a saída dos israelitas do Egito, Faraó arrependeu-se de tê-los deixado sair, pois havia ficado sem a força de trabalho, além de os israelitas terem levado muitas riquezas dos egípcios. Preparou, então, todo o seu exército e foi atrás dos israelitas para trazê-los de volta. Alcançou os israelitas em Pi-Hairote, nas praias do mar, onde estavam acampados.

Os israelitas, quando viram o grande exército de Faraó, começaram a ficar com medo e reclamaram de Moisés por tê-los tirado do Egito e os levado para morrer ali, diante daquele poderoso exército.

Moisés, todavia, pediu calma a todos, fazendo Deus com que a coluna de nuvem ficasse entre os israelitas e o exército de Faraó durante o dia, e, à noite, a coluna de fogo clareava os israelitas, mas deixava na escuridão o exército de Faraó. Assim, o exército de Faraó não pôde encontrar os israelitas.

Moisés estendeu a vara sobre o mar e as águas se abriram, deixando os israelitas atravessar o mar a seco. Os egípcios foram atrás e avançaram pelo fundo do mar, entre as paredes de água. O Senhor confundiu os egípcios, que não conseguiram avançar muito pelo fundo do mar, e quando o dia estava amanhecendo, todos os israelitas já estavam do outro lado, então, as águas se fecharam, voltando à posição normal, e todo o exército de Faraó morreu afogado. Os israelitas voltaram, então, a confiar em Deus e em Moisés, seu servo.

Moisés, orientado por Deus, rumou com a multidão em direção ao deserto. Por várias vezes, o povo israelita reclamou com Moisés, dizendo que era melhor eles não terem saído do Egito, pois lá, pelo menos, tinham comida e água para beber, e ali eles estavam sujeitos a morrer de fome ou sede.

Moisés sempre orava a Deus nessas ocasiões, e Deus mandava comida do Céu, o maná, fazendo a água salgada tornar-se potável, e fazendo brotar água da pedra, no monte Horebe.

Mais adiante, o povo de Israel foi atacado, em Refidim, pelas forças de Amaleque. Moisés chamou Josué, um de seus líderes, e disse para ele juntar todos os guerreiros para lutar contra os amalequitas. Enquanto isso, Moisés, Arão e Hur subiram ao morro. Enquanto Moisés sustentava a vara estendida com os braços levantados, os israelitas levavam a melhor na luta.

Quando Moisés baixava os braços, Amaleque levava vantagem. Moisés sentia as mãos pesadas. Por isso, pegaram uma pedra e Moisés ficou sentado nela. E Arão e Hur ficaram segurando as mãos dele, um de cada lado, até o por do sol. Como resultado, as tropas de Josué acabaram com o exército de Ameleque, ao fio da espada.

Moisés havia deixado a mulher, Zípora, e os dois filhos, Gerson e Eliezer, na casa do sogro Jetro. Este ficou sabendo de tudo o que Deus tinha feito a Moisés e o povo de Israel. Um dia, Jetro resolveu levar a mulher e os dois filhos de Moisés para visitá-lo no deserto. Chegando lá, Moisés ficou muito feliz e comemoraram juntos.

No dia seguinte, Moisés tomou o assento de juiz e ficou ali ouvindo e resolvendo os problemas e queixas do povo, do amanhecer até o por do sol. Era assim que ele fazia sempre. Quando Jetro viu aquilo ficou espantado por Moisés fazer tudo isso sozinho e o povo ficava o dia inteiro em pé, esperando ser atendido por Moisés. Jetro, então, orientou Moisés de que ele não podia fazer aquilo tudo sozinho, pois assim ele e o povo não iriam agüentar muito tempo e logo sofreriam esgotamento. Jetro continuou dizendo que Moisés deveria trabalhar como representante do povo diante de Deus, levando a Deus todas as causas do povo.

Ele devia ensinar a todos as leis de Deus e mostrar como deve ser a conduta e quais são os deveres deles. Mas devia escolher homens para ajudar como juízes e advogados de causas menores.

Deviam ser homens competentes, tementes a Deus, amantes da verdade e inimigos da avareza. Uns deveriam ser responsáveis por grupos de mil pessoas, outros cuidariam de grupos de cem, outros de grupos de cinqüenta e outros de grupos de dez pessoas.

Moisés fez tudo como Jetro sugeriu. Essa foi a primeira aula que se tem notícia na história da humanidade, sobre a divisão do trabalho, conceito utilizado até hoje na administração das empresas.

Após isso, Moisés subiu ao Monte Sinai e o povo ficou embaixo ouvindo e, de lá, Deus ditou ao povo os dez mandamentos de sua lei. Disse Deus:

"Eu sou o Senhor seu Deus, que lhe tirou da terra do Egito, onde você era escravo".

"Não creia nem adore nenhum deus - a não ser a mim".

"Não faça ídolos. Não preste culto a imagens – nem de animais, nem de aves, nem de peixes, nem de qualquer coisa ou ser existente em cima do céu nem embaixo na terra, nem nas águas. Não faça gesto de respeito ou de adoração diante de nenhuma imagem".

"Nunca use o meu santo nome em vão".

"Guarde o sétimo dia como o dia do santo descanso".

"Honre seu pai e sua mãe".

"Não mate".

"Não pratique adultério".

"Não roube".

"Não diga falso testemunho contra o seu próximo".

"Não cobice a mulher do próximo, nem fique com inveja do próximo, querendo as coisas dele".

Além desses mandamentos, Deus transmitiu ao povo um grande número de regras de convivência em comum e as respectivas penas pelo não cumprimento, como se fosse um código civil e penal, estabelecendo princípios norteadores da vida em comunidade.

Deus mandou que Moisés fosse chamar Arão, Nadabe e Abiú e mais setenta líderes de Israel. Mas somente Moisés podia chegar bem perto de Deus; os outros ficariam mais afastados. Moisés desceu e transmitiu todas as palavras de Deus ao povo de Israel e o povo todo respondeu dizendo: "Faremos tudo o que o Senhor mandou".

No dia seguinte, Moisés, Arão Nadabe, Abiú e mais setenta oficiais de Israel subiram no monte Sinai. Atendendo o chamado, Moisés se aproximou de Deus, deixando os outros há uma certa distância. Uma nuvem cobriu Moisés no topo do monte e ali ele ficou quarenta dias e quarenta noites, sem comer nem beber.

Nesse período, Deus deu várias instruções a Moisés, entre elas, que Moisés pedisse ao povo ofertas, mas só aceitasse se fosse dada de coração. As ofertas eram para construir um tabernáculo que servisse de santuário ao Senhor. Disse que construísse também uma arca, dentro da qual deveriam ser colocadas as duas tábuas de pedra que Deus mesmo havia escrito os seus mandamentos e iria entregar a Moisés.

Disse ainda que construísse um altar e que consagrasse Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar, descendentes de Levi, pois eles seriam os sacerdotes para servir a Deus.

Deus acabou de falar a Moisés no monte Sinai e lhe entregou as tábuas de pedra, também chamadas as tábuas do Testemunho, com os mandamentos escritos com o dedo de Deus.

Enquanto isso, os israelitas cansaram de esperar por Moisés e falaram com Arão, que concordou, para fazerem um bezerro de ouro para adoração. Deus falou a Moisés para retornar, pois o povo que ele havia tirado do Egito estava corrompido. E falou ainda que ia destruir todos os israelitas e fazer de Moisés uma grande nação. Moisés rogou a Deus que não fizesse isso, pois ele havia tirado aquele povo da escravidão do Egito, usando de muitos milagres e se fizesse isso os egípcios iriam pensar muito mal de Deus, pois havia levado o povo para destruí-lo no deserto.

Com muita insistência de Moisés, Deus desistiu de fazer a destruição. Então, Moisés desceu o monte, acompanhado por seu ajudante Josué. Quando chegou embaixo e ouviu o grande barulho do povo, dançando e adorando o bezerro de ouro, ficou furioso e jogou no chão as duas tábuas de pedra, que se quebraram ao pé do monte. Depois, derreteu o bezerro de ouro e o fez pó. Pegou o ouro em pó, despejou na água e fez o povo beber aquela água.

Moisés viu que o povo estava desenfreado, pois Arão o deixou completamente solto. E viu Moisés que isto só ia deixar envergonhado o povo de Deus diante do inimigo. Por isso, ficou de pé na entrada do acampamento e disse: "Quem é do Senhor venha aqui". Logo foram para perto dele os descendentes de Levi. Disse Moisés aos levitas: "O Deus de Israel mandou que peguem as suas espadas e vão de porta em porta pelo acampamento – ida e volta – e matem mesmo os irmãos, amigos e vizinhos. Os levitas obedeceram e naquele dia foram mortos uns três mil israelitas.

Moisés falou, então, aos filhos de Levi: "Vocês hoje se separaram para o serviço do Senhor, pois obedeceram, mesmo que para isso tivessem de matar filhos e irmãos. Com esta prova de dedicação, o Senhor lhes dará agora grande bênção".

Moisés pediu a Deus que perdoasse o pecado do povo. Deus falou que o povo não seria destruído, mas iria lhe dar o castigo devido.

Deus mandou que Moisés subisse novamente ao monte, e lá ele permaneceu por quarenta dias e quarenta noites, sem comer e nem beber. Deus pediu que ele preparasse outras duas tábuas de pedra iguais as primeiras e escreveu nelas os seus mandamentos. Depois, Moisés desceu levando as tábuas e seu rosto brilhava por ter ficado na presença de Deus. Quando Arão e os outros viram, ficaram com medo de se aproximar de Moisés. A partir daí, Moisés passou a cobrir o rosto com um véu e só tirava quando ia falar com Deus na tenda.

Após isso, Moisés recolheu as ofertas do povo e construiu o Tabernáculo, para servir de santuário portátil. Construiu também uma arca, um altar para incenso e outro para as ofertas. Tudo como Deus determinou. Moisés pôs as tábuas com os dez mandamentos na arca que ficou dentro do Tabernáculo.

Moisés repassou ao povo todas as regras sobre os sacrifícios, conforme Deus lhe orientara. Fez também a contagem de todo o povo, dois anos após a saída do Egito, e eram 603.550, sem contar os descendentes de Levi, que eram 22.000 homens e foram separados para serem sacerdotes e tomarem conta do santuário. A partir daí, Moisés fez a distribuição geográfica de cada tribo e distribuiu as tarefas de cada uma.

Em alguns momentos, o povo começou a reclamar a Moisés da falta de comida, queria comer carne, pois já estava enjoado de tanto maná que Deus mandava do céu. Moisés pediu a ajuda do Senhor, pois já não podia dirigir o povo sozinho. Reclamou que era muito dura a missão e, se Deus não lhe mandasse ajudantes, era melhor que o matasse. Deus mandou que Moisés escolhesse 70 líderes para ajudá-lo e Deus daria o espírito de Moisés a eles também.

Deus, vendo que o povo clamava por carne, pois era isso que comia no Egito, mandou um vento forte, vindo do mar, e junto com ele muitas codornas, que voavam a um metro do chão, e eram tantas que um homem podia andar um dia todo no meio delas. O povo matava e comia as codornas, mas Deus mandou uma praga e matou muita gente, porque desejavam as coisas do Egito.

Quando o povo se aproximava da terra de Canaã, Deus orientou para que Moisés mandasse espiões para fazer um reconhecimento daquela terra. Moisés mandou, então, um representante de cada tribo, entre eles estava Oséias, filho de Num, representante da tribo de Efraim, um dos filhos de José do Egito. Esta tribo foi a primeira a utilizar a atividade de inteligência na história da humanidade. Foi nesse tempo que Moisés mudou o nome de Oséias para Josué. Quando os representantes das doze tribos retornaram, fizeram um relatório completo sobre tudo que viram em Canaã.

Em resumo, dizia o relatório: "Fomos à terra a que você nos enviaram e é de fato um lugar maravilhoso – uma terra que dá leite e mel. Ali estão alguns frutos. Mas o povo de lá é poderoso e as cidades são grandes e têm muros em volta. Vimos também lá os gigantes descendentes de Enaque. Os amalequitas vivem no sul, na terra do Neguebe, enquanto que os heteus, os jebuseus e os amorreus vivem na zona montanhosa, e os cananeus moram no litoral e no vale do Rio Jordão".

Os únicos dos representantes que acharam que podiam vencer aquele povo foram Calebe, filho de Jefoné, da tribo de Judá e Josué, filho de Num, da tribo de Efraim. Todos os outros reforçaram a parte negativa do relatório dizendo: "A terra que acabamos de ver está cheia de guerreiros e lá todos os homens são fortes. Vimos também alguns da família de Enaque, que são descendentes da antiga raça de gigantes e eles eram tão altos em comparação a nós que parecíamos gafanhotos ao lado deles".

Com isso, o povo ficou muito desanimado e começou a se maldizer, murmurando que teria sido melhor se tivessem ficado no Egito do que morrer agora naquele deserto, enfrentando os gigantes. Por isso, Deus falou que eles iriam ficar 40 anos andando pelo deserto até que todos morressem e nenhum deles entraria na terra prometida, pois, de todos eles, somente Josué e Calebe sobreviveriam e chegariam a Canaã.

Durante as andanças pelo deserto, por diversas vezes, o povo se revoltou contra Moisés, Arão e Deus, por eles o terem tirado do Egito e levado para aquele deserto, onde não tinha água nem comida.

Em uma ocasião, Deus falou para Moisés e Arão que eles também não chegariam até a terra prometida, pois, em algum momento, eles fraquejaram e não creram em Deus e também não fizeram com que o povo cresse, por isso eles viviam reclamando.

O povo de Israel começou a encontrar pela frente os exércitos inimigos, algumas vezes tinham que se desviar do caminho para evitar o confronto. Em uma delas, o povo foi para o monte Hor. Ali, Deus falou para Moisés e para Arão que este último iria morrer naquele lugar. Deus pediu que Moisés levasse Arão e Eleazar até o alto do monte e tirasse as vestes de Arão, que era sacerdote, e as vestisse em Eleazar, que era filho de Arão, pois este assumiria as funções de sacerdote dali em diante.

Moisés fez tudo como Deus mandou e Arão morreu ali no alto do monte. Ele estava com 123 anos e já fazia 40 anos que os israelitas tinham saído do Egito. Moisés e Eleazar desceram e, quando o povo soube da morte de Arão, todos choraram essa morte durante trinta dias.

Em uma das revoltas do povo contra Deus e Moisés, o Senhor mandou cobras venenosas que picavam o povo e morreram muitos israelitas. Então, o povo se arrependeu e pediu perdão a Deus. O Senhor mandou Moisés fazer uma cobra de bronze e colocar no alto de um poste. E quando uma cobra mordesse uma pessoa, bastava ela olhar para a cobra de bronze no alto do poste e logo ficava sarado.

Após algum tempo, o Senhor falou a Moisés: "Vá até o alto do monte Abarim e olhe a terra que dei ao povo de Israel. Depois de ver a terra, você morrerá, como seu irmão Arão, porque vocês dois foram rebeldes na briga do povo, lá nas águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim. Vocês não Me obedeceram e nem Me trataram como santo".

Então, Moisés disse ao Senhor: "Ó Senhor, que cria e conserva toda a vida, escolha alguém para liderar este povo, alguém que guie o povo e vá com ele à guerra, para que o povo de Israel não seja como uma ovelha sem pastor".

E o Senhor disse a Moisés: "Chame Josué, filho de Num, que tem o Meu Espírito, e ponha a mão sobre ele. Então, mostre Josué ao sacerdote Eleazar e a todo o povo e transmita as ordens a ele na frente de todos. Dê a ele a autoridade que você tem, para que todo o povo obedeça ao novo líder".

Moisés fez, então, um grande discurso ao povo de Israel, repassou todas as regras e mandamentos de Deus ao povo e, depois disso, disse Moisés: "Já estou com 120 anos! Não posso mais estar entrando e saindo à frente de vocês. Além disso, o Senhor disse que eu não poderei atravessar o rio Jordão, pois do outro lado fica a terra de Canaã. O novo Comandante de Israel é Josué, como o Senhor determinou.

Então, Moisés chamou Josué e, enquanto todo o Israel observava, disse a ele: "Seja forte! Seja corajoso! Pois você vai levar este povo à terra que o Senhor prometeu a nossos avós. Você fará com que o povo conquiste aquela terra. Não tenha medo, pois o Senhor irá à frente e estará com você. Ele não vai falhar e nem vai abandonar você". E o Senhor Deus disse a Josué: "Seja forte e corajoso! Sim, porque vai introduzir o povo de Israel na terra que prometi a ele. E Eu estarei com você".

Assim, Moisés, servo do Senhor, morreu ali, na terra dos moabitas, como o Senhor tinha dito. Deus mesmo enterrou o corpo de Moisés num vale, nas terras de Moabe, mas ninguém sabia o ponto exato onde ele foi sepultado.

Moisés tinha 120 anos, quando morreu. Apesar dessa idade, enxergava perfeitamente e era forte como um rapaz. Os israelitas choraram a morte de Moisés durante trinta dias, nas planícies de Moabe. Josué, filho de Num, descendente da tribo de Efraim, filho de José do Egito, estava cheio do espírito de sabedoria e assim os israelitas o obedeceram e Josué liderou o povo de Israel até se apossarem de todas as terras de Canaã, tendo vencido todas as batalhas que enfrentou com a ajuda de Deus.

VIGÉSIMA SÉTIMA GERAÇÃO

Filhos de Mibsão, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.6.1.1.1. Misma, o segundo deste nome.

Filhos de Jaate, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1. Simei, o segundo deste nome.

Filhos de Arão nasceu no ano 1354 e faleceu em 1231 a.C., vivendo 123 anos e casou com Eliseba, filha de Aminadabe e irmã de Naassom:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.1. Nadabe, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.2. Abiú

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3. Eleazar, o segundo deste nome, que casou com Putiel.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.4. Itamar

Filhos de Moisés nasceu no ano 1350 e faleceu em 1230 a.C., vivendo 120 anos e se casou com Zípora:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.2.1. Gerson, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.2.2. Eliezer, o segundo deste nome.

Filhos de Corá:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.1. Assir, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.2. Elcana, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3. Abiasafe

Filhos de Coré, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1. Assir, o segundo deste nome.

Filhos de Libni, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.1.1.1. Simei, o terceiro deste nome.

Filhos de Mali, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2.5.1. Semer

Filhos de Jerameel com a primeira mulher:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.1. Rão, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.2. Buna

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.3. Orém

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.4. Ozém

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.5. Aías

Filhos de Jerameel com Atara:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6. Onã, o segundo deste nome.

Filhos de Rão ou Arão, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1. Aminadabe, o segundo deste nome.

Filhos de Calebe:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.1. Messa ou Mesa

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.2. Acsa, uma filha.

Filhos de Calebe com Azuba:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.3. Jeser

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.4. Sobabe, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.5. Ardom

Filhos de Calebe com Efrate:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6. Hur

Filhos de Calebe com Efa:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.7. Harã, o terceiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.8. Moza

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.9. Gazez, o primeiro deste nome.

Filhos de Calebe com Maaca, a segunda deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.10. Seber

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.11. Tiraná

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.12. Saafe

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.13. Seva

Filhos de Segube:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.5.1. Jair, o segundo deste nome.

Filhos de Asur:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.6.1. Tecoa, Juiz.

Filhos de Asur com Naara:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.6.2. Auzão

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.6.3. Hefer

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.6.4. Temeni

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.6.5. Haastari

Filhos de Asur com Hela:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.6.6. Zerete

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.6.7. Izar

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.6.8. Etnã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.6.9. Coz

Filhos de Izraías:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.1.6.1.1. Micael, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.1.6.1.2. Obadias, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.1.6.1.3. Joel, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.5.1.6.1.4. Issias

Filhos de Berede:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1. Taate, o primeiro deste nome.

VIGÉSIMA OITAVA GERAÇÃO

Filhos de Misma, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.6.1.1.1.1. Hamuel

Filhos de Simei, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1. Zima

Filhos de Eleazar, o segundo deste nome, que casou com Putiel:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1. Finéias

Filhos de Gerson, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.2.1.1. Sebuel

Filhos de Eliezer, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.2.2.1. Reabias

Filhos de Abiasafe:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1. Assir, o terceiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.2. Coré, o terceiro deste nome.

Filhos de Assir, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1. Elcana, o segundo deste nome.

Filhos de Simei, o terceiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.1.1.1.1. Uza

Filhos de Semer:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2.5.1.1. Bani

Filhos de Rão, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.1.1. Maaz

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.1.2. Jamim, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.1.3. Equer

Filhos de Onã, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.1. Samai, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.2. Jada

Filhos de Aminadabe, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1. Naassom, líder da família de Judá.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.2. Eliseba

Filhos de Messa ou Mesa:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.1.1. Zife

Filhos de Saafe:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.12.1. Madmana

Filhos de Seva:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.13.1. Macbena

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.13.2. Gibeá

Filhos de Hur:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.1. Uri

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.2. Sobal

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.3. Etã, o segundo deste nome.

Filhos de Harã, o terceiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.7.1. Gazez, o segundo deste nome.

Filhos de Coz:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.6.9.1. Anube

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.6.9.2. Zobeba

Filhos de Taate, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1. Elada

VIGÉSIMA NONA GERAÇÃO

Filhos de Hamuel:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.6.1.1.1.1.1. Zacur

Filhos de Zima:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1.1. Etã, o terceiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1.2. Joá

Filhos de Finéias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1. Abisua, o segundo desde nome.

Filhos de Assir, o terceiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1. Taate, o segundo deste nome.

Filhos de Coré, o terceiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.2.1. Salum, o terceiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.2.2. Aimã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.2.3. Acube, o primeiro deste nome.

Filhos de Elcana, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1.1. Ebiasafe

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1.2. Amassai

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1.3. Aimote

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1.4. Elcana, o terceiro deste nome.

Filhos de Uza:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.1.1.1.1.1. Siméia, o primeiro deste nome.

Filhos de Bani:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2.5.1.1.1. Anzi

Filhos de Samai, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.1.1. Nadabe, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.1.2. Abisur

Filhos de Jada:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.2.1. Jeter

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.2.2. Jônatas

Filhos de Naassom, líder da família de Judá:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1. Salá ou Salma ou Salmom

Filhos de Zife:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.1.1.1. Maressa ou Maresa

Filhos de Uri:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.1.1. Bezalel

Filhos de Sobal:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.2.1. Haroé

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.2.2. Hazi-Hamenuate

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.2.3. Quiriate-Jearim

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.2.4. Reaias

Filhos de Etã, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.3.1. Jezreel

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.3.2. Isma

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.3.3. Idbas

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.3.4. Hazelelponi, uma filha

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.3.5. Penuel

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.3..6. Ezer, o primeiro deste nome.

Filhos de Elada:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1. Taate, o terceiro deste nome.

TRIGÉSIMA GERAÇÃO

Filhos de Zacur:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.2.6.1.1.1.1.1.1. Simei, o quarto deste nome.

Filhos de Etã, o terceiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1.1.1. Adaias

Filhos de Joá:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1.2.1. Ido

Filhos de Abisua, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1. Buqui

Filhos de Taate, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1. Sofonias

Filhos de Salum, o terceiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.2.1.1. Matitias

Filhos de Ebiasafe:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1.1.1. Assir, o quarto deste nome.

Filhos de Elcana, o terceiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1.4.1. Zofai

Filhos de Siméia, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.1.1.1.1.1.1. Hagias

Filhos de Anzi:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2.5.1.1.1.1. Hilquias

Filhos de Nadabe, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.1.1.1. Selede ou Serede

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.1.1.2. Apaim

Filhos de Abisur com Abiail, a primeira deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.1.2.1. Abã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.1.2.2. Molide

Filhos de Jônatas:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.2.2.1. Pelete

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.2.2.2. Zaza

Filhos de Salá ou Salma ou Salmom com Raabe:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1. Boaz

Filhos de Maressa ou Maresa:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.1.1.1.1. Hebron, o segundo deste nome.

Filhos de Reaias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.2.4.1. Jaate, o terceiro deste nome.

Filhos de Penuel:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.3.5.1. Gedor

Filhos de Ezer, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.3..6.1. Husá

Filhos de Taate, o terceiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1. Zabade

TRIGÉSIMA PRIMEIRA GERAÇÃO

Filhos de Adaias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1.1.1.1. Zerá, o terceiro deste nome.

Filhos de Ido:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1.2.1.1. Zerá, o quarto deste nome.

Filhos de Buqui:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1. Uzi, o terceiro deste nome.

Filhos de Sofonias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1. Azarias, o segundo deste nome.

Filhos de Assir, o quarto deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1.1.1.1. Taate, o quarto deste nome.

Filhos de Zofai:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1.4.1.1. Naate, o segundo deste nome.

Filhos de Hagias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.1.1.1.1.1.1.1. Asaías

Filhos de Hilquias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2.5.1.1.1.1.1. Amazias

Filhos de Apaim:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.1.1.2.1. Isi

Filhos de Boaz com Rute:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1. Obede

Filhos de Hebron, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.1.1.1.1.1. Coré, o quarto deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.1.1.1.1.2. Tapua

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.1.1.1.1.3. Requém

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.1.1.1.1.4. Sema

Filhos de Jaate, o terceiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.2.4.1.1. Aumai

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.6.2.4.1.2. Laade

Filhos de Zabade:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1.1. Sutela, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1.2. Ezer, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1.3. Elade

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1.4. Berias, o terceiro deste nome.

TRIGÉSIMA SEGUNDA GERAÇÃO

Filhos de Zerá, o terceiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1.1.1.1.1. Etni

Filhos de Zerá, o quarto deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1.2.1.1.1. Jeaterai

Filhos de Uzi, o terceiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1. Zeraias

Filhos de Azarias, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1. Joel, o terceiro deste nome.

Filhos de Taate, o quarto deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1.1.1.1.1. Uriel

Filhos de Naate, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1.4.1.1.1. Eliabe, o primeiro deste nome.

Filhos de Amazias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2.5.1.1.1.1.1.1. Hasabias

Filhos de Isi:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.1.1.2.1.1. Sesã

Filhos de Obede:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1. Jessé

Filhos de Requém:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.1.1.1.1.3.1. Samai, o segundo deste nome.

Filhos de Sema:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.1.1.1.1.4.1. Raão

Filhos de Berias, o terceiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1.1.1. Seerá, uma filha.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1.1.2. Refa

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1.1.3. Resefe

TRIGÉSIMA TERCEIRA GERAÇÃO

Filhos de Etni:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1.1.1.1.1.1. Malquias

Filhos de Zeraias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1. Meralote

Filhos de Joel, o terceiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1.1. Elcana I

Filhos de Uriel:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1.1.1.1.1.1. Uzias, o primeiro deste nome.

Filhos de Eliabe, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1.4.1.1.1.1. Jeorão

Filhos de Hasabias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2.5.1.1.1.1.1.1.1. Maluque

Filhos de Sesã:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.1.6.1.1.2.1.1.1. Alai

Filhos de Jessé:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.1. Eliabe, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.2. Abinadabe

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.3. Samá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.4. Siméia, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.5. Netanel ou Natanael

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.6. Radai

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.7. Ozém

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8. Davi nasceu no ano 1040 a.C.; reinou em Judá e Israel de 1010 a 970 a.C.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.9. Zeruia, filha.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.10. Abigail, filha.

Filhos de Samai, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.1.1.1.1.3.1.1. Maom

Filhos de Raão:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.1.1.1.1.4.1.1. Jorqueão

Filhos de Resefe:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1.1.3.1. Tela

HISTÓRIA DE DAVI

Saul reinava em Israel. Ele, então, começou a desobedecer às ordens de Deus. Samuel, que era profeta e juiz e havia indicado Saul para reinar por orientação de Deus, começou a se lamentar pela sorte de Saul. O Senhor começou a ficar triste porque havia feito Saul reinar sobre Israel.

O Senhor, então, disse a Samuel que rejeitava Saul como rei e mandou que Samuel pegasse um vaso de azeite e fosse até Belém procurar um homem chamado Jessé, pois havia escolhido um dos filhos de Jessé para ser o novo rei. Samuel obedeceu e foi a Belém e chegando lá foi à casa de Jessé, abençoando ele e todos os filhos que ali se encontravam.

Samuel olhou para Eliabe, o filho mais velho de Jessé, e pensou que devia ser aquele o escolhido. Mas o Senhor disse a Samuel: "Não julgue um homem pelo seu rosto ou sua altura, pois não é este o escolhido. Eu não tomo decisões como você. Os homens julgam pela aparência exterior, mas eu examino os pensamentos e as intenções do homem".

Jessé, então, apresentou o segundo filho Abinadabe, mas o Senhor disse: "Também não é esse homem". Em seguida, Jessé chamou Samá e o Senhor disse que também não era aquele o escolhido. Essa cena se repetiu sete vezes. Sete filhos de Jessé foram apresentados e rejeitados. Então, Samuel perguntou a Jessé se não havia mais nenhum filho. Jessé respondeu que havia ainda o mais novo, que se chamava Davi, e estava no campo tomando conta das ovelhas.

Então, Samuel pediu que Jessé o mandasse chamar imediatamente, pois só iriam sentar para comer depois que chegasse o filho mais novo. Quando Davi chegou, Samuel observou que era um rapaz de bonita aparência, rosto corado e olhos muito vivos. E o Senhor disse: "É este o escolhido; derrame o óleo sobre a cabeça dele". Samuel derramou o óleo sobre a cabeça de Davi, como Deus ordenou, e o Espírito do Senhor veio sobre Davi e lhe concedeu grande poder daquele dia em diante.

Porém, o Espírito do Senhor saiu de Saul e em seu lugar o Senhor mandou um espírito atormentador que deixou Saul deprimido e cheio de medo. Mas Saul continuou reinando. Alguns de seus auxiliares sugeriram que se procurasse um tocador de harpa para acalmar Saul quando o espírito mal o perturbasse.

Um deles disse que conhecia um rapaz em Belém, que era filho de Jessé, e era bom tocador de harpa, além de ter boa aparência, ser forte, corajoso, justo e viver em comunhão com o Senhor. Esse rapaz era Davi.

O rei Saul mandou uma carta para Jessé pedindo que ele mandasse Davi para fazer parte de seu pessoal. Jessé aceitou e ainda mandou presentes para o rei Saul. E sempre que o espírito atormentador perturbava a Saul, Davi tocava a harpa e Saul se sentia melhor e o espírito de castigo se retirava.

Naquela época, o exército de Israel vivia em guerra com os filisteus. Golias, um gigante filisteu, que media mais de 2,70 metros de altura, mandou um insulto ao exército de Israel, sugerindo que resolvesse a guerra em um único combate. Os israelitas escolheriam um homem para lutar com Golias e o povo do vencido serviria de escravo ao povo do vencedor.

Quando Saul e o exército de Israel ficaram sabendo desse desafio, tremeram de medo, pois Saul era o homem mais alto e mais forte entre os israelitas. Os três irmãos mais velhos de Davi já faziam parte do exército de Saul para combater os filisteus. Durante quarenta dias, duas vezes por dia, o gigante filisteu passava com arrogância diante dos exércitos de Israel. Davi trabalhava uma parte do tempo com o rei Saul e depois voltava a Belém para ajudar o pai a cuidar das ovelhas.

Um dia, Jessé mandou Davi levar pães e queijos para os irmãos que faziam parte do exército de Saul. Lá chegando, num dia em que os exércitos de Israel e dos filisteus estavam frente a frente, prontos para a batalha, Davi viu o gigante Golias sair das fileiras dos filisteus e gritar o seu desafio ao exército de Israel. Assim que viram o gigante, os israelitas fugiram, amedrontados.

Davi ouviu os soldados de Israel comentando sobre um prêmio que o rei havia prometido dar a quem matasse o gigante Golias. O rei daria também uma de suas filhas por esposa e ainda dispensava a família do ganhador de pagar os impostos. Davi quis saber se aquilo era verdade e todos confirmavam. Então, Davi falou: "Quem é esse filisteu pagão que tem a ousadia de desafiar os exércitos do Deus vivo?" E todos lhe davam as mesmas respostas anteriores, lembrando o prêmio para quem matasse Golias.

Quando Eliabe, irmão mais velho de Davi, o viu falando daquela maneira, ficou furioso e perguntou o que Davi estava fazendo ali, e porque ele não estava cuidando das ovelhas, que era o trabalho dele, mas Davi respondeu: "O que eu fiz? Eu só estou perguntando!" e continuou se dirigindo a outros soldados e fazendo as mesmas perguntas e sempre obtendo a mesma resposta.

Quando perceberam qual era realmente a intenção de Davi, foram contar a Saul e este mandou chamar Davi. Então, Davi disse ao rei: "Não se preocupe com coisa alguma. Eu cuidarei deste filisteu". Saul respondeu: "Mas como é que um garoto como você pode lutar com um homem como esse gigante? Você é apenas um menino e ele está no exército desde os tempos de rapaz".

Porém, Davi não desistia da idéia e dizia que, quando estava tomando conta das ovelhas do pai dele, era acostumado a tirar as ovelhas da boca de ursos e leões, e ainda matava esses animais a pauladas, quando o atacavam. Então, a mesma coisa ele iria fazer com aquele filisteu que não cria em Deus, pois ele havia desafiado o exército do Deus vivo. Disse ainda Davi: "O Senhor que me salvou das garras e dos dentes do leão e do urso, me salvará deste filisteu!"

Por fim, Saul consentiu e deu a Davi sua própria armadura. Davi vestiu a armadura, enfiou a espada na bainha e deu alguns passos para ver como ficava, pois nunca antes havia usado tais coisas. Davi mal podia se mexer. Logo, ele tirou a armadura e pegou cinco pedras e pôs na sua sacola de pastor e, armado somente com seu cajado de pastor e a funda, começou a se aproximar de Golias.

Golias caçoava de Davi por ele ser muito jovem e de rosto rosado. Dizia Golias: "Por acaso eu sou um cachorro, para você vir a mim com um pau na mão? Venha cá e darei sua carne para ser comida pelas aves e animais selvagens". Davi gritou em resposta: "Você vem a mim com uma espada e uma lança, mas eu vou a você em nome do Senhor do Universo, e Senhor do exército de Israel – o verdadeiro Deus, a quem você dirigiu insultos. Hoje mesmo o Senhor me dará a vitória sobre você e eu o matarei e cortarei sua cabeça. E os seus soldados mortos eu darei às aves do céu e aos animais selvagens e o mundo inteiro saberá que existe um Deus em Israel! E Israel ficará sabendo que o Senhor não depende de armas para realizar seus planos – ele trabalha sem levar em conta os recursos humanos. Deus entregará vocês em nossas mãos".

À medida que Golias se aproximava, Davi corria ao seu encontro e tirou uma pedra de sua sacola de pastor e atirou-a com a funda; a pedra acertou bem na testa do filisteu e o gigante caiu com o rosto em terra. Davi correu para cima de Golias, arrancou a espada da bainha do gigante e o matou com ela e depois cortou a cabeça dele. Quando os filisteus viram que o campeão deles estava morto, trataram de fugir.

Os israelitas perseguiram os filisteus e mataram muitos deles. Davi levou a cabeça de Golias ao rei Saul e guardava em sua tenda as armas que pertenceram ao gigante.

Davi ficou muito amigo de Jônatas, filho do rei. Saul levou Davi para morar definitivamente com ele, para ser seu ajudante especial. Davi realizava muito bem qualquer tarefa que lhe era confiada e por isso Saul o nomeou comandante de seus soldados. Tanto o exército, quanto todo o povo de Israel gostaram muito disso, pois passaram a admirar Davi.

Mas Saul começou a ficar com inveja, porque o povo estava gostando mais de Davi do que dele. Por duas vezes, quando lhe vinha o espírito de loucura, Saul tentou matar Davi com uma lança. Mas Davi sempre se livrava, tocava a harpa e Saul se acalmava.

Saul ofereceu sua filha mais velha, que se chamava Merabe, para casar com Davi, mas para isso Davi teria que lutar contra os filisteus. A intenção de Saul era que os filisteus matassem Davi na luta. Mas Davi disse: "Quem sou eu para que seja genro do rei? A família do meu pai não representa nada!"

Na época do casamento, Saul fez a filha casar com outro homem e não com Davi. Nesse meio tempo, Mical, outra filha do rei, apaixonou-se por Davi. Então, Saul pensou: "Desta vez, vou fazer com que os filisteus matem Davi". Saul disse a Davi que ele ainda podia ser seu genro, pois lhe oferecia a filha mais nova para esposa. Saul orientou seus homens para convencerem Davi a aceitar o casamento, dizendo que o rei gostava muito de Davi. Mas Davi respondeu: "De que jeito um homem pobre como eu, de uma família desconhecida, encontrará dote suficiente para se casar com a filha de um rei?"

Saul mandou dizer a Davi que o único dote que ele queria era uma centena de filisteus mortos. Mas a intenção de Saul era que Davi fosse morto pelos filisteus. Davi ficou contente e aceitou a proposta, e junto com seus homens foram à luta e mataram duzentos filisteus. Então, Saul deu Mical para esposa de Davi.

Cada vez que os filisteus atacavam, Davi conseguia mais vitórias contra eles do que o restante dos oficiais de Saul. Com isso, a popularidade de Davi aumentava e também aumentava o ciúme e o ódio de Saul por ele, pois Saul percebia que Deus ajudava mais Davi do que o próprio rei.

Então, Saul ordenou a seus auxiliares e a seu filho Jônatas que matassem Davi. Mas Jônatas, por ser muito amigo daquele, contou tudo a Davi e mandou-o se esconder. No dia seguinte, Jônatas foi conversar com o pai Saul para convencê-lo a desistir de matar Davi, e mostrou tudo de bom que Davi já havia feito para Saul, inclusive, matando o gigante Golias. Saul se convenceu e jurou por Deus que não mataria Davi. Jônatas, então, trouxe Davi à presença de Saul e tudo voltou ao normal.

Um certo dia, Davi estava tocando harpa para Saul, quando um espírito atormentador veio sobre Saul e ele atirou a lança contra Davi, tentando matá-lo, mas Davi se desviou e fugiu para sua casa. Saul mandou alguns soldados vigiar a casa de Davi, e matá-lo quando ele saísse pela manhã. Durante a noite, Mical, esposa de Davi, avisou para que ele fugisse, senão morreria. Mical ajudou Davi a descer por uma janela e de lá ele fugiu para a casa do profeta Samuel. Chegando lá, contou todo o ocorrido. Samuel levou Davi para a casa dos profetas. Quando Saul ficou sabendo onde Davi estava, mandou soldados para prendê-lo.

Mas quando os soldados chegaram lá viram Samuel e os profetas profetizando e o Espírito de Deus veio sobre os soldados, que também passaram a profetizar. Saul mandou mais outros dois grupos de soldados e aconteceu a mesma coisa, ficaram lá profetizando. Finalmente, foi o próprio Saul e o Espírito de Deus também veio sobre ele e ele passou a profetizar e nem seus próprios soldados acreditavam no que viam.

Enquanto isso, Davi fugiu da casa dos sacerdotes e encontrou Jônatas, filho de Saul. Davi perguntou a Jônatas porque Saul queria lhe matar, que mal ele havia feito? Jônatas não quis acreditar que aquilo era verdade, pois Saul havia lhe prometido por Deus que não mais mataria Davi. Jônatas foi falar com Saul em defesa de Davi, mas Saul revoltou-se com ele também, atirando a lança contra Jônatas, que conseguiu se defender. Então, Jônatas foi se encontrar com Davi, a quem ele muito amava. Os dois se abraçaram e choraram muito. Jônatas aconselhou que Davi tomasse muito cuidado e fugisse dali, pois Saul realmente queria matá-lo.

A partir de então, começou uma grande perseguição de Saul a Davi. Saul ia matando todos aqueles que ajudavam na fuga de Davi. Davi vivia se escondendo nas cavernas e um grupo de pessoas descontentes com o rei Saul começou a juntar-se a ele. Um dia, Davi encontrou-se com Jônatas, e este lhe disse que Davi não temesse, pois Deus estava com ele e jamais Saul ia conseguir encontrá-lo.

Numa ocasião, Davi foi à casa de um dos reis da região, mas os soldados do rei logo o reconheceram e tramaram matá-lo. Davi desconfiou e fingiu-se de doido, saiu arranhando as portas e paredes e soltando baba pela boca, então, o rei mandou que levassem aquele doido dali, e assim Davi escapou.

Saul continuava perseguindo Davi, e numa ocasião em que o exército de Saul estava no deserto, à procura de Davi, Saul entrou em uma caverna para fazer suas necessidades. Davi e o seu grupo estavam escondidos naquela caverna. Os homens de Davi disseram: "Chegou a hora que Deus falou que ia entregar Saul em nossas mãos; vamos matá-lo".

Então, Davi foi devagarzinho, e com toda calma cortou a barra do manto de Saul, sem que ele percebesse. Nesse momento, a consciência de Davi começou a atormentá-lo e ele disse a seus homens: "É um pecado grave atacar um rei escolhido de Deus, seja lá como ele for". Essas palavras de Davi convenceram seus homens a não matar Saul.

Quando Saul saiu da caverna e seguiu seu caminho, Davi saiu e gritou para ele dizendo: "Ó rei, meu senhor!" Saul olhou para trás e Davi se curvou diante dele.

E continuou Davi dizendo: "Por que o rei dá atenção às pessoas que dizem que eu procuro fazer mal ao rei? Hoje mesmo o rei viu que não é verdade. O Senhor colocou o rei nas minhas mãos, lá na caverna, e alguns dos meus homens me disseram para matá-lo, no entanto, eu não o matei, pois nunca faria mal a um rei escolhido do Senhor. Vê isso que tenho em minha mão? É um pedaço da barra do seu manto! Cortei o seu manto, mas não o matei! Isto não o convence de que não procuro lhe fazer mal? E que não pequei contra a pessoa do rei, muito embora esteja me perseguindo para me tirar a vida?".

E continuou Davi: "O Senhor julgará entre nós dois. Talvez Ele o mate pelo que procura fazer-me, porém eu nunca farei mal ao rei. O provérbio diz que "o perverso age como perverso", mas apesar de sua perversidade, não lhe tocarei. E a quem é que o rei de Israel procura apanhar? Deve ele gastar o seu tempo caçando a alguém que vale tão pouco como um cão morto ou uma pulga? Que o Senhor julgue qual de nós está certo, e castigue aquele de nós que for culpado. Ele é meu advogado e meu defensor, e Ele me livrará do poder do rei!".

Ouvindo isso, Saul perguntou: "Realmente é você, meu filho Davi?" E logo começou a chorar. Então, disse Saul a Davi: "Você é um homem melhor do que eu, pois você me pagou com o bem, o mal que eu lhe fiz. Sim, você hoje foi muito bom para mim, pois quando o Senhor me entregou nas suas mãos, você não me matou. Que outra pessoa no mundo deixaria seu inimigo escapar, quando o tinha em suas mãos? Que o Senhor lhe dê uma boa recompensa pela bondade com que me tratou hoje. Agora, reconheço que certamente você será rei, e que Israel será o seu reino. Jure-me, pelo Senhor, que quando isso acontecer, você não matará minha família, nem destruirá meus descendentes!".

Davi prometeu que assim seria. Então, Saul voltou para sua casa, mas Davi e seus homens foram para a caverna.

Logo após isso, morreu o profeta Samuel, e todo o Israel se reuniu para as cerimônias de enterro. Ele foi sepultado no túmulo de sua família em Ramá.

Havia por ali um homem muito rico de nome Nabal. Ele tinha três mil ovelhas e mil cabras. Era um tipo esquisito, teimoso e grosseiro, um sujeito difícil de se lidar. A sua mulher se chamava Abigail, era muito bonita e inteligente.

Um dia, Davi mandou alguns de seus homens levar o seguinte recado a Nabal: "Que Deus faça prosperar você e sua família, e aumente muitas vezes tudo o que você possui. Enquanto seus pastores estiveram entre nós, nunca fizemos mal a eles, nem tiramos coisa alguma deles, isso você pode confirmar com eles mesmos. Agora, peço que você nos faça uma pequena contribuição, já que estamos em tempo de festas. Por favor, mande-nos qualquer coisa que estiver à mão". Nabal respondeu: "Quem é esse Davi? E quem esse filho de Jessé pensa que é? Ele acha que posso tirar da comida de meus trabalhadores para dar a um bando que aparece de repente, sem que a gente saiba de onde vem?"

Então, os mensageiros de Davi voltaram e contaram tudo o que Nabal havia dito. Davi ficou enfurecido, juntou quatrocentos homens e rumou para matar Nabal. Um dos homens de Nabal contou a Abigail o que Nabal tinha dito aos homens de Davi, dizendo mais que Davi tinha sido muito bondoso com os pastores de Nabal, ajudando a proteger os rebanhos deles.

Então, Abigail tomou depressa duzentos pães, duas vasilhas grandes contendo vinho, cinco ovelhas preparadas, uma boa quantidade de trigo torrado, cem cachos de uva, duzentos bolos de figo e colocou tudo isso sobre um jumento e mandou seus homens levarem para Davi e ela seguiu atrás. Quando encontraram com Davi, que já ia pronto para matar Nabal, Abigail desceu de seu animal e se curvou diante de Davi e disse que reconhecia toda a culpa de seu marido, mas pediu que Davi desconsiderasse isso, pois seu marido era um estúpido e louco e ela não tinha visto quando os homens de Davi foram pedir ajuda a Nabal.

Abigail pediu que Davi perdoasse a loucura de Nabal e não fizesse justiça com as próprias mãos, pois ele poderia carregar aquele pecado na consciência quando se tornasse rei de Israel. Abigail entregou, então, tudo o que trazia a Davi.

Davi respondeu a Abigail: "Bendito o Senhor Deus de Israel, que hoje enviou você ao meu encontro! Graças a Deus pelo bom juízo que você demonstra! Bendita seja você, por me impedir de matar esse homem e de me vingar por minhas próprias mãos. Pois, juro pelo Senhor, o Deus de Israel, que me impediu de fazer mal a você, que se você não tivesse vindo ao meu encontro, nenhum dos homens de Nabal estaria vivo amanhã pela manhã".

Então, Davi aceitou os presentes que Abigail trouxe e mandou que ela voltasse para casa, sem medo, pois ele não iria matar o marido dela. Quando Abigail chegou em casa, Nabal tinha dado uma grande festa e estava bêbado. Só no dia seguinte, Abigail contou a Nabal o encontro que teve com Davi. Quando Nabal ouviu, sentiu um grande golpe e ficou paralisado, como se o seu coração se transformasse numa pedra. Passado uns dez dias, Nabal morreu, porque o Senhor o matou.

Quando Davi ouviu dizer que Nabal estava morto, exclamou: "Louvado seja o Senhor! Deus deu a Nabal o que ele merecia, e me livrou de fazer justiça com minhas próprias mãos. Nabal recebeu o castigo pelo seu pecado".

Então, Davi não perdeu tempo; mandou logo mensageiros a Abigail, para pedir a ela que se casasse com ele. Imediatamente, ela aceitou o pedido e se casou com Davi. Davi casou-se, também, com Ainoã. Nesse meio tempo, Saul obrigou sua filha Mical, mulher de Davi, a casar-se com outro homem.

O rei Saul continuou perseguindo Davi. Em uma certa ocasião, Davi e seus homens estavam escondidos no deserto, quando Saul veio com seu exército para atacá-los. Durante a noite, Davi e Abisai, um de seus comandantes, foram ao acampamento de Saul e o encontraram dormindo no meio dos soldados, que também estavam dormindo. A lança de Saul estava fincada no chão, próximo a sua cabeça. Abisai, então, cochichou para Davi: "Certamente, desta vez, Deus colocou o inimigo nas suas mãos. Deixe-me ir atravessá-lo com aquela lança. Eu prego Saul no chão com ela e não preciso dar dois golpes; um só basta!".

Davi respondeu: "Não, não o mate, pois quem pode permanecer inocente depois de atacar o rei escolhido do Senhor? Certamente, Deus o matará um dia, ou ele morrerá na batalha, ou então morrerá de velho. Mas Deus não permite que eu mate o homem que ele escolheu para ser o rei! Porém, uma coisa eu digo a você – vamos pegar a sua lança e a sua jarra de água e depois vamos sair daqui!"

E assim fizeram sem ninguém ver, pois Deus tinha dado um sono profundo aos homens de Saul. Quando já estavam a uma distância segura, Davi gritou para Abner, que era o chefe do exército de Saul: "Abner, você é um grande guerreiro. O melhor de Israel, mas porque não protege o seu senhor e seu rei quando alguém chega para matá-lo? Você deve morrer por sua falta de cuidado com o rei, o ungido do Senhor. Onde está a lança e a jarra de água que estavam na cabeceira do rei? Olhe aqui!"

Saul conheceu a voz de Davi e disse: "É você meu filho Davi?"

Davi respondeu: "Sim, senhor, sou eu. Por que está me perseguindo? O que é que lhe fiz? Qual é meu crime? Se o Senhor é quem atiça o rei contra mim, então, que Ele aceite a minha oferta. Mas se isto é simplesmente o plano de um homem, então, que ele seja amaldiçoado por Deus. Pois, o rei me expulsou de minha casa, de maneira que não posso estar com o povo do Senhor, como se eu adorasse deuses falsos. Devo eu morrer em terra estrangeira, longe da presença do Senhor? Qual a razão pela qual o rei de Israel saiu para me perseguir, como quem persegue uma perdiz na montanha?"

Então, Saul confessou: "Errei. Volte para casa, meu filho, e não mais procurarei fazer mal a você; pois hoje você me salvou a vida. Tenho sido um louco, e tenho errado muitíssimo".

Davi respondeu: "Aqui está a sua lança, senhor. Deixe que um de seus moços venha cá buscá-la. O Senhor dá a sua própria recompensa por fazer o bem e ser leal, e eu me recusei a matá-lo, mesmo quando o Senhor o entregou nas minhas mãos. Agora, que o Senhor salve a minha vida, como hoje eu salvei a sua. Que Ele me livre de todas as minhas dificuldades".

E Saul disse a Davi: "O Senhor abençoe você, meu filho Davi. Você praticará atos heróicos e será um grande conquistador". Então, Davi foi-se embora e Saul voltou para casa.

Mas, Davi não confiou em Saul, por isso levou suas duas esposas, Ainoã e Abigail, e seus seiscentos homens, e foi viver com os filisteus, sob o comando do rei Aquis, que lhe deu a cidade de Ziclague para morar. Davi vivia lutando, junto com seus homens, em favor dos filisteus e sempre vencendo as batalhas. O rei Aquis estava muito satisfeito com Davi e achava que o povo de Israel devia estar odiando muito Davi naquele momento, imaginando que Davi iria ficar com ele para sempre.

Naquela época, os filisteus se reuniram para mais uma guerra contra Israel. O rei Aquis chamou Davi para lutar a seu favor e, de imediato, Davi aceitou. O profeta Samuel já havia morrido, nesse tempo, e Saul havia expulsado de Israel todos os médiuns e adivinhadores. Quando Saul viu o grande exército filisteu, ficou com muito medo, então, pediu a Deus que lhe mostrasse o que devia ser feito, mas Deus não lhe respondeu. Saul, então, se disfarçou, vestindo roupas comuns, e foi conversar com uma mulher médium que vivia num país vizinho, pois ele queria que a mulher invocasse o espírito do profeta Samuel, para lhe orientar. E assim foi feito. O espírito de Samuel apareceu e perguntou a Saul o que ele desejava. Saul disse que estava em guerra com os filisteus e o Senhor o tinha abandonado. Samuel respondeu que Deus tinha abandonado Saul porque ele tinha desobedecido a Deus, por isso Saul e seus filhos seriam todos mortos na batalha do dia seguinte e seu exército seria derrotado pelos filisteus.

Quando Saul ouviu as palavras de Samuel caiu estendido no chão, paralisado de terror. Com a ajuda da mulher médium e dos outros homens que lhe acompanhavam, Saul conseguiu se recuperar e foi embora na mesma noite.

O exército filisteu seguiu para lutar contra Israel. O rei Aquis chamou Davi e este seguiu atrás com seus homens. Quando os comandantes do exército filisteu perceberam que Davi os seguia, não aceitaram e pediram ao rei Aquis que mandasse Davi voltar. O rei insistiu, dizendo que Davi já o tinha ajudado muito e podia reforçar o exército filisteu, mas os comandantes filisteus não aceitaram, dizendo que Davi os podia trair, pois sabiam que Davi era israelita e já havia lutado a favor de Saul.

O rei Aquis foi, então, falar com Davi, para que ele retornasse. Davi quis insistir em seguir adiante, mas o rei Aquis disse que confiava muito em Davi e seus homens, mas seus comandantes não estavam aceitando, então, era melhor que Davi retornasse. E assim Davi retornou e quando chegou em sua cidade, Ziclague, a mesma tinha sido destruída pelos amalequitas, que incendiaram a cidade e levaram embora todas as mulheres e crianças, inclusive as duas mulheres de Davi: Ainoã e Abigail. Davi pediu orientação de Deus e perseguiu os amalequitas e conseguiu recuperar tudo que os amalequitas haviam levado, inclusive as mulheres e as crianças.

Nesse meio tempo, os filisteus começaram a batalha contra Israel e muitos israelitas fugiram deles e foram mortos no monte Gilboa. Os filisteus cercaram Saul por todos os lados e mataram seus filhos Jônatas, Abinadabe e Malquisua. Atingiram Saul mortalmente com uma flecha. Saul, então, pediu que seu ajudante o matasse com sua espada, antes que os filisteus o prendessem e o torturassem. Mas o ajudante teve medo de matar Saul, então Saul pegou sua própria espada e atirou-se contra a ponta da lâmina, que atravessou o seu corpo, tendo morrido ali mesmo. O ajudante, quando viu isso, fez a mesma coisa e também se suicidou ali mesmo.

Três dias após, chegou a Davi a notícia de que Saul e seus filhos estavam mortos. Davi chorou muito a morte de Saul e do filho Jônatas, de quem ele muito gostava. Após isso, Davi, seguindo orientação de Deus, mudou-se com suas esposas e seus soldados para a cidade de Hebrom, em Judá, e ali foi coroado rei pelo povo de Judá.

Nesse mesmo tempo, após a morte de Saul, Abner, que era comandante do exército de Israel, coroou Is-Bosete, filho de Saul, como rei de Israel. Em uma certa ocasião, estavam frente a frente os exércitos de Israel, comandado por Abner, e de Judá, comandado por Joabe. Abner, então, propôs a Joabe que escolhessem alguns homens de cada lado para lutarem entre si para ver quem venceria. Joabe concordou e escolheram doze homens de cada lado para uma luta de vida ou morte. A luta foi tão dura que no final todos caíram mortos.

A partir daí, começou uma longa guerra entre os seguidores de Saul e os de Davi. Entretanto, o reino de Davi ficava cada vez mais forte, enquanto o lado de Saul se tornava cada vez mais fraco.

Davi reinou em Judá por sete anos e meio, vivendo em Hebrom, e enquanto ali morava, casou com outras mulheres e teve os seguintes filhos: Amnon, filho de Davi com Ainoã; Quileabe, filho de Davi com Abigail; Absalão, filho de Davi com Maaca; Adonias, filho de Davi com Hagite; Sefatias, filho de Davi com Abital; e Itreão, filho de Davi com Eglá. Todos estes filhos nasceram em Hebrom.

Um certo dia, Abner, comandante do exército de Israel, tomou para si uma jovem chamada Rispa. Quando Is-Bosete, rei de Israel, ficou sabendo, chamou a atenção de Abner, pois aquela moça era a preferida de Saul. Abner não gostou de ter sido chamado à atenção, e prometeu a Is-Bosete que ia fazer tudo para lhe tirar o reinado e entregar a Davi. Is-Bosete nada respondeu, pois teve medo das palavras de Abner.

Então, Abner mandou mensageiros a Davi para propor que entregaria o reino de Israel a Davi e, em troca, Davi lhe nomeava comandante geral dos dois exércitos unidos: o de Israel e o de Judá. Davi respondeu que concordava, desde que lhe fosse devolvida sua esposa Mical, filha de Saul, e mandou um recado a Is-Bosete, para que lhe devolvesse Mical, já que a havia comprado de Saul em troca da vida de cem filisteus. Is-Bosete, então, tirou Mical de seu marido Paltiel e a enviou a Davi.

Ao despedir-se de Davi, Abner prometeu que reuniria todo o povo de Israel e Davi seria feito rei de todos eles. Logo que Abner saiu, chegou Joabe, comandante do exército de Davi, e ficou sabendo que Abner esteve com Davi e este o tinha deixado ir embora em paz. Joabe achou que Abner tinha ido ali como espião, então, sem Davi saber, mandou seus soldados ir atrás de Abner. Os soldados trouxeram Abner à presença de Joabe e este chamou Abner para um lado, como se tivesse algum assunto particular a tratar com ele.

Quando estavam a sós, Joabe puxou sua espada e matou Abner ali mesmo. Quando Davi soube do acontecido, declarou: "Deus sabe que eu e meu povo não tomamos parte nesse crime praticado contra Abner. Joabe e sua família são os culpados. Espero que cada um de seus filhos seja castigado com doenças como lepra, câncer, incapacidade de ter filhos, aleijões pelo corpo; e até morte pela espada e pela fome haverá na família de Joabe!"

Quando o rei Is-Bosete soube da morte de Abner, em Hebrom, ficou muito assustado e passou o comando das tropas a dois irmãos, Banaá e Recabe, os quais já eram capitães de grupos de assalto do exército de Israel. Mas Recabe e Banaá traíram Is-Bosete e o mataram quando ele estava dormindo.

Os dois levaram a cabeça de Is-Bosete e apresentaram ao rei Davi, em Hebrom, dizendo que aquela era a cabeça do filho de Saul, inimigo de Davi, e que tinha tentado matá-lo. Davi reprovou aquela atitude, dizendo que Is-Bosete era um homem bom e não devia ter sido morto traiçoeiramente em seu leito. Davi mandou, então, seus homens matarem Banaá e Recabe e eles obedeceram imediatamente e penduraram seus corpos ao lado do poço de Hebrom.

Logo após, Davi foi coroado também rei de Israel. Davi tinha trinta anos quando começou a reinar em Judá, cuja capital era Hebrom, e o seu governo ali durou sete anos. Depois, reinou trinta e três anos em Jerusalém, como rei de Judá e de Israel. Portanto, o período total de seu reinado foi de quarenta anos.

Quando estava em Jerusalém, Davi se casou com mais outras mulheres e teve muitos filhos e filhas. Estes são os filhos de Davi que nasceram em Jerusalém: Samua, Sobabe, Natã, Salomão, Ibar, Elisua, Nefegue, Jafia, Elisama, Eliada e Elifelete.

Enquanto reinava em Israel, Davi foi se tornando cada vez mais forte, porque ele vivia em comunhão com o Senhor, o Deus do Universo. Davi lutou e venceu por diversas vezes o exército filisteu, retomou dos filisteus a arca do Senhor, que estava no poder deles desde os tempos do profeta Samuel, e fez uma tenda onde a mesma pudesse ficar.

Quando os homens iam entrando na cidade, trazendo a arca, Davi vinha dançando na frente, mostrando sua alegria. Quando Mical, esposa de Davi e filha de Saul, viu Davi dançando ficou com ciúmes, pois achou que Davi estava se exibindo para as moças da cidade, por isso Deus a castigou e ela não teve filhos por toda a sua vida.

Após esses acontecimentos, houve um grande período de paz em Israel, sem guerra com as nações vizinhas. Davi, que morava num belo palácio, teve, então, a idéia de construir um grande templo para o Senhor. Mas por meio do profeta Natã, Deus mandou dizer a Davi que não construísse o templo, pois sua morada sempre tinha sido em tendas e assim podia acompanhar o povo de Israel em suas andanças.

Disse, Deus ainda, que um filho de Davi, que se tornaria rei, é que iria construir o templo, e ele seria um rei muito poderoso, e dali em diante a família de Davi reinaria para sempre. Davi agradeceu muito a Deus por essas promessas e fez uma oração de agradecimento ao Senhor.

O reinado de Davi cresceu muito, pois a cada dia ele vencia novas batalhas e ampliava os limites de seu reinado. E Davi era um rei muito justo e estimado por todo o povo de Israel. E esses eram os homens que formavam a sua equipe: Joabe era o comandante do exército; Josafá registrava os acontecimentos históricos; Zadoque e Aimeleque eram os sacerdotes; Seraías era o secretário particular do rei; Benaia era o comandante da guarda do rei; e os filhos de Davi eram seus ministros.

Davi procurou saber se ainda existia vivo alguém da família de Saul, pois ele queria cumprir a promessa feita a Jônatas de que sempre ajudaria aquela família. Davi ficou sabendo, então, que ainda vivia um filho de Jônatas por nome Mefibosete e que era aleijado dos dois pés. Davi mandou, então, buscar Mefibosete e deu a ele todas as terras que haviam sido do rei Saul e Mefibosete ficou morando no palácio do rei Davi.

Uma certa tarde, Davi se deitou para descansar, mas não conseguiu dormir. Então, ele se levantou e foi para o terraço do palácio real para se distrair. Olhando para fora, viu uma mulher que tomava o seu banho, e que mesmo de longe parecia de uma beleza fora do comum. Então, chamou um de seus auxiliares e mandou indagar quem era aquela mulher. Ficou sabendo que ela se chamava Bate-Seba, era filha de Eliã, e esposa de Urias, que era um de seus soldados e estava em batalha. Davi mandou buscá-la e fez com que ela passasse a noite com ele. No dia seguinte, ela voltou para casa.

Mais tarde, percebendo a mulher que estava grávida, mandou um mensageiro avisar a Davi. Davi, de imediato, mandou um recado a Joabe, comandante do exército, para que mandasse Urias, que estava em batalha, vir falar com ele.

Quando Urias chegou, Davi conversou com ele, perguntando como estava indo a guerra e sobre o trabalho de Joabe. Depois, Davi mandou Urias ir para casa descansar e ainda mandou um presente para ele em sua casa. Mas Urias não foi para casa, passando a noite com os auxiliares do rei, nos portões do palácio real. Quando Davi soube que Urias não foi para casa, mandou chamá-lo à sua presença e perguntou: "Que há com você? Por que não foi passar a noite de ontem com sua esposa, depois de haver ficado tanto tempo longe dela?"

Urias então respondeu: "Como poderia eu ir para minha casa para comer, beber, descansar e dormir tranqüilo com minha mulher, enquanto sei que a Arca do Senhor e os outros soldados de Israel se acampam ao ar livre? Para mim seria um crime agir dessa maneira". Então, Davi disse para Urias ficar o dia ajudando no palácio e no dia seguinte ele retornaria para o acampamento do exército. À tardinha, Davi chamou Urias para jantar com ele. Então, Davi fez com que ele bebesse bastante vinho. Mas, mesmo assim, Urias passou a noite nos portões do palácio e não foi para sua casa, para a companhia de sua mulher.

No dia seguinte, Davi mandou que Urias voltasse para o acampamento e levasse uma carta secreta para Joabe. Na carta Davi dava ordens a Joabe para colocar Urias na linha de frente do combate, abandonando-o numa posição bem perigosa, para que logo fosse morto pelos adversários. E assim aconteceu; Logo Urias foi morto, junto com outros soldados israelitas.

Bate-Seba chorou muito quando soube que Urias tinha sido morto. Quando passou o período de luto, Davi mandou buscar Bate-Seba para viver no palácio real e fez dela uma de suas esposas. Ela teve um filho dele, mas Deus não gostou do procedimento de Davi.

Então, o Senhor Deus mandou o profeta Natã contar a seguinte história para Davi: "Era uma vez dois homens que moravam na mesma cidade. Um era muito rico e dono de muitos rebanhos, o outro era muito pobre e só tinha uma ovelha que havia criado desde pequena. Era o animal de estimação dos filhos, comia no mesmo prato do homem pobre e ele vivia com ela no colo como se fosse uma de suas filhinhas.

Um dia chegou uma visita na casa do homem rico e ele mandou matar uma ovelha para fazer um banquete de recepção da visita. Só que ele não quis subtrair uma ovelha de seu rebanho e mandou matar a ovelha de estimação do homem pobre para preparar o banquete."

Quando Davi ouviu isso ficou indignado e disse que esse homem rico tinha o coração muito duro e insensível, por isso deveria ser morto e ainda deveria restituir quatro ovelhas ao homem pobre. Então, Natã disse a Davi: "Você é o homem rico da história, pois Deus lhe fez rei de Israel e de Judá, lhe livrou das mãos de Saul, todas as mulheres dele agora são suas, e, se não fosse bastante, Deus lhe daria muitos mais e mais, por que, então, você não respeitou as Leis do Senhor e praticou essa ação tão horrível, roubando a mulher de Urias e ainda mandando matá-lo, sendo ele um de seus melhores soldados?"

E Deus falou a Davi, por meio do profeta Natã: "Daqui para frente a espada estará sempre sobre a sua família, pois você me deixou triste ao tomar a mulher de Urias. Por causa de seu mau procedimento, farei com que a sua casa se revolte contra você. Darei as suas esposas a outro homem, que dormirá com elas em plena luz do dia. Você fez isso em segredo, mas com você será feito abertamente, à vista de todo o Israel."

Davi reconheceu que havia pecado contra o Senhor. Quando o filho de Bate-Seba nasceu, Deus fez com que ele ficasse muito doente, e logo morreu. Davi sofreu muito com a morte do filho, mas procurou se consolar e consolou também Bate-Seba. Logo depois, Bate-Seba engravidou novamente e deu à luz outro filho a Davi. Esse filho chamou-se Salomão, e Deus amou muito essa criança e mandou Natã dar os parabéns a Davi.

O príncipe Absalão, filho de Davi, tinha uma irmã muito bonita, por nome Tamar. O príncipe Amnom, que era irmão dela só por parte de pai, ficou loucamente apaixonado por Tamar. E Amnom ficou doente por causa dessa paixão, pois não tinha oportunidade nem de conversar com Tamar, pois, naquele tempo, os jovens, tanto moços como moças, eram controlados e vigiados. Jonadabe, que era primo e muito amigo de Amnom, percebendo que ele estava definhando, perguntou o que ele tinha e Amnom contou que estava apaixonado por sua meia irmã Tamar.

Jonadabe disse para Amnom que deitasse na cama e se fizesse de muito doente, e quando Davi viesse lhe visitar, Amnom pediria a Davi que mandasse Tamar preparar sua comida, pois se sentiria melhor se fosse alimentado pelas mãos de sua irmã Tamar. E assim foi feito.

Davi, então, mandou Tamar à casa de Amnom preparar o seu alimento. Mas quando ela foi ao quarto levar a comida para Amnom, ele a puxou e disse: "Venha querida Tamar, deite-se comigo". Ela quis resistir, mas, como ele era mais forte, obrigou-a a deitar-se com ele. Logo depois, de repente, ele sentiu que não a amava mais. Pelo contrário, aquela grande paixão transformou-se em ódio profundo. Então, ele gritou com ela: "Fora daqui", e empurrou-a para fora de sua casa. Tamar saiu chorando, angustiada. O seu irmão Absalão encontrou-se com ela e perguntou: "É verdade que Amnom se apaixonou por você e é de lá que você vem em tão grande aflição? É melhor você ficar quieta, pois Amnom é seu irmão. Não fique aflita por isso!" Então, Tamar, como uma mulher desolada, passou a morar na casa de Absalão.

O rei Davi ficou muito zangado quando soube o que aconteceu entre Tamar e Amnom. Mas Absalão ficou calado e nada disse a Amnom. Entretanto, Absalão guardou em seu coração um ódio muito grande contra Amnom, pelo mal que havia feito a sua irmã Tamar.

Dois anos mais tarde, Absalão convidou o rei, seu pai, e todos os seus irmãos para uma festa em sua casa. O rei Davi respondeu que não iria, pois, se fossem todos, ia ficar muito dispendioso para Absalão. Mas Absalão insistiu e disse que se o rei não pudesse ir, pelo menos mandasse todos os seus filhos, inclusive Amnom.

O rei Davi se mostrou muito agradecido, mas não aceitou o convite, entretanto, mandou todos os filhos, inclusive Amnom. Absalão deu ordens a seus empregados para deixarem Amnom bêbado e depois o matassem, e assim eles fizeram: embebedaram e depois mataram Amnom. Diante disso, os outros irmãos de Absalão pegaram seus animais e fugiram. Quando o rei Davi tomou conhecimento do assassinato, ficou muito horrorizado e com o coração cheio de tristeza e amargura. Os oficiais que estavam ali também ficaram horrorizados.

Absalão fugiu para Gesur e lá procurou o rei Talmai, que era seu avô por parte de mãe, e lá ficou por três anos. Durante desse tempo, o rei Davi foi se conformando com a morte de Amnom, depois de chorar muito, e conseguiu perdoar a Absalão. Agora, ele esperava com ansiedade o dia em que pudesse abraçar de novo seu filho Absalão.

Quando o general Joabe percebeu que o rei Davi sentia saudades de Absalão, mandou chamar uma mulher que era muito inteligente e sabia representar muito bem e lhe deu todas as instruções e mandou que ela fosse à presença do rei Davi. A mulher foi à presença do rei e lhe pediu ajuda. O rei perguntou o que ela queria. Ela disse que era viúva e tinha dois filhos. Um dia, eles se desentenderam e começaram a brigar, até que um deles matou o outro. E agora a família dela queria que ela matasse também o filho que lhe restou. A mulher continuou dizendo que não podia fazer aquilo, pois se assim fizesse não restaria quem continuasse o nome de seu marido, pois ela não tinha outros filhos. A mulher, então, perguntou ao rei o que ela devia fazer.

O rei Davi disse então que ela não se preocupasse, pois ele cuidaria para que o filho dela fosse bem guardado e ninguém tocaria nele e nem mesmo um só fio de cabelo da cabeça do rapaz seria tirado. Então, a mulher falou: "Por que o rei não procede com todos assim como está procedendo comigo, com respeito a meu filho? Com suas próprias palavras, o rei se condenou, visto que se recusa a trazer de volta para casa o seu próprio filho que está fugido. Um dia, todos teremos de morrer; nossa vida é como água que depois de derramada na terra não pode mais ser juntada. A vida que se foi não pode mais ser devolvida. Mas Deus abençoará o rei com uma longa vida se descobrir um meio de trazer de volta o seu filho que fugiu."

Quando Davi ouviu isso mandou Joabe ir buscar Absalão de volta. Mas Davi mandou que ele fosse morar na mesma casa que morava antes e disse ainda que Absalão não devia ir à presença dele, pois não queria vê-lo. Passaram-se dois anos até que Absalão mandou Joabe dizer ao rei Davi que queria falar com ele, pois se fosse para viver assim teria sido melhor se o pai não o tivesse mandado buscar. Joabe levou o recado a Davi e diante disso o rei perdoou Absalão, e chamou-o a sua presença. Absalão veio e curvou-se diante do rei; e Davi o beijou em sinal de perdão.

Após isso, Absalão começou a tratar bem o povo de Israel, todos os que vinham a Davi em busca de alguma orientação ou ajuda, Absalão os atendia primeiro e procurava resolver todos os seus problemas e não os mandava a Davi, pois ele ficava no portão de entrada da cidade. E assim Absalão ia conquistando o coração de todo o povo de Israel que vinha ao rei pedindo justiça.

Passados quatro anos, Absalão pediu licença ao rei para ir a Hebrom pagar uma promessa. Davi deu permissão e assim Absalão foi a Hebrom, que era a cidade onde ele nasceu. Quando lá chegou, mandou espias por toda a terra de Israel para provocar rebelião contra o rei Davi. Absalão mandava os espias dizer ao povo que quando ouvissem o som das trombetas podiam estar certos de que Absalão estava sendo coroado rei de Hebrom.

Aitofel, que era um dos conselheiros do rei Davi, colocou-se ao lado de Absalão, e com ele muitos outros. Assim, a conspiração foi ficando cada vez mais forte.

Nesse meio tempo, um mensageiro foi contar ao rei Davi que todo o Israel estava se unindo a Absalão, conspirando contra o rei. Com isso, Davi resolveu fugir com seiscentos homens e mais a guarda real, deixando somente dez de suas jovens mulheres para tomar conta do palácio e conservar a casa em ordem. Davi e seus homens fugiram muito tristes e chorando, e Davi orava ao Senhor pedindo que Deus confundisse os conselhos que Aitofel desse a Absalão.

Mais adiante, Davi encontrou-se com Husai que era muito seu amigo e conselheiro. Então, Davi mandou que Husai voltasse e fosse a Absalão dizer que também estava com ele e assim Husai poderia contrariar os conselhos de Aitofel e também repassaria a Davi todos os planos de Absalão contra ele.

Davi continuou a fuga e adiante ficou sabendo que Mefibosete, o neto de Saul, já andava falando que ia ser o novo rei de Israel. Mais adiante, veio ao encontro de Davi um homem chamado Simei, que também era da família de Saul, e ele amaldiçoou e jogou pedras contra Davi e seus auxiliares. Dizia Simei: "Fora daqui, assassino, amaldiçoado. Você já está recebendo o castigo de Deus pela morte de Saul e sua família; você roubou o trono de Saul e agora seu filho Absalão o toma de você! Finalmente, você está experimentando o seu próprio remédio, seu assassino!"

Nesse momento, Absai, que era da guarda pessoal de Davi, quis matar Simei, mas Davi disse: "Não faça isso. Se o Senhor mandou esse homem para me amaldiçoar, quem sou eu para dizer não? Meu próprio filho está tentando matar-me, enquanto este benjamita simplesmente me amaldiçoa. Deixe-o em paz; não há dúvida de que ele foi mandado pelo Senhor. E talvez, Deus vendo o quanto estou sofrendo ainda vai transformar esta maldição em bênção."

Nesse meio tempo, Absalão e seus homens chegaram a Jerusalém acompanhado por Aitofel. Husai se apresentou a Absalão dizendo que estava à sua disposição. Absalão estranhou e perguntou como ele fazia aquilo com o amigo Davi. Husai respondeu que ele trabalhava para o homem escolhido por Deus e por Israel. Disse ainda que já havia ajudado muito Davi, mas agora estava à disposição de Absalão.

Absalão perguntou a Aitofel o que devia fazer naquele momento. Aitofel respondeu: "Vá deitar com as mulheres do seu pai, aquelas que ele deixou aqui para conservar a casa em ordem. Então, todo o Israel saberá que você insultou seu pai; e o insulto foi tão grande que não haverá esperanças de reconciliação. Com isso se fortalecerão as fileiras a seu favor."

Assim, foi armada uma tenda para Absalão no terraço do palácio, bem à vista de todo o povo de Israel. Para lá Absalão levou as esposas de Davi a fim de se deitarem com ele. Absalão seguia os conselhos de Aitofel, exatamente como fazia seu pai Davi, pois as palavras de Aitofel eram cheias de sabedoria, como se viessem diretamente da boca de Deus.

Após isso, Aitofel falou a Absalão que, com doze mil homens à sua disposição, ele perseguiria Davi ainda naquela noite e conseguiria matá-lo naquele momento em que ele estava enfraquecido e trariam todos os outros homens para servirem ao novo rei. Absalão e os chefes de Israel aprovaram o plano de Aitofel.

Mesmo assim, Absalão resolveu ouvir a opinião de Husai sobre o plano de Aitofel. Husai falou que daquela vez Aitofel estava enganado, pois todos conheciam a experiência e a valentia de Davi e de seus soldados, e naquela noite, com certeza, eles não achariam Davi e, mesmo que achassem, Davi estaria bem protegido a ponto de derrotar os homens de Aitofel. Então, Husai sugeriu que Absalão deveria reunir todo o exército de Israel, para ter um exército realmente forte, e Absalão deveria ir à frente para dar mais força a seu exército, assim, quando encontrassem o rei destruiriam todo o exército dele de uma vez, sem deixar um só soldado vivo.

A intenção de Husai era ganhar tempo para avisar a Davi dos planos do filho. Absalão e todos os homens de Israel acharam o conselho de Husai mais sábio do que o de Aitofel. Deus fez eles pensarem assim. Aitofel ficou muito desgostoso com isso e se suicidou. Enquanto isso, Husai se apressou em enviar mensageiros para avisar Davi de todos os planos de Absalão. Quando Davi ficou sabendo, organizou bem o seu exército, escolhendo comandantes de tropas de cem e de mil soldados, distribuindo os homens em três grandes frentes: um terço ficou com Joabe, outro terço com Abisai, que era irmão de Joabe, e o outro terço com Itai.

O plano de Davi era ficar ele mesmo à frente do Exército, mas seus comandantes se opuseram fortemente, explicando que o desejo de Absalão era matar Davi e se ele fosse à frente poderia facilitar. Então, eles aconselharam a Davi que ficasse na cidade, pois assim, para Absalão chegar até Davi, teria que matar todos os seus soldados primeiro. Davi se convenceu e ficou no portão da cidade, enquanto todos os seus soldados passavam em sua frente. O rei Davi recomendou a Joabe, Abisai e Itai: "Por favor, sejam bondosos com o jovem Absalão, façam isso por mim." Toda a tropa ouviu a recomendação do rei a seus comandantes.

A batalha começou e os homens de Davi estavam vencendo quando o exército de Absalão começou a fugir. Durante a batalha, Absalão encontrou alguns dos homens de Davi e tratou também de fugir. Na sua fuga, o mulo que ele montava passou debaixo de um grande carvalho e Absalão ficou enroscado pelos cabelos nos ramos da grande árvore, pois ele usava os cabelos muito compridos. Então, dependurado, não conseguia se livrar do enrosco.

Um dos homens de Davi viu a cena e foi contar a Joabe. Então, Joabe perguntou por que o homem não havia logo matado Absalão. Mas o homem respondeu que todos tinham escutado a recomendação do rei para que seu filho Absalão fosse tratado com bondade. Mas Joabe disse que nada do que o rei falou tinha sentido naquele momento, e pegou três dardos e atravessou com eles o coração de Absalão. Nisso, dez homens de Joabe cercaram Absalão e acabaram com ele ali mesmo. Com isso, Joabe tocou a trombeta, ordenando que seus homens parassem a perseguição aos homens de Absalão, que fugiram todos, cada um para sua casa.

Quando o rei Davi soube da morte de Absalão ficou muito triste e chorava sem parar. Quando o povo ouviu que o rei derramava lágrimas amargas pela morte de seu filho Absalão, a alegria da vitória se transformou em profunda tristeza. O exército inteiro voltou para a cidade em silêncio, como se estivesse envergonhado com a perda de alguma batalha. O rei, cobrindo o rosto com as mãos, chorava e se lamentava: "Ó meu filho Absalão! Se fosse possível, eu daria a minha vida pela sua! Ah, Absalão, meu filho! Meu querido filho!"

Então Joabe se dirigiu ao quarto do rei e disse: "Hoje, nós salvamos a sua vida, a vida dos seus filhos, suas filhas, suas esposas, enfim, a vida de toda a sua família; no entanto, o senhor assume uma atitude que nos faz sentir envergonhados, como se estivéssemos cometendo uma ação indigna. Parece que o senhor ama aqueles que o odeiam, e odeia aqueles que o amam. Pelo que vemos, nada representamos para o senhor; naturalmente, se Absalão estivesse vivo e todos nós mortos, o senhor rei estaria feliz! Agora, vá lá fora e cumprimente os seus soldados, pois se o rei não fizer isso, dou minha palavra diante do Senhor que nenhum só dos seus soldados permanecerá aqui esta noite. Então o senhor se sentirá pior do que em qualquer outro tempo de toda a sua vida!"

Então, Davi saiu e se assentou junto à porta da cidade. E todo o povo de Israel veio pedir para ele voltar a ser o rei de Israel. Davi mandou seus auxiliares a Judá para saber o que o povo estava falando a respeito dele, e os auxiliares convenceram todo o povo de Judá a também pedir a volta do rei Davi. Então, Davi iniciou a sua volta para Jerusalém e todo o povo de Judá o acompanhou, ajudando-o a atravessar o rio Jordão. E todos aqueles que haviam amaldiçoado Davi vieram lhe pedir perdão e ele perdoou a todos. Mas alguns do povo de Israel ficaram enciumados, porque somente o povo de Judá havia auxiliado o rei e seu exército na travessia do rio Jordão, pois eles gostariam de ter ajudado também, afinal de contas foram eles que primeiro declararam apoio à volta do rei, além de eles serem em número muito maior que o povo de Judá, mas eles não foram avisados do retorno de Davi, por isso estavam a reclamar.

Isso gerou uma certa discussão entre os dois povos, até que um homem briguento de Israel, por nome Seba, tocou a trombeta e conclamou ao povo de Israel para irem embora dali e não reconhecerem Davi como rei de Israel, e alguns o seguiram.

Davi deu ordens a Amasa, que era o comandante do exército de Judá, para reunir as tropas de Judá e se apresentar a ele dentro de três dias. Então, Amasa saiu para convocar os soldados e não retornou no prazo estabelecido. Davi imaginou, então, que Amasa já havia aderido a Seba, por isso chamou Abisai, chefe da guarda pessoal, e mandou que ele perseguisse Seba, antes que ele ficasse mais forte. Então, Abisai e Joabe se juntaram com seus homens e mataram Amasa e Seba.

Quando o rei Davi chegou ao palácio em Jerusalém, ordenou que suas dez mulheres, que haviam ficado para cuidar da casa, fossem separadas de todos. Elas deveriam continuar a ser sustentadas, porém, completamente separadas do rei. Assim permaneceram no palácio como se fossem viúvas, até o fim da vida.

Davi tornou, então, a reinar sobre Israel e Judá, e essa era a sua equipe: Joabe era o comandante-chefe do exército; Benaia era o comandante da guarda real; Adorão cuidava dos que estavam sujeitos a trabalhos forçados; Josafá era o historiador que registrava os acontecimentos. Seva era o secretário; Zadoque e Abiatar eram os principais sacerdotes; e Ira era o oficial pessoal de Davi.

Houve uma grande fome por todo o reino de Davi, durante três anos seguidos. Davi orou muito ao Senhor pedindo solução para esse problema. Então o Senhor lhe disse: "O período de fome caiu sobre seu reino por causa do crime cometido por Saul e sua família. Eles mataram os gibeonitas; houve muito sangue derramado."

Os gibeonitas não faziam parte do povo de Israel, porém, era o povo que havia restado da nação dos amorreus. Israel havia feito um acordo para poupar esse povo. Saul, porém, devido a um exagerado zelo patriótico, procurou destruir os gibeonitas.

Assim, Davi convocou os gibeonitas e perguntou: "Que farei por vocês para recompensar o mal que vocês receberam de Saul? Que faremos para que vocês se juntem a nós e orem também ao Senhor do céu para que nos dê a sua bênção?"

Os gibeonitas disseram que o dinheiro da família de Saul não interessava a eles e nem também matar qualquer israelita como vingança. Mas Davi insistiu: "Que farei, então? Por favor, digam-me; o que vocês me pedirem eu farei."

Os gibeonitas, então, responderam: "Dê-nos sete dos filhos de Saul; queremos os filhos do homem que tudo fez para nos destruir e eliminar de todo o território de Israel. Nós os enforcaremos diante do Senhor, em Gibeá, a cidade do rei Saul."

Davi respondeu: "Muito bem, farei o que pedem". Então, Davi pegou sete netos de Saul e os entregou aos gibeonitas, deixando de fora Mefibosete, que era filho de Jônatas, por causa do juramento religioso que Davi havia feito com Jônatas, filho de Saul. Os homens de Gibeom levaram os sete netos de Saul para a montanha, e lá, diante do Senhor, foram todos enforcados. Após isso, Deus ouviu e atendeu as orações de seu povo, e o período de fome terminou.

Mais uma vez, Deus ficou descontente com Israel porque Davi mandou fazer a contagem do povo de Israel e de Judá, para se orgulhar do tamanho de seu reinado. Então, Joabe falou para Davi: "Deus faça o rei viver até que veja a população do seu reino aumentada de cem vezes o número que tem agora. Mas, o rei não tem direito algum de se alegrar na força desse povo."

Contudo, prevaleceu a ordem do rei e a população foi contada, e Joabe relatou ao rei o resultado do recenseamento: oitocentos mil homens inscritos dentro da idade exigida em Israel; e quinhentos mil em Judá. Depois de mandar fazer o recenseamento, Davi se arrependeu, achando que havia procedido mal; e ele disse ao Senhor: "O que fiz estava errado. Por favor, meu Deus, perdoe essa minha fraqueza".

Na manhã seguinte, por meio do profeta Gade, Deus mandou Davi escolher entre três opções de castigo pelo seu erro:

     

  • sete anos de fome por todo o seu reino;
  • a sua fuga durante três meses diante de seus inimigos; ou
  • se submeter a três dias de praga sobre a sua terra.

Davi respondeu: "É melhor cair na mão do Senhor – pois Sua misericórdia é grande – do que cair nas mãos dos homens. Portanto, fiz minha escolha: que o Senhor mande os três dias de praga".

Assim, o Senhor mandou uma peste sobre Israel naquela manhã, e essa peste durou três dias, tendo causado a morte de setenta mil homens em toda a nação. O anjo da morte preparava-se para destruir Jerusalém; mas o Senhor mandou que ele parasse no terreiro de Araúna, o jebuseu.

Davi orou ao Senhor: " Ó Deus, eu sou o único que pequei contra o Senhor! Por que meu povo, que me segue como rebanho, precisa pagar pelo meu erro? Deixe que o seu castigo caia somente sobre mim e a minha família". Por orientação do profeta Gade, Davi edificou um altar ao Senhor no terreiro de Araúna, onde o anjo da morte havia parado, e ofereceu sacrifício de paz. E o Senhor ouviu suas orações e a praga cessou.

Quando Davi ficou muito velho, quase não saía da cama; e por mais que o cobrissem com cobertores, ainda assim ele sentia muito frio. Então, seus ajudantes acharam que o remédio era encontrar uma moça virgem para lhe servir de companheira e ajudante e para deitar nos braços de Davi e assim aquecê-lo. Procuraram, então, em todo o país a moça mais linda que existisse. Finalmente, foi escolhida uma moça por nome Abisague e a trouxeram para a companhia de Davi e ela deitava nos braços dele e assim Davi se aquecia, mas Davi não teve relações com a moça.

Por esse tempo, Adonias, filho de Davi com Hagite, decidiu colocar a coroa real em sua própria cabeça e assim reinar no lugar de seu velho pai. Adonias era um rapaz muito bonito e era o irmão logo abaixo de Absalão. Logo, Adonias conquistou a confiança do comandante do exército, Joabe, e do sacerdote Abiatar, e eles concordaram em ajudar o moço a tornar-se rei. Outros, porém, permaneceram fiéis a Davi, como os sacerdotes Zadoque e Benaia, o profeta Natã, Simei, Reí e os chefes do Exército de Davi.

Adonias resolveu fazer uma festa, na qual ele seria coroado rei, tendo convidado todos os seus irmãos – os outros filhos do rei Davi – e todos os oficiais do palácio real de Judá, pedindo a eles que viessem para a sua festa de coroação. Porém, não convidou o profeta Natã, nem Benaia, nem os oficiais leais do exército e nem mesmo seu irmão Salomão, que era filho de Davi com Bate-Seba (ex-esposa do soldado Urias).

Então, o profeta Natã foi procurar Bate-Seba e pediu que ela fosse contar ao rei Davi o que estava acontecendo, pois ele ainda não sabia que Adonias estava se tornando rei, e Davi havia prometido a Bate-Seba que Salomão seria o próximo rei e se sentaria no seu trono.

Quando Bate-Seba estava conversando com Davi, o profeta Natã chegou e confirmou tudo, então, o rei falou a Bate-Seba: "Assim como vive o Senhor que me livrou de todos os perigos, declaro que seu filho Salomão será o próximo rei e se sentará no meu trono, exatamente como jurei a você perante o Senhor Deus de Israel".

Então, o rei Davi mandou chamar o sacerdote Zadoque, o profeta Natã e Benaia e disse a eles: "Levem Salomão e meus oficiais a Giom. Salomão deve ir montado na minha mula, e o sacerdote Zadoque e o profeta Natã devem derramar óleo sobre a cabeça dele, porque é o rei de Israel. Depois, toquem as trombetas e gritem: "viva o rei Salomão!" Quando vocês trouxerem Salomão de volta para cá, façam com que ele se assente no meu trono como o novo rei, porque foi ele que eu indiquei para rei de Israel e de Judá." E tudo foi feito como Davi mandou.

Quando Adonias e seus convidados ouviram o barulho do povo na cidade, gritando "viva o rei Salomão", quis saber o que estava acontecendo. Logo chegou Jônatas, filho do sacerdote Abiatar, e contou que o rei Davi havia coroado Salomão como rei em seu lugar e todo o povo estava comemorando. Então, Adonias e seus convidados saíram correndo da mesa do banquete e fugiram de medo. Adonias correu para o tabernáculo e se agarrou às pontas do altar.

Quando Salomão soube que Adonias estava agarrado ao altar no tabernáculo, pedindo que tivessem pena dele, Salomão respondeu: "Se ele se comportar bem não será ferido; mas se não se comportar bem, ele vai morrer." Então, Salomão mandou buscar Adonias, e os mensageiros fizeram com que ele descesse do altar. Ele veio e se inclinou diante do rei. Salomão simplesmente mandou Adonias ir embora para a sua casa.

Quando Davi sentiu que a morte se aproximava, ele deu esta responsabilidade a seu filho Salomão: "Eu vou para onde devem ir algum dia todos os homens que estão na Terra. Espero que você seja um sucessor forte e merecedor de toda a confiança. Obedeça às leis de Deus e siga todos os caminhos que ele manda seguir; guarde todos os mandamentos divinos escritos na lei de Moisés, de modo que você seja bem sucedido em tudo quanto fizer e por onde quer que vá. Se fizer isso, então o Senhor vai cumprir a promessa que me fez, de que se os meus filhos e os filhos deles andarem direito e forem fiéis a Deus, sempre haverá um deles como rei de Israel – a minha família nunca terá fim."

Davi continuou falando: "Agora preste atenção às minhas instruções. Você sabe que Joabe assassinou meus dois generais Abner e Amasa. Ele fingiu que isso era um ato de guerra, mas foi feito em tempo de paz. Você é um homem sábio, e saberá o que fazer – não deixe que ele morra em paz. Porém, seja bom para os filhos do gileadita Barzilai. Faça deles hóspedes permanentes do rei, pois cuidaram de mim quando eu fugia do seu irmão Absalão. Você se lembra de Simei, filho de Gera, o benjamita de Baurim? Ele me amaldiçoou com uma terrível maldição, quando eu ia para Maanaim; mas, quando ele desceu para se encontrar comigo junto ao rio Jordão, prometi que não o mataria. Mas, essa promessa você não é obrigado a cumprir! Você é um homem sábio, e saberá como arranjar uma morte sangrenta para ele."

Depois, Davi morreu e foi sepultado em Jerusalém. Ele reinou sobre Israel durante quarenta anos, sendo sete anos em Hebrom e trinta e três anos em Jerusalém. E Salomão se tornou o novo rei, em lugar de seu pai Davi; e o reino foi feliz.

TRIGÉSIMA QUARTA GERAÇÃO

Filhos de Malquias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1. Braséias

Filhos de Meralote:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1. Amarias, o segundo deste nome.

Filhos de Elcana I:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1.1.1. Amasai

Filhos de Uzias, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Saul, o segundo deste nome.

Filhos de Jeorão:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.5.1.1.1.4.1.1.1.1.1. Elcana, o quarto deste nome.

Filhos de Maluque:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2.5.1.1.1.1.1.1.1.1. Addi

Filhos de Eliabe, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.1.1. Abiail, uma filha, a segunda deste nome.

Filhos de Siméia, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.4.1. Jonadabe

Filhos de Davi nasceu no ano 1040 a.C.; reinou em Judá e Israel de 1010 a 970 a.C. e de Ainoã:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.1. Amnom

Filhos de Davi nasceu no ano 1040 a.C.; reinou em Judá e Israel de 1010 a 970 a.C. e de Abigail, que não era a sua irmã:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.2. Daniel ou Quileabe

Filhos de Davi nasceu no ano 1040 a.C.; reinou em Judá e Israel de 1010 a 970 a.C. e de Maaca, a terceira deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.3. Absalão

Filhos de Davi nasceu no ano 1040 a.C.; reinou em Judá e Israel de 1010 a 970 a.C. e de Hagite:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.4. Adonias faleceu em 970 a.C.

Filhos de Davi nasceu no ano 1040 a.C.; reinou em Judá e Israel de 1010 a 970 a.C. e de Abital:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.5. Sefatias, o primeiro deste nome.

Filhos de Davi nasceu no ano 1040 a.C.; reinou em Judá e Israel de 1010 a 970 a.C. e de Eglá:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.6. Itreão OBS.: todos esses filhos de Davi nasceram em Hebron, onde ele reinou sete anos e seis meses.

Davi mudou a capital para Jerusalém, onde reinou por 33 anos e teve outros filhos com outras mulheres com quem se casou, como segue:

Filhos de Davi nasceu no ano 1040 a.C.; reinou em Judá e Israel de 1010 a 970 a.C. e de Bate-Suá ou Bate Seba:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.7. Siméia ou Samua, o terceiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.8. Sobabe, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.9. Natã

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10. Salomão – Reinou em Israel de 970 a 931 a.C.

Filhos de Davi nasceu no ano 1040 a.C.; reinou em Judá e Israel de 1010 a 970 a.C. e de mais outras mulheres:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.11. Ibar

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.12. Elisama ou Elisua, o primeiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.13. Elifelete ou Elpelete

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.14. Nogá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.15. Nefegue

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.16. Jafia

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.17. Elisama, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.18. Eliade ou Beeliada

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.19. Elifelete

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.20. Tamar

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.21. Jerimote, o terceiro deste nome.

Filhos de Zeruia, irmã de Davi:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.9.1. Abisai

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.9.2. Joabe

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.9.3. Asael

Filhos de Abigail, irmã de Davi, que se casou com Jeter:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.10.1. Amasa

Filhos de Maom:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.4.1.1.1.1.3.1.1.1. Bete-Zur

Filhos de Tela:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1.1.3.1.1. Taã, o segundo deste nome.

HISTÓRIA DE SALOMÃO

Certo dia, Adonias, filho de Hagite com Davi, veio falar com Bate-Seba, mãe de Salomão. Adonias disse a Bate-Seba que reconhecia que Salomão, filho dela, era o rei indicado por Deus, mas queria que Bate-Seba lhe fizesse um pequeno favor. Pediu que ela fosse até Salomão para que ele autorizasse o casamento de Adonias com Abisague, que era a virgem que havia consolado Davi nos seus últimos dias.

Bate-Seba foi, então, falar com Salomão sobre isso, mas Salomão logo percebeu que se desse Abisague a Adonias, estaria dando também o reino, pois Adonias era seu irmão mais velho e junto com o sacerdote Abiatar e o general Joabe tomaria conta de tudo. O rei Salomão fez, então, um grande juramento, dizendo: "Que Deus me dê a morte, se Adonias não morrer hoje mesmo por causa deste plano que ele tramou contra mim! Juro por Deus vivo que me deu o trono de meu pai Davi, e este reino que ele me prometeu."

Assim, o rei Salomão enviou Benaia para matar Adonias, e Benaia o matou com uma espada.

Salomão também tirou de Abiatar o cargo de sacerdote, tendo nomeado Zadoque em seu lugar. Quando o general Joabe ficou sabendo da morte de Adonias, correu para o tabernáculo e se agarrou às pontas do altar. Salomão, então, enviou Benaia para matar Joabe e este foi morto ali mesmo no tabernáculo.

Depois, o rei Salomão mandou chamar Simei e deu ordens para ele não sair da cidade, sob pena de morte. E assim Simei morou em Jerusalém durante longo tempo.

Três anos mais tarde, porém, dois escravos de Simei fugiram e foram para uma outra cidade. Quando Simei ficou sabendo do paradeiro de seus escravos foi até essa outra cidade para trazê-los de volta. Salomão logo foi informado que Simei havia saído de Jerusalém e deu ordens a Benaia, que matou Simei, devido a este ter desobedecido ao rei. Assim, ficou garantido o domínio de Salomão sobre o reino.

Salomão casou-se com uma filha de Faraó, rei do Egito, e a trouxe para Jerusalém, a fim de morar na cidade de Davi, até que Salomão pudesse terminar a construção de seu palácio, a construção da casa do Senhor e a construção do muro ao redor da cidade.

Salomão amava muito ao Senhor e seguia todas as instruções recebidas de seu pai Davi.

Um certo dia, Salomão foi à montanha de Gibeon e ofereceu como sacrifício mil ofertas queimadas. Naquela noite, o Senhor apareceu a Salomão num sonho e disse que ele podia pedir qualquer coisa que quisesse, e lhe seria dada! Então, Salomão pediu que Deus lhe desse uma mente compreensiva, de modo que pudesse governar bem o povo de Deus e saber a diferença entre o certo e o errado, pois a responsabilidade dele era tão grande e ele estava ali diante daquele povo sem saber o que fazer.

O Senhor ficou contente com o pedido de Salomão e falou: "Já que você pediu sabedoria para governar o meu povo, e não pediu uma vida longa ou riquezas para si, ou a derrota dos seus inimigos – sim, eu vou lhe dar o que me pediu! Vou dar uma mente mais sábia e entendida do que a de qualquer outra pessoa nascida antes ou depois de você! E também vou dar o que você não pediu – riquezas e honra! Ninguém em todo o mundo será tão rico e famoso quanto você, pelo restante da sua vida! Eu lhe darei uma vida longa se você me seguir e obedecer às minhas Leis conforme fez o seu pai Davi."

Um certo dia, vieram duas prostitutas a Salomão discutindo entre si. Então, Salomão perguntou qual era o problema. Uma delas falou que as duas moravam juntas na mesma casa e ambas tinham filhos recém-nascidos, mas quando dormia a outra rolou por cima do filho e o matou, mas sem ninguém perceber essa outra pegou o filho da que contava a história e o levou para junto de si e colocou o seu filho morto próximo a que contava a história. Esta, quando acordou para dar de mamar ao filho, percebeu que ele estava morto, mas quando o dia clareou, ela reconheceu que não era o filho dela. Nesse momento, a outra mulher entrou no meio da conversa dizendo: "Certamente que o filho morto era dela, e o filho vivo era o meu". A primeira mulher retrucou: "Não, o morto era o seu e o vivo era o meu". E assim elas discutiam diante do rei. Salomão, que disse que ia resolver o problema. Pediu uma espada e disse que ia partir a criança viva ao meio e dar a metade para cada uma. Uma delas concordou em que cada uma ficaria com uma metade da criança, mas a outra, disse: "Oh, não, senhor! Dê a ela a criança – mas não mate o menino!"

Então, o rei Salomão disse: "Dêem o menino à mulher que deseja que ele viva, pois ela é a verdadeira mãe!"

A notícia da decisão do rei logo se espalhou por todo o país, e todas as pessoas ficaram admiradas, quando reconheceram a grande sabedoria que Deus havia dado a Salomão.

Durante o reinado de Salomão, Israel e Judá se tornaram uma só nação, muito rica e próspera, e o povo vivia em paz e segurança.

Deus concedeu a Salomão grande sabedoria e entendimento, e uma mente que se interessava por tudo. Ele foi autor de 3.000 provérbios, e muitos deles estão expressos na Bíblia, no livro de Provérbios. Ele escreveu também 1.005 canções. Foi um grande estudioso da natureza, e tinha muito interesse nos animais, nos pássaros, nas serpentes, nos peixes e nas árvores – desde os grandes cedros do Líbano até a pequenina plantinha que crescia nas fendas dos muros. E os reis de muitas terras enviavam seus representantes a ele em busca de conselho.

Como nesse tempo o rei de Israel vivia em paz, pois não tinha inimigos nem externo e nem internamente, Salomão pediu auxílio a Hirão, rei de Tiro, cujo povo era especialista no corte de madeira, para ajudar na construção do templo do Senhor, já que Davi não pôde construí-lo, porque vivia em guerra com outros países. Hirão ficou contente em poder ajudar e mandou seus homens para o corte da madeira, enquanto os homens de Salomão cuidavam de talhar as pedras. E, assim, foi construído o templo em pedra e madeira de lei, cedro e cipreste, e uma grande parte do revestimento interno era feita em ouro.

As medidas eram 27,5 metros de comprimento, 9,15 metros de largura e 12,20 metros de altura. Isso foi 480 anos depois que o povo de Israel deixou a escravidão no Egito e no quarto ano do reinado de Salomão.

Depois, Salomão construiu o seu próprio palácio, que levou treze anos para ser concluído. Posteriormente, Salomão convidou todos os chefes das tribos de Israel para acompanhar a transferência da arca do Senhor do tabernáculo em Sião, a cidade de Davi, para o templo. Isso ocorreu durante a Festa dos Tabernáculos, no mês de outubro, e os sacerdotes levaram a arca e o tabernáculo para o templo, junto com todos os vasos sagrados que antes haviam estado no tabernáculo. Após isso, Salomão fez uma longa oração a Deus, agradecendo por tudo que o Senhor havia lhe proporcionado e pedindo por todo o povo de Israel.

Quando Salomão terminou a construção do templo, do palácio e de todos os outros prédios, o Senhor apareceu a ele dizendo que havia ouvido suas orações, por isso abençoava aquele templo, tornando-o sagrado. O Senhor também reforçou as promessas que já havia feito a Davi, dizendo que se Salomão vivesse uma vida honesta, como tinha vivido Davi, sempre obedecendo ao Senhor, então, os filhos de Salomão seriam reis para sempre naquela terra. Todavia, se Salomão ou os filhos dele desobedecessem ao Senhor, adorando a outros deuses e não cumprindo as Leis do Senhor, então, tiraria o povo de Israel, daquela terra que lhes havia dado, e Israel se tornaria em objeto de zombaria e o templo se transformaria num monte de ruínas.

Quando a rainha de Sabá ouviu falar da fama de Salomão e de sua sabedoria, resolveu pôr Salomão à prova, com perguntas difíceis. Ela chegou a Jerusalém com uma grande caravana de camelos, que transportava perfumes, ervas cheirosas, ouro e jóias; e contou a Salomão todos os problemas que pretendia resolver. Salomão respondeu a todas as perguntas que ela fez; nada era difícil demais para ele, porque o Senhor lhe dava as respostas certas todas as vezes.

Logo ela reconheceu que tudo quanto tinha ouvido a respeito da grande sabedoria de Salomão era verdade. Ela viu também o lindo palácio que ele tinha construído, e quando viu os alimentos deliciosos sobre a mesa, o grande número de criados e ajudantes que estavam ali por perto, em uniformes de chamar a atenção; quando viu os servidores de vinho e os muitos sacrifícios queimados que ele oferecia ao Senhor, ela ficou muito admirada e quase sem fala.

Depois, a Rainha de Sabá disse ao rei Salomão: "Tudo o que ouvi em meu país a respeito de sua sabedoria e a respeito das coisas maravilhosas que se passam aqui é pura verdade. Eu não acreditava no que diziam, até que vim e vi com meus próprios olhos! Na verdade, não me disseram nem a metade! Sua sabedoria e sua riqueza são, em muito, maiores do que tudo o que já ouvi! Seu povo é feliz, e os ajudantes do seu palácio estão contentes – e nem podia ser diferente, pois eles estão aqui, dia após dia, ouvindo a sabedoria do rei! Bendito seja o Senhor seu Deus que escolheu você e o colocou no trono de Israel. Como o Senhor deve amar a Israel – pois Ele deu você a eles como seu rei! E você governa o povo com justiça e bondade!".

Então, a rainha de Sabá deu a Salomão um presente de 7.200 quilos de ouro, junto com uma enorme quantidade de perfumes e pedras preciosas. Na verdade, foi o maior presente de perfumes que o rei Salomão tinha recebido até aquela data.

Em troca dos presentes recebidos da rainha de Sabá, Salomão lhe deu tudo quanto ela pediu, além dos presentes que ele já havia planejado dar. Depois, ela e seus ajudantes voltaram a sua terra.

A cada ano, o rei Salomão recebia cerca de 2.500 quilos de ouro em presentes, além dos impostos sobre vendas e lucro do comércio com os reis da Arábia e com outros territórios vizinhos. Todos os objetos do palácio do rei eram construídos em ouro maciço. O rei Salomão também tinha uma frota de navios em sociedade com o rei Hirão, de Tiro, e uma vez a cada três anos chegava aos portos de Israel um grande carregamento de ouro, prata, marfim, bugios e pavões.

Assim, o rei Salomão ficou sendo mais rico e mais sábio do que todos os reis da Terra. Homens importantes de muitos outros países vinham falar com ele e ouvir a sabedoria que Deus lhe deu. Eles traziam ao rei um imposto anual de objetos de prata e ouro, tecidos muito finos, perfume de mirra, ervas cheirosas, cavalos e mulas.

O rei Salomão casou-se com muitas outras moças, além da princesa egípcia. Muitas dessas moças vieram de nações, onde se adoravam imagens de outros deuses. A Bíblia menciona que Salomão teve setecentas esposas e mais outras trezentas mulheres. Elas fizeram com que Salomão desviasse o seu coração do Senhor e ele passou a adorar outros deuses, por isso Deus disse a Salomão que ia dividir o reino de Israel e tirá-lo da família de Salomão, mas, por amor a Davi, não ia fazer isso enquanto Salomão estivesse vivo. O reino seria tirado das mãos do filho de Salomão, mas, mesmo assim, ainda ia deixar que o filho de Salomão fosse rei de uma tribo, por amor a Davi e por amor a Jerusalém, a cidade escolhida por Deus.

Salomão governou em Jerusalém durante quarenta anos e depois morreu, sendo sepultado na cidade de seu pai Davi, e seu filho Roboão reinou em seu lugar. Mais tarde, o reino de Israel foi dividido, e Roboão ficou reinando somente sobre a tribo de Judá, tendo o reino de Israel sido entregue a Jeroboão. A partir de então, a família de Davi passou a reinar somente sobre a pequena tribo de Judá.

TRIGÉSIMA QUINTA GERAÇÃO

Há uma certa divergência entre as cadeias de descendência na linha de Jesus Cristo descritas pelos evangelistas Lucas e Mateus. Lucas segue a linha descendencial, por meio de Natã, e Mateus segue a linha descendencial, por meio de Salomão, ambos filhos de Davi.

Tomamos por base o Livro 1 de Crônicas e o livro do evangelista Mateus, onde são feitas descrições assemelhadas, conforme segue a cadeia descendencial até Jesus Cristo:

Filhos de Braséias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Micael, o segundo deste nome.

Filhos de Amarias, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1. Aitube, o primeiro deste nome.

Filhos de Amasai:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1. Maate

Filhos de Abdi:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.3.2.5.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Quisi

Filhos de Absalão:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.3.1. Maaca, uma filha, a quarta deste nome.

Filhos de Salomão, reinou em Israel de 970 a 931 a.C., e de Naamá:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1. Roboão nasceu no ano 972 a.C.; reinou em Judá de 931 a 913 a.C.

Filhos de Jerimote, o terceiro deste nome, com Abiail:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.21.1. Maalate, a segunda deste nome.

Filhos de Taã, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1.1.3.1.1.1. Ladã

TRIGÉSIMA SEXTA GERAÇÃO

Filhos de Micael, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Siméia, o quarto deste nome.

Filhos de Aitube, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Zadoque, o primeiro deste nome.

Filhos de Maate:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Elcana II

Filhos de Roboão nasceu no ano 972 a.C.; reinou em Judá de 931 a 913 a.C. e de Maaca, a quarta deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1. Abias, o segundo deste nome; reinou em Judá de 913 a 911 a.C.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.2. Atai

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.3. Ziza, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.4. Selomite, o segundo deste nome.

Filhos de Roboão com Maalate, a segunda deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.5. Jeús, o terceiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.6. Semarias

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.7. Zaã

TRIGÉSIMA SÉTIMA GERAÇÃO

Filhos de Siméia, o quarto deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Bequeria

Filhos de Zadoque, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Aimas

Filhos de Elcana II:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Zufe

Filhos de Abias, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1. Asa - Reinou em Judá de 911 a 870 a.C.

Filhos de Ladã:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1. Amiúde

TRIGÉSIMA OITAVA GERAÇÃO

Filhos de Bequerias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.1.1.4.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Asafe

Filhos de Aimas:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Azarias, o terceiro deste nome.

Filhos de Zufe:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Toá

Filhos de Asa - Reinou em Judá de 911 a 870 a.C., com Azuba:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1. Josafá nasceu no ano 905 a.C.; reinou em Judá de 870 a 848 a.C.

Filhos de Amiúde:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1. Elisama, o terceiro deste nome.

TRIGÉSIMA NONA GERAÇÃO

Filhos de Azarias, o terceiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Joanã, o primeiro deste nome.

Filhos de Toá:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Eliel

Filhos de Josafá nasceu no ano 905 a.C.; reinou em Judá de 870 a 848 a.C.:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1. Jorão ou Jeorão nasceu no ano 880 a.C.; reinou em Judá de 848 a 841 a.C.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.2. Azarias, o quarto deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.3. Jeiel, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.4. Zacarias

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.5. Asarias

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.6. Micael, o terceiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.7. Sefatias, o segundo deste nome.

Filhos de Elisama:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1. Num

QUADRAGÉSIMA GERAÇÃO

Filhos de Joanã, o primeiro deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Azarias, o quinto deste nome.

Filhos de Eliel:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Jeroão

Filhos de Jorão ou Jeorão nasceu no ano 880 a.C.; reinou em Judá de 848 a 841 a.C.:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1. Uzias, o segundo deste nome ou Azarias nasceu no ano 797 a.C.; reinou em Judá de 781 a 740 a.C.

Filhos de Num:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.8.2.1.2.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1. Josué nasceu no ano 1300 e faleceu em 1190 a.C., vivendo 110 anos, substituto de Moisés.

QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA GERAÇÃO

Filhos de Azarias, o quinto deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Amarias, o terceiro deste nome.

Filhos de Jeroão:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Elcana III

Filhos de Uzias, o segundo deste nome ou Azarias, nasceu no ano 797 a.C.; reinou em Judá de 781 a 740 a.C., e de Jerusa:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1. Jotão nasceu no ano 765 a.C.; reinou em Judá de 740 a 736 a.C.

QUADRAGÉSIMA SEGUNDA GERAÇÃO

Filhos de Amarias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Aitube, o segundo deste nome.

Filhos de Elcana III:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Samuel, o segundo deste nome.

Filhos de Jotão nasceu no ano 765 a.C.; reinou em Judá de 740 a 736 a.C.:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1. Acaz - Reinou em Judá de 736 a 716 a.C.

QUADRAGÉSIMA TERCEIRA GERAÇÃO

Filhos de Aitube, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Zadoque, o segundo deste nome.

Filhos de Samuel, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Joel, o quarto deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2. Abias, o terceiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3. Vasni

Filhos de Acaz - Reinou em Judá de 736 a 716 a.C. e de Abi:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Ezequias, o primeiro deste nome, nasceu no ano 745 a.C.; reinou em Judá de 716 a 687 a.C.

QUADRAGÉSIMA QUARTA GERAÇÃO

Filhos de Zadoque, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Salum, o quarto deste nome.

Filhos de Joel:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.2.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Hemã, o segundo deste nome.

Filhos de Ezequias, o primeiro deste nome, nasceu no ano 745 a.C.; reinou em Judá de 716 a 687 a.C., e de Hefzibá:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Manassés, segundo deste nome, nasceu no ano 704 a.C.; reinou em Judá de 687 a 642.

QUADRAGÉSIMA QUINTA GERAÇÃO

 

Filhos de Salum, o quarto deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Hilquia

Filhos de Manassés, segundo deste nome, nasceu no ano 704 a.C.; reinou em Judá de 687 a 642, e de Mesulemete:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Amom nasceu no ano 663 a.C.; reinou em Judá de 642 a 640 a.C.

QUADRAGÉSIMA SEXTA GERAÇÃO

Filhos de Hilquia:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Azarias, o sexto deste nome.

Filhos de Amom nasceu no ano 663 a.C. ; reinou em Judá de 642 a 640 a.C., e de Jedia:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Josias nasceu no ano 648 a.C.; reinou em Judá de 640 a 609 a.C.

QUADRAGÉSIMA SÉTIMA GERAÇÃO

Filhos de Azarias, o sexto deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Seraias

Filhos de Josias nasceu no ano 648 a.C.; reinou em Judá de 640 a 609 a.C.:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Joanã ou Jeoacaz, o segundo deste nome, nasceu no ano 632 a.C.; reinou em Judá por 3 meses em 609 a.C.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2. Jeoaquim ou Conias nasceu no ano 616 a.C.; reinou em Judá de 609 a 597 a.C.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3. Zedequias, o primeiro deste nome, nasceu no ano 618 a.C.; reinou em Judá de 597 a 587 a.C.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.4. Salum, o quinto deste nome.

QUADRAGÉSIMA OITAVA GERAÇÃO

Filhos de Seraias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Jeosadaque

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.3.2.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2. Esdras

Filhos de Jeoaquim ou Conias nasceu no ano 616 a.C.; reinou em Judá de 609 a 597 a.C.:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1. Jeconias

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2. Zedequias, o segundo deste nome.

QUADRAGÉSIMA NONA GERAÇÃO

Filhos de Jeconias, que nasceram quando o rei Jeconias estava preso:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1. Sealtiel ou Salatiel

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.2. Malquirão

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.3. Pedaías

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.4. Senazar

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.5. Jecamias

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.6. Hosama

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.7. Nebadias

QÜINQUAGÉSIMA GERAÇÃO

Filhos de Sealtiel ou Salatiel:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1. Zorobabel nasceu no ano 537 a.C.; governador da Judéia de 520 a 515 a.C.

QÜINQUAGÉSIMA PRIMEIRA GERAÇÃO

Filhos de Zorobabel nasceu no ano 537 a.C.; governador da Judéia de 520 a 515 a.C.:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.1. Mesulão

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2. Hananias

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.3. Hasubá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.4. Oel

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.5. Berequias

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.6. Hasadias

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.7. Jusabe-Hesede

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8. Abiúde

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.9. Selumita, filha.

QÜINQUAGÉSIMA SEGUNDA GERAÇÃO

Filhos de Hananias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.1. Pelatias

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2. Jesaías

Filhos de Abiúde:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8.1. Eliaquim

QÜINQUAGÉSIMA TERCEIRA GERAÇÃO

 

Filhos de Jesaías:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1. Refaías, o segundo deste nome.

Filhos de Eliaquim:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8.1.1. Azor

QÜINQUAGÉSIMA QUARTA GERAÇÃO

Filhos de Refaías:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1. Arnã

Filhos de Azor:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8.1.1.1. Sadoque

QÜINQUAGÉSIMA QUINTA GERAÇÃO

 

Filhos de Arnã:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1. Obadias, o segundo deste nome.

Filhos de Sadoque:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8.1.1.1.1. Aquim

QÜINQUAGÉSIMA SEXTA GERAÇÃO

Filhos de Obadias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1. Secanias

Filhos de Aquim:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8.1.1.1.1.1. Eliúde

QÜINQUAGÉSIMA SÉTIMA GERAÇÃO

Filhos de Secanias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1. Semaías

Filhos de Eliúde:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8.1.1.1.1.1.1. Eleázar

QÜINQUAGÉSIMA OITAVA GERAÇÃO

Filhos de Semaías:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.1. Hatus

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.2. Igal

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.3. Bariá

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.4. Nearias

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.5. Safate

Filhos de Eleázar:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8.1.1.1.1.1.1.1. Matã

QÜINQUAGÉSIMA NONA GERAÇÃO

Filhos de Nearias:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.4.1. Elioenai, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.4.2. Ezequias, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.4.3. Azricão

Filhos de Matã:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8.1.1.1.1.1.1.1.1. Jacó ou Eli

SEXAGÉSIMA GERAÇÃO

Filhos de Elioenai, o segundo deste nome:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.4.1.1. Hodavias

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.4.1.2. Eliasibe

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.4.1.3. Pelaías

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.4.1.4. Acube, o segundo deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.4.1.5. Joanã, o terceiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.4.1.6. Delaías

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.2.2.1.1.1.1.1.4.1.7. Anani

Filhos de Jacó ou Eli:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1.8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8.1.1.1.1.1.1.1.1.1. José, segundo deste nome, que foi marido de Maria nasceu no ano 19 a.C. e faleceu em 48 d.C., filha de Joaquim e Ana, e, especialmente, a mãe de Jesus Cristo, o Messias.

SEXAGÉSIMA PRIMEIRA GERAÇÃO

Filhos de José, segundo deste nome, que foi marido de Maria nasceu no ano 19 a.C. e faleceu em 48 d.C., ela filha de Joaquim e Ana. Uma tradição do segundo século afirma que os pais da Virgem Maria e avós de Jesus Cristo chamavam-se Joaquim e Ana. Sua vida é cercada por muito misticismo: conta-se que Joaquim e Ana não tinham filhos e dirigiam fervorosas orações ao Senhor para que Ele lhes enviasse um filho. Apareceu-lhes, então, um anjo anunciando que teriam um filho. De fato, nasceu-lhes uma filha, à qual deram o nome de Maria. O culto para com os pais de Nossa Senhora é muito antigo, sobretudo entre os gregos. No Ocidente, a devoção a Santa Ana remonta ao século VI. A devoção a São Joaquim é mais recente:

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. JESUS CRISTO, O MESSIAS nasceu no ano 4 a.C. e faleceu em 29 d.C. 1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2. Tiago

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3. José, terceiro deste nome.

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8.1.1.1.1.1.1.1.1.1.4. Simão

1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.1.1.1.1.1.1.2.2.4.4.1.2.1.1.1.1.1.1..8.10.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.1.8.1.1.1.1.1.1.1.1.1.5. Judas

HISTÓRIA DE JESUS

No tempo que Herodes era rei da Judéia, existia um sacerdote judeu chamado Zacarias, cuja esposa era Isabel. Ambos eram muito religiosos e piedosos, porém não tinham filhos, pois Isabel era estéril.

Um dia, quando Zacarias estava cuidando do seu trabalho no templo, apareceu-lhe o arcanjo Gabriel e lhe disse que Isabel ia dar à luz um filho dele, o qual deveria se chamar João, e ele seria abençoado por Deus e prepararia o caminho para a vinda do Messias.

Zacarias não acreditou, pois tanto ele como sua esposa Isabel já eram muito velhos, por isso o anjo fez com que ele ficasse surdo e mudo, somente voltando a falar após o nascimento do menino. Logo depois disso, sua esposa Isabel ficou grávida e ficou muito alegre por isso, pois o Senhor tinha lhe tirado a infelicidade de não ter filhos.

Seis meses após, Deus mandou o arcanjo Gabriel a Nazaré, uma vila da Galiléia; lá o anjo falou a uma moça virgem, chamada Maria, prometida em casamento a um homem chamado José, da família do rei Davi. O arcanjo Gabriel disse a Maria que em breve ela ficaria grávida e teria um menino, cujo nome deveria ser Jesus e ele seria chamado o Filho de Deus, e reinaria sobre Israel para sempre. Maria perguntou ao arcanjo como isso poderia acontecer, já que ela era virgem, e o anjo lhe respondeu que o Espírito Santo viria sobre ela e o poder de Deus a cobriria com sua sombra, por isso a criança que ia nascer dela seria completamente santa.

Nisso, o arcanjo diz a Maria que sua prima Isabel havia ficado grávida na velhice, também pelo poder de Deus. Maria então disse: "Eu sou a serva do Senhor, e estou pronta a fazer tudo quanto for necessário. Que aconteça tudo o que o Senhor me disse". Nisso o arcanjo desapareceu.

Uns poucos dias depois, Maria foi visitar sua prima Isabel e, quando Maria a cumprimentou, a criança de Isabel saltou em seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo, deu um grito de alegria e exclamou para Maria: "Você é abençoada por Deus acima de todas as outras mulheres e o seu filho também é bendito". Maria respondeu: "Oh, como eu louvo ao Senhor! Quanto me alegro em Deus meu Salvador!". Maria ficou com Isabel cerca de três meses e depois voltou para casa.

Nisso, nasceu o filho de Isabel e no oitavo dia do nascimento, na cerimônia de circuncisão, todos esperavam que o nome do menino fosse Zacarias, o mesmo nome do pai, que se encontrava surdo e mudo desde o dia da conversa com o arcanjo Gabriel. Mas Isabel declarou que o nome do menino seria João e todos acharam estranho, já que não existia ninguém na família com aquele nome.

Foram, então, consultar a Zacarias em gestos e este escreveu em um papel: "O nome da criança será João". A partir desse momento Zacarias voltou a falar e a ouvir e todos ficaram admirados e comemoraram, então, Zacarias ficou cheio do Espírito Santo e profetizou que seu filho estava vindo para preparar o caminho para a vinda do Messias, o Salvador do mundo.

Quando José, o noivo de Maria, soube que ela estava grávida, por ser um homem de princípios rígidos, decidiu romper o noivado, mas em segredo, porque não queria desmoralizar Maria publicamente.

José estava deitado pensando nisso, depois adormeceu e teve um sonho, no qual viu um anjo de pé ao seu lado dizendo: "José, filho de Davi, não tenha dúvidas em tomar Maria como sua esposa, pois a criança que está no ventre dela foi concebida pelo Espírito Santo. E ela terá um filho que será chamado Jesus (Salvador), porque Ele salvará o seu povo dos pecados".

Quando José acordou, fez como o anjo tinha mandado, e trouxe Maria para casa, como sua esposa. Porém, ela permaneceu virgem até seu filho nascer.

Por esse tempo, Cezar Augusto, o Imperador, decretou que se fizesse um recenseamento de toda a nação, o qual exigia que todo mundo voltasse à sua terra natal para se registrar. E, como José era da antiga família real, teve de ir a Belém, na Judéia, terra natal do rei Davi, viajando de Nazaré, na Galiléia, para lá.

Ele levou consigo Maria, sua esposa, que estava grávida. Estando ali, chegou a hora de o Filho nascer, e ela deu à luz seu primeiro Filho, um menino. Enrolou-O num cobertor e O deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria da aldeia. Naquela noite, um anjo apareceu a alguns pastores que estavam no campo guardando seus rebanhos e os avisou que naquela noite havia nascido em Belém o Salvador, o Messias, o Filho de Deus, e que os pastores o reconheceriam quando vissem uma criancinha enrolada em cobertores, deitada em uma manjedoura.

De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão de outros anjos – o exército celestial – louvando a Deus: "Glória a Deus nas grandes alturas e paz na terra para todos aqueles que O agradam".

Quando os anjos voltaram aos céus, os pastores foram a Belém, correndo toda a aldeia e encontraram Maria, José e a criancinha deitada na manjedoura. Então, os pastores saíram contando a todo mundo o que tinham visto e o que o anjo lhes tinha dito a respeito da criança, e todos ficaram admirados.

No oitavo dia de nascido, na cerimônia da circuncisão do menino, José deu-lhe o nome de Jesus, conforme o anjo Gabriel havia dito.

No tempo certo, o menino foi levado para ser apresentado ao Senhor, pois as leis de Deus diziam que se o primeiro filho de uma mulher fosse homem, ele seria dedicado ao Senhor. Naquele dia, um homem chamado Simeão, morador de Jerusalém, estava no templo. Era ele um homem bom, muito devoto, cheio do Espírito Santo, e vivia esperando que o Messias viesse em breve, pois o Espírito Santo lhe havia revelado que ele não morreria enquanto não visse o Cristo prometido por Deus. O Espírito Santo o impulsionou a ir ao templo naquele dia.

Então, quando Maria e José chegaram para apresentar o menino Jesus ao Senhor, em obediência à lei, Simeão estava lá e tomou a criança nos braços, louvando a Deus dizendo: "Senhor, agora eu posso morrer em paz! Pois eu O vi como o Senhor me prometeu que eu veria. Eu vi o Salvador que o Senhor prometeu dar ao mundo. Ele é a Luz que dará iluminação espiritual às nações, e será a glória do povo de Israel".

Simeão ainda disse a Maria: "Uma espada atravessará a sua alma, porque esta criança será rejeitada por muitos em Israel, isto para a própria destruição deles. Ele será motivo de contradição, mas uma grande alegria para outros. E os pensamentos mais profundos de muitos corações serão revelados".

Por aquele tempo, alguns sábios do oriente vieram a Jerusalém e perguntaram: "Onde está o Rei dos Judeus recém-nascido? Pois, nós vimos sua estrela nas distantes terras do oriente, e viemos adorar o menino". O rei Herodes ficou muito preocupado com a pergunta dos sábios; então, ele convocou uma reunião dos líderes religiosos para saberem em que lugar os profetas haviam dito que nasceria o Messias. E eles disseram que, segundo o profeta Miquéias, o Messias nasceria em Belém.

Herodes mandou chamar os sábios em segredo e obteve deles a data exata em que eles tinham visto a estrela pela primeira vez. Depois, mandou os sábios irem a Belém procurar o menino e quando achassem viessem lhe avisar para que ele também fosse adorá-lo. Os sábios seguiram e a estrela novamente lhes apareceu sobre a cidade de Belém e eles sentiram muita alegria. Eles chegaram a Belém e entraram na casa onde estavam Maria, José e a Criança, ajoelharam-se diante do menino e o adoraram e depois abriram seus presentes e lhe deram ouro, incenso e mirra.

Na volta, os sábios voltaram por outro caminho e não foram por Jerusalém para contar a Herodes, pois Deus lhes tinha avisado em sonho que voltassem por outro caminho.

Depois que os sábios foram embora, um anjo do Senhor apareceu a José, em um sonho, e disse: "Levante-se e fuja para o Egito com a criancinha e a mãe. Fique lá até que eu mande você voltar, porque o rei Herodes vai tentar matar a criança". Naquela mesma noite, José partiu para o Egito com Maria e a criança e ficou lá até a morte do rei Herodes.

Quando Herodes descobriu que os sábios lhe haviam desobedecido, ficou muito furioso e mandou soldados a Belém com ordem de matar todos os meninos de dois anos de idade para baixo, pois os sábios lhe haviam dito que tinham visto a estrela há cerca de dois anos atrás.

Quando Herodes morreu, um anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse para ele voltar para Israel com a esposa e o filho. Na volta, porém, José ficou sabendo que o novo rei era Arquelau, filho de Herodes, por isso ele teve medo de ir para Jerusalém.

Então, José levou o filho e a esposa para Nazaré, na Galiléia, onde ficaram morando. Ali, a criança começou a ficar um menino forte e sadio, conhecido pela inteligência acima de sua idade; e Deus derramava suas bênçãos sobre ele.

Quando Jesus estava com 12 anos, acompanhou seus pais a Jerusalém para a festa anual da Páscoa, a qual eles assistiam todos os anos. Depois que terminaram as comemorações, eles tomaram o caminho de volta para Nazaré, mas Jesus ficou para trás, em Jerusalém. Seus pais não notaram a falta dele no primeiro dia de viagem, pois pensavam que estivesse com amigos entre os outros viajantes. Mas quando notaram sua falta, começaram a procurá-lo entre seus parentes e amigos; não o encontrando, voltaram a Jerusalém para procurá-lo ali.

Três dias depois, finalmente, encontraram-no. Estava no templo, sentado entre os mestres da lei, discutindo com eles questões profundas e deixando todo mundo admirado com a sua inteligência e suas respostas. Seus pais não sabiam nem o que pensar quando o viram sentado ali, tão calmamente.

Disse-lhe sua mãe: "Filho, por que você fez isso conosco? Eu e seu pai estávamos desesperados, procurando você por toda parte". Então, ele perguntou: "Mas por que me procuram? Não sabiam que eu deveria estar aqui no templo, na casa do meu Pai?". Porém, eles não entenderam o que ele quis dizer. Então, Jesus voltou para Nazaré, e era obediente aos pais; sua mãe guardava todas essas coisas no coração. Assim, Jesus crescia tanto em estatura como em sabedoria, e era amado por Deus e pelos homens.

No tempo do reinado de Tibério César, em Roma (Pilatos era Governador da Judéia, Herodes reinava na Galiléia e Caifás era um dos supremos sacerdotes judaicos), João Batista, filho de Zacarias, começou a sua pregação no deserto, dizendo que as pessoas deviam batizar-se, arrependendo-se de seus pecados para serem perdoadas, e deviam voltar-se para Deus, porque o Reino dos Céus estava próximo.

E João Batista dizia: "Eu batizo com água aqueles que se arrependem de seus pecados; mas está vindo um Outro, muito maior do que eu, tão grande que eu não sou digno de carregar seus calçados! Ele batizará vocês com o Espírito Santo e com fogo. Ele separará a palha do grão; queimará a palha com fogo que nunca vai se apagar, e guardará o grão".

Então, Jesus foi de sua casa, na Galiléia, ao rio Jordão, para lá ser batizado por João, e este falou a Jesus: "Isso não está bem; eu é que preciso ser batizado pelo Senhor". Mas Jesus disse: "Batiza-me, por favor, porque eu devo fazer tudo o que é certo". Então, João o batizou.

Depois do seu batismo, logo que Jesus saiu da água, os céus se abriram e Ele viu o Espírito de Deus descendo na forma de uma pomba. Uma voz do céu disse: "Este é o meu Filho amado, em Quem tenho muita alegria". Jesus estava com 30 anos quando começou o seu ministério público, e Ele era conhecido como o filho de José.

Então Jesus, cheio do Espírito Santo, deixou o rio Jordão e foi conduzido pelo Espírito ao deserto para lá ser tentado por Satanás. Durante quarenta dias e quarenta noites, ele não comeu nada e ficou com muita fome. Então, Satanás tentou Jesus sugerindo: "Se Você conseguir transformar essas pedras em pães, provará que é o filho de Deus". Mas Jesus respondeu: "As Escrituras nos dizem que o pão não saciará a alma dos homens; o que nós precisamos é obedecer a todas as palavras de Deus".

Então, Satanás O levou para Jerusalém, para o telhado do templo e disse: "Salte daí e prove que é o Filho de Deus, pois Deus enviará seus anjos para impedir que se despedace nas pedras lá embaixo". Mas Jesus replicou: "As Escrituras também dizem que não se deve impor ao Senhor uma prova absurda!"

A seguir, Satanás levou Jesus ao topo de uma montanha muito alta e lhe mostrou todas as nações do mundo e toda a glória delas e disse: "Eu lhe darei tudo isso se Você apenas ajoelhar-se a meus pés e me adorar". Disse-lhe Jesus: "Saia daqui Satanás, as Escrituras ordenam: 'Adore somente ao Senhor Deus. Obedeça somente a Ele'".

Então, Satanás foi-se embora e os anjos vieram e cuidaram de Jesus.

Quando Jesus ouviu dizer que João Batista tinha sido preso por causa de suas pregações, deixou a Judéia e voltou para Nazaré, na Galiléia, mas logo se mudou para Cafarnaum, às margens do Lago da Galiléia. Daí em diante, Jesus começou a sua pregação por toda a região, recomendando ao povo que deixasse o pecado e se voltasse para Deus.

Jesus iniciou também a convocação dos discípulos, começando por Simão (também chamado Pedro) e André, que eram pescadores de profissão. Depois foi a vez de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que estavam remendando as redes de pesca. Depois chamou Filipe e os demais.

Um dia, a mãe de Jesus foi convidada para um casamento na aldeia de Caná da Galiléia; Jesus e seus seguidores também foram convidados à festa. Durante as bodas, o vinho acabou e a mãe de Jesus veio a Ele com o problema. Jesus disse: "Eu não posso ajudar agora, ainda não é a minha hora de fazer milagres". Todavia, a mãe de Jesus disse aos criados: "Façam tudo o que Ele disser a vocês".

Então, Jesus pediu aos criados que enchessem as talhas de água até em cima, e eram seis talhas ao todo, e cada uma cabia de 80 a 120 litros. Quando as talhas estavam cheias de água, Jesus disse: "Tirem um pouco e levem ao mestre de cerimônias". Quando o mestre de cerimônias experimentou a água, que já tinha virado vinho, não sabendo de onde trouxeram (embora os criados soubessem), chamou o noivo e disse: "Este vinho é muito bom. O senhor é diferente de todos os outros, pois geralmente o vinho melhor é servido no início da festa, e depois, quando todos já não se importam mais com a qualidade, distribui o vinho barato. Mas o senhor guardou o melhor para o fim!"

Esse milagre, em Caná da Galiléia, foi a primeira demonstração pública, dada por Jesus, do seu poder enviado do Céu. E os seguidores creram que Ele era realmente o Messias.

Jesus viajava por toda a região da Galiléia, ensinando nas sinagogas dos judeus e pregando por toda parte as Boas Novas acerca do Reino dos Céus: ia curando toda espécie de doença e expulsando demônios. A notícia de seus milagres rapidamente se espalhou, de forma que vinha gente para ser curada até de regiões muito distantes, como a Síria. Grandes multidões o seguiam aonde quer que Ele fosse.

Um dia, quando Jesus pregava na praia do Lago de Genezaré, grandes multidões estavam perto dele para ouvir a palavra de Deus. Ele notou que se achavam na beira d'água dois barcos desocupados, enquanto os pescadores lavavam as redes. Entrando num dos barcos, Jesus pediu a Simão (Pedro), seu dono, que o empurrasse um pouco para dentro d'água para que Ele pudesse sentar-Se no barco e dali falar ao povo. Quando acabou de falar Jesus disse a Simão: "Agora saiam mais para o fundo e lancem as redes, que vocês vão pegar muitos peixes!"

Simão respondeu: "Senhor, nós trabalhamos durante a noite toda e não pegamos nada. Porém, se o Senhor diz assim, vamos tentar novamente".

E, desta vez, as redes ficaram tão cheias que começaram a se romper. Chamaram os companheiros de outro barco e em pouco tempo os dois barcos ficaram tão cheios de peixe que quase afundaram. Então, Simão Pedro disse: "Ó Senhor, deixe-nos por favor – eu sou pecador demais para andar ao seu lado". Jesus respondeu: "Não se preocupe! De agora em diante, você estará pescando as almas dos homens!"

Um dia, quando as multidões estavam se reunindo, ele subiu a encosta do monte com seus discípulos, sentou-se e ensinava a todos ali dizendo. "Muito felizes são os humildes! Porque deles é o Reino dos Céus. Felizes são os que choram! Porque serão consolados. Felizes são os mansos e simples! Porque o mundo inteiro pertence a eles. Felizes aqueles que aspiram por ser justos e bons! Porque terão a justiça com toda certeza."

"Felizes os que são amáveis e têm misericórdia dos outros, porque a eles se mostrará misericórdia. Felizes os que têm coração puro, porque verão a Deus. Felizes aqueles que procuram promover a paz – pois serão chamados filhos de Deus. Felizes aqueles que são perseguidos por serem justos, pois o Reino dos Céus é deles".

E Jesus prosseguiu com um longo sermão, dizendo que veio confirmar as leis de Moisés, e fazendo os devidos ajustes.

Dizia Jesus que todos deviam amar os inimigos. Não se devia praticar as boas obras publicamente, para serem admiradas, pois assim não teriam a recompensa do Pai do Céu. Ao darem, esmolas, dizia Jesus para que não ficassem contando a todo mundo, pois assim fazem os hipócritas. Dizia-lhes Jesus para não fazerem oração em público, nas ruas e nas esquinas, para que todos vejam que vocês estão orando, pois assim também faziam os fingidos, mas deveriam orar ao Pai secretamente e a sós, e Ele, que conhece os segredos dos homens, recompensaria-os. Disse mais Jesus: não ficassem recitando sempre a mesma oração, como fazem os pagãos, ensinando-os a orar: "Nosso Pai do Céu, nós adoramos o seu santo nome. Pedimos que seu reino venha logo a nós. Que a sua vontade seja feita aqui na terra, tal como é feita no céu. Dê-nos hoje, outra vez, o nosso alimento, como sempre, e, perdoe-nos os nossos pecados, tal como nós temos perdoados aqueles que pecaram contra nós. Não nos ponha em tentação, mas, livre-nos de todo o mal, porque teu é o reino e o poder e a glória para sempre, amém".

Jesus continuou ainda dizendo à multidão que não se preocupasse em acumular riquezas aqui na terra, onde tudo se pode estragar ou ser roubado. Mas que guardasse coisas preciosas no céu, onde nunca perdem seu valor e estão livres dos ladrões.

E dizia Jesus: "Se as riquezas estiverem no céu, o seu coração também estará lá. Se o seu olho for puro, haverá o brilho do sol na sua alma. Mas se o seu olho estiver coberto de maus pensamentos e maus desejos, você estará em profunda escuridão espiritual. Vocês não podem servir a dois patrões ao mesmo tempo: Deus e o dinheiro, porque amarão a um e odiarão ao outro. Não critiquem, para não serem criticados! Porque como vocês tratam os outros, eles também vão tratar vocês. E por que se preocupar com um cisco no olho de um irmão, quando você tem uma tábua no seu próprio olho? Livre-se da tábua primeiro, assim, você pode enxergar para ajudar a tirar o cisco do olho do seu irmão. Façam aos outros aquilo que vocês querem que eles façam a vocês. Só se pode entrar no céu pela porta estreita! A entrada para o inferno é larga e sua porta é bastante ampla, para todas as multidões que escolherem esse caminho fácil. Mas a porta da vida é pequena e a estrada é estreita, e só uns poucos a encontram. Todos os que ouvem os meus ensinamentos e seguem são ajuizados, como um homem que constrói sua casa na rocha sólida. Embora a chuva caia em torrentes, as enchentes subam e os ventos de tempestades batam contra sua casa, ela não cairá. Porque está construída sobre a rocha. Mas aqueles que ouvem os meus ensinos e não obedecem são loucos, como um homem que constrói a sua casa sobre a areia. Pois quando as chuvas e as enchentes vierem e os ventos de tempestades baterem contra sua casa, ela cairá, fazendo um grande barulho".

As multidões ficavam admiradas com os sermões de Jesus, porque ele ensinava como alguém que tinha grande autoridade, e não como os líderes dos judeus.

Quando Jesus desceu da encosta do monte, grandes multidões o seguiram. Então um leproso se aproximou de Jesus, ajoelhou-se diante dele e disse: "Senhor, se o Senhor quiser pode curar-me". Jesus toca no homem e diz: "Eu quero, fique curado". E na mesma hora a lepra desapareceu. Quando Jesus chegou a Cafarnaum, um capitão do exército romano veio e suplicou-Lhe que viesse à sua casa e curasse seu criado, que estava de cama, paralítico e sofrendo muitas dores. Jesus disse: "Sim, eu vou curá-lo".

Então o oficial disse: "Eu não sou digno de que o Senhor entre em minha casa; e não é necessário que venha; se apenas ficar aqui e disser: 'seja curado', meu criado ficará bom! Eu sei disso, porque também obedeço às ordens dos meus superiores, e de minha parte, tenho autoridade sobre os meus soldados; quando digo a um deles: 'Vá', ele vai; e a outro; 'Venha', ele vem; e a meu escravo: 'Faça isso ou aquilo', ele faz. Por isso sei que o Senhor tem autoridade para dizer à doença dele que saia e ela sairá".

Jesus ficou maravilhado! Voltando-se para a multidão disse: "Eu ainda não vi uma fé assim em toda a terra de Israel! E eu digo isto a vocês: Muitos que não são judeus (como este oficial romano), virão de toda parte do mundo e se sentarão no Reino dos Céus com Abraão, Isaque e Jacó. E muitos israelitas – aqueles para quem o Reino foi preparado – serão lançados na escuridão, do lado de fora, no lugar de choro e tormento".

Então, Jesus disse ao oficial romano: "Vá para casa. Aquilo em que você tinha fé, já aconteceu!". E o rapaz foi curado naquela mesma hora.

Quando Jesus chegou na casa de Pedro, a sogra deste estava de cama com febre alta. Mas quando Jesus pegou na mão dela, a febre passou, ela se levantou e preparou comida para eles!

Naquela tarde, foram trazidas a Jesus diversas pessoas possessas de demônios; e quando Jesus falava apenas uma palavra, todos os demônios fugiam: e todos os doentes eram curados. Isso cumpriu a profecia de Isaías que dizia: "Ele levou nossas enfermidades e carregou nossas doenças" (Isaías, 53:4).

Quando Jesus notou que a multidão estava ficando grande demais, pediu aos discípulos para prepararem o barco para que pudessem atravessar o lago; um dos discípulos disse: "Senhor, deixe-me primeiro ir enterrar meu pai". Mas Jesus lhe disse: "Siga-me agora! Deixe aqueles, que estão espiritualmente mortos, cuidarem dos seus próprios mortos". Então, Ele entrou no barco e começou a atravessar o lago com seus discípulos. De repente, começou uma terrível tempestade, com ondas mais altas do que o barco. Mas Jesus estava dormindo. Os discípulos foram acordar Jesus gritando: "Senhor, salve-nos, estamos afundando!". Mas, Jesus respondeu: "Ó homens de tão pouca fé! Por que vocês estão com medo?"

Então, Ele se levantou, repreendeu o vento e as ondas e a tempestade passou e tudo ficou calmo! Os discípulos ficaram admirados e perguntavam uns aos outros: "Quem é este que até mesmo os ventos e o mar Lhe obedecem?"

Quando chegaram do outro lado do lago, Jesus expulsou os demônios de dois homens que vieram ao seu encontro, e mandou os demônios entrarem numa manada de porcos que passava, e os porcos se atiraram no precipício e morreram todos afogados na água lá em baixo.

Jesus entrou em um barco e foi para Cafarnaum, a cidade onde morava. Logo a notícia de sua chegada espalhou-se pela cidade e a casa onde Ele estava ficou tão cheia de visitas que não havia espaço nem mais para uma pessoa. E Jesus pregava a palavra a eles.

Chegaram, então, quatro homens trazendo um rapaz paralítico em uma esteira. Eles não podiam chegar até Jesus por causa da multidão, e por isso fizeram um buraco no teto, por cima de onde estava Jesus, e fizeram descer o homem doente na esteira, bem na frente de Jesus.

Quando Jesus viu como eles acreditavam tão intensamente que Ele socorreria o amigo deles, disse ao doente: "Filho, os seus pecados estão perdoados!" Mas, alguns dos líderes religiosos judaicos, que estavam sentados ali, diziam entre si: "O quê? Isto é uma blasfêmia! Ele acha que é Deus? Pois só Deus pode perdoar pecados". Jesus pôde ler a mente deles e lhes disse logo: "Por que isso está perturbando vocês? Eu, o Messias, tenho autoridade na terra para perdoar pecados – mas falar é fácil, qualquer um poderia afirmar isso. Porém, Eu posso provar o que estou dizendo, curando este homem".

Então, voltando-se para o paralítico, ordenou-lhe: "Você está curado. Pegue sua esteira e vá embora para casa".

O homem levantou-se em um salto, enrolou a esteira, e abriu caminho no meio dos presentes, cheios de espanto! Então, como eles louvaram a Deus: "Nunca vimos nada igual!" Exclamavam todos!

Quando Jesus descia a estrada, viu um cobrador de impostos, Mateus, sentado num guichê da coletoria. Disse-lhe Jesus: "Venha tornar-se meu discípulo", e Mateus saltou de onde estava e O acompanhou. Mais tarde, quando Jesus e seus discípulos almoçavam na casa de Mateus, muitos outros cobradores de impostos, que tinham a fama de serem desonestos, estavam lá como convidados.

Os fariseus ficaram indignados e perguntaram aos discípulos: "Por que o mestre de vocês se reúne com homens como esses?" E Jesus, tendo ouvido aquilo, respondeu: "Porque as pessoas que estão bem não precisam de médicos! São os doentes que precisam. Meu trabalho aqui na Terra é de insistir com os pecadores que se voltem para Deus, e não com aqueles que se acham bons".

Um rabi de uma sinagoga local veio a Jesus dizer que a sua filhinha havia acabado de morrer, mas ele acreditava que se tão-somente Jesus tocasse nela, esta voltaria a viver. Então, Jesus e os discípulos se dirigiram para a casa do rabi; no caminho, uma mulher, que vivia doente há doze anos com uma hemorragia, tocou na barra do manto de Jesus, pois ela acreditava que bastava ela tocar em Jesus para ser curada. Jesus voltou-se e falou com ela: "Filha, vai tudo bem! A sua fé curou você". E a mulher ficou boa a partir daquele momento.

Quando Jesus chegou à casa do rabi, viu as multidões barulhentas e ouviu a música do enterro e disse: "Ponham todos para fora, porque a menina não está morta; ela só está dormindo!" E todos zombavam e caçoavam dEle. Quando a multidão, finalmente, saiu, Jesus entrou e tomou a menina pela mão, e ela se levantou e viveu novamente! A notícia desse admirável milagre espalhou-se por toda a região.

Quando Jesus estava saindo da casa da menina, dois cegos apareceram gritando: "Ó filho do rei Davi, tenha piedade de nós". Eles foram até a casa onde Jesus morava e Este lhes perguntou: "Vocês crêem que eu posso fazê-los enxergar?" "Sim, Senhor", disseram eles, "nós cremos". Então Jesus pôs a mão nos olhos deles e disse: "Por causa da fé que vocês demonstram, vocês estão curados". E de repente eles puderam ver.

Deixando aquele lugar, Jesus encontrou um homem que não podia falar, porque havia um demônio dentro dele. Jesus expulsou o demônio e imediatamente o homem pôde falar. As multidões ficaram maravilhadas e diziam todos: "Nunca em nossa vida tínhamos visto coisa igual".

Todavia, os fariseus diziam que Jesus expulsava demônios porque estava possesso por Satanás, o rei dos demônios.

Jesus viajava por todas as cidades e vilas daquela região, ensinando nas sinagogas dos judeus e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Em todo lugar aonde Ele ia, curava as pessoas de todas as espécies de doenças. E Ele sentia muita pena das multidões que vinham, porque seus problemas eram tão grandes, e elas não sabiam o que fazer, nem aonde ir buscar socorro. Eram como ovelhas sem pastor.

Então, Jesus disse a seus discípulos: "A safra é tão grande, e os trabalhadores são tão poucos. Portanto, orem Àquele que está encarregado da ceifa, e peçam a Ele que chame mais trabalhadores para os seus campos de colheita".

Jesus chamou seus doze discípulos para junto dele e lhes deu autoridade para expulsar espíritos maus, e para curar toda espécie de doença e enfermidade.

São esses os nomes dos doze discípulos, segundo Mateus:

- Simão (depois Jesus o chamou de Pedro);

- André (irmão de Pedro);

- Tiago (filho de Zebedeu);

- João (irmão de Tiago);

- Filipe;

- Bartolomeu;

- Tomé;

- Mateus (o cobrador de impostos);

- Tiago (filho de Alfeu);

- Tadeu (Judas Tadeu);

- Simão (membro do partido político nacionalista "Os Zelotes");

- Judas Iscariotes (aquele que mais tarde traiu Jesus).

Então, Jesus enviou seus discípulos, dando-lhes várias instruções, tais como:

- Vão pregar somente ao povo de Israel, as ovelhas perdidas de Deus;

- Curem os doentes, ressuscitem os mortos, curem os leprosos e expulsem os demônios;

- Não levem nenhum dinheiro com vocês, nem malas com roupas e calçados, nem bordão, pois aqueles que vocês ajudarem devem alimentar e cuidar de vocês;

- Qualquer uma cidade ou qualquer uma casa que não receber vocês, sacudam de seus pés o pó daquele lugar, quando saírem, pois elas terão o seu castigo;

- Vocês serão como ovelhas entre lobos. Sejam cautelosos como as serpentes e inofensivos como as pombas. Mas cuidado! Pois vocês serão presos, processados e chicoteados nas sinagogas. E vocês devem sofrer julgamento diante de governadores e reis por minha causa. Isso lhes dará a oportunidade de falar-lhes a meu respeito e dar testemunhos ao mundo;

- Não tenham medo daqueles que só podem matar o seu corpo, mas não podem tocar na alma de vocês! Temam apenas a Deus, que pode destruir no inferno a alma e o corpo juntos;

- Não imagine que eu vim trazer paz à Terra! Pelo contrário, vim trazer uma espada. Eu vim para lançar um homem contra seu pai, e uma filha contra sua mãe, e uma nora contra sua sogra. Os piores inimigos de homem estão justamente dentro de sua própria casa! Se você tem amor a seu pai e a sua mãe mais do que a Mim não é digno de ser Meu; e se você ama o seu filho ou a sua filha mais do que a Mim, não é digno de ser Meu. Se você se recusar a apanhar a sua cruz e seguir-Me, não é digno de Mim;

- Se você se agarra à sua vida, você a perderá; mas se a despreza por Mim, você a salvará;

- Aqueles que acolherem vocês, a Mim estarão acolhendo; e quando Me acolhem, estão acolhendo a Deus, que Me enviou;

- Se vocês acolherem um profeta, porque ele é um homem de Deus, receberão a mesma recompensa que um profeta obtém. E se vocês acolherem homens bons e piedosos por causa da sua piedade, receberão recompensa igual a deles;

- E se, como meus representantes, vocês derem até mesmo um copo d'água fria a uma criança, serão seguramente recompensados.

Quando Jesus acabou de dar as instruções aos doze discípulos, saiu pregando nas cidades aonde eles planejavam ir.

Um certo dia, Jesus estava andando com seus discípulos por uns campos de trigo, em um dia de sábado, o dia judaico de adoração, e seus discípulos estavam com fome, por isso começaram a colher espigas de trigo para comer os grãos. Os fariseus, ao verem aquilo, disseram que os discípulos estavam quebrando a lei judaica, que não permitia que se trabalhasse aos sábados. Então, Jesus disse: "Eu, o Messias, sou Senhor até do sábado."

Então, Jesus foi para a sinagoga e notou ali um homem com uma das mãos defeituosa. Os fariseus perguntaram a Jesus: É permitido pela lei trabalhar fazendo curas no dia de sábado?" (Eles estavam esperando que Jesus dissesse "Sim", para que, dessa forma, pudessem prendê-Lo!). A resposta de Jesus foi esta: "Se um de vocês tivesse somente uma ovelha e no sábado ela caísse num poço, trabalharia para salvá-la naquele dia? É claro que trabalharia. E quanto mais vale uma pessoa do que uma ovelha! Sim, é certo fazer o bem no sábado!" Então, Jesus disse ao homem: "Estenda o braço." E quando ele fez isso, sua mão tornou-se normal, igual a outra.

Então, os fariseus convocaram uma reunião para planejar a prisão e a morte de Jesus. Mas Jesus sabia o que estavam planejando, e deixou a sinagoga, com muita gente vindo atrás dEle, e curou todos os doentes que haviam entre eles.

Então, um homem possesso de demônio – ele tanto era cego como não podia falar – foi trazido a Jesus, e curado, de modo que o homem podia falar e enxergar. A multidão ficou admirada e dizia: "Ele é o Messias." Mas, quando os fariseus ouviram acerca do milagre, disseram: "Ele expulsa os demônios porque é Satanás, o rei de todos os diabos." Jesus conhecia seus pensamentos e respondeu: "Um reino dividido acaba em ruína. Uma cidade ou uma casa dividida contra si mesma não pode permanecer. E se Satanás está expulsando Satanás, está lutando contra si mesmo, e destruindo o seu próprio reino. E se, como vocês acusam, Eu estou expulsando demônios por invocação dos poderes de Satanás, então, que poderes utilizam os outros, quando expulsam demônios? Que eles respondam à acusação de vocês! Mas, se eu estou expulsando demônios pelo Espírito de Deus, então, o Reino de Deus já chegou no meio de vocês. Uma pessoa não pode saquear o reino de Satanás sem antes amarrar Satanás. Só assim os seus demônios podem ser expulsos. Todo aquele que não está comigo está contra mim.

Até a blasfêmia contra mim, ou qualquer outro pecado, podem ser perdoados – todos, menos um: falar contra o Espírito Santo; esse pecado nunca será perdoado. Uma árvore é conhecida pelo seu fruto. Uma árvore de boa qualidade dá bom fruto; as de má qualidade dão maus frutos. Ó filhos de serpentes! Como podem homens maus como vocês falar o que é bom e certo? Pois o coração do homem determina o que ele fala. A palavra de um homem bom revela os ricos tesouros do seu íntimo. Um homem de mau coração está cheio de veneno, e sua palavra revela isso.

Eu lhes digo isso: "Vocês, no dia do juízo terão de dar conta de cada palavra que tiverem falado à toa. As suas palavras, agora, refletem o seu destino depois: Por elas, você será justificado ou condenado".

Jesus estava falando em uma casa cheia de gente, então, sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, querendo falar com Ele. Quando alguém Lhe disse que eles estavam ali, Jesus observou: "Quem é minha mãe? Quem são os meus irmãos?" E apontou para os seus discípulos: "Vejam!", disse. "Estes são minha mãe e meus irmãos." E acrescentou: "Todo aquele que obedece ao meu Pai do Céu é meu irmão, minha irmã e minha mãe!".

Mais tarde, naquele mesmo dia, Jesus saiu de casa e desceu para a beira da praia, onde logo se juntou uma imensa multidão. Ele entrou em um barco e ensinava dali, enquanto o povo ouvia da praia. E Jesus usava muitas ilustrações, tais como esta:

"Um lavrador resolveu semear um pouco de grão. Enquanto ele o espalhava pelo campo, uma parte da semente caiu no caminho, e vieram as aves, apanharam o grão duro e comeram. Uma parte caiu em solo raso com pedras por baixo. Cresceu muito depressa, mas logo murchou debaixo do sol quente e morreu, porque as raízes não tinham alimentação. Outras sementes caírem entre espinhos que cresceram depressa e sufocaram as plantas tenras, de modo que elas não produziram nenhum grão. Mas, algumas das sementes caíram em terra boa e deram 30, 60 e até 100 vezes mais do que havia plantado! Se vocês têm ouvido, ouçam!"

Os discípulos perguntaram o que significava aquela história, e Jesus explicou: "O lavrador sobre o qual eu falei é qualquer um que leva a mensagem de Deus aos outros, tentando plantar a boa semente na vida deles. O caminho duro, onde um pouco da semente caiu, representa o coração duro de alguns daqueles que ouvem a mensagem de Deus; Satanás vem e imediatamente faz com que esqueçam tudo. A terra pedregosa representa o coração daqueles que ouvem a mensagem com alegria, mas, tal como plantas tenras num solo assim, as raízes deles não vão muito fundo e, embora a princípio andem bem, logo que começam as perseguições por causa da fé eles murcham. A terra espinhosa representa o coração das pessoas que ouvem as boas novas e as recebem. Porém, bem depressa chegam as atrações deste mundo, as delícias da riqueza, a busca do êxito, a sedução das coisas boas e sufocam a mensagem de Deus no coração delas, de modo que não dão fruto nenhum. Mas a terra boa representa o coração daqueles que verdadeiramente aceitam a mensagem divina e dão uma colheita abundante para Deus - 30, 60, ou até mesmo 100 vezes tanto quanto foi plantado no coração deles".

Jesus contou aos discípulos várias outras ilustrações. Quando ele terminou de contar as ilustrações, voltou para Nazaré da Galiléia e lá ensinava na sinagoga e deixava todos admirados, com sua sabedoria e seus milagres.

O povo exclamava: "Como é possível isto! Ele é apenas o filho de um carpinteiro, e nós conhecemos Maria, sua mãe, e seus irmãos – Tiago, José, Simão e Judas. E suas irmãs – elas todas moram aqui. Como é que Ele pode ser tão importante"? E assim iam ficando com raiva (inveja) de Jesus. Então, Jesus lhes disse: "Um profeta é prestigiado em toda a parte, menos na sua própria terra, e entre seu próprio povo!" Por isso Jesus fez poucos milagres em Nazaré, por causa da falta de fé que o povo tinha.

Quando o rei Herodes ouviu a respeito de Jesus, imaginou que fosse João Batista que tinha voltado a viver novamente, pois Herodes tinha mandado acorrentar João na prisão por exigência de sua esposa Herodias, ex-esposa de Filipe, irmão de Herodes. Isso porque João tinha dito que estava errado o casamento de Herodes com Herodias, sua cunhada. Herodes quis matar João, mas estava com medo de uma revolta, porque o povo todo acreditava que João era um profeta.

Mas, na festa de aniversário de Herodes, a filha de Herodias executou uma dança que agradou muito ao rei; por isso, ele jurou dar-lhe qualquer coisa que ela quisesse! Então, por insistência de sua mãe, a moça pediu a cabeça de João Batista numa bandeja! O rei ficou aflito, mas, por causa do seu juramento, e porque não queria voltar atrás diante de seus convidados, deu as ordens necessárias. E assim João foi degolado na prisão, e sua cabeça foi trazida numa bandeja e entregue à moça, que a levou à sua mãe. Então, os discípulos de João vieram em busca do seu corpo e o sepultaram; depois, foram contar a Jesus o que havia acontecido.

Logo que Jesus recebeu a notícia, saiu sozinho num barco para uma região distante, a fim de ficar só. Mas o povo viu para onde Ele tinha ido, e de muitas vilas seguiram Jesus por terra. Assim, quando Jesus saiu do barco, uma vasta multidão estava esperando por Ele. Jesus teve pena deles e curou os seus doentes.

Naquela tarde, os discípulos vieram a Jesus e disseram: "Já passou a hora do jantar, e não há nada para comer aqui no deserto; mande este povo embora, para que eles possam ir às vilas e comprar alguma comida." Mas Jesus respondeu: "Isto não é necessário – vocês é que devem alimentar a multidão!" "Como!?", exclamaram eles. "Nós só temos cinco pãezinhos e dois peixes!" "Tragam isso aqui", disse Jesus. Então, ele mandou o povo sentar-se na grama; tomou os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos para os céus e pediu a bênção de Deus sobre a refeição; logo partiu os pães e deu aos discípulos para colocarem diante do povo. E cada um comeu até ficar satisfeito!

Quando os restos foram recolhidos havia doze cestos de sobra. (cerca de 5.000 homens estavam na multidão, naquele dia, além de mulheres e crianças). Logo depois disso, Jesus mandou que os discípulos entrassem no barco e atravessassem para o outro lado, enquanto Ele permanecia ali, a fim de despedir o povo para suas casas.

Então, feito isso, Ele subiu à montanha para orar. Caiu a noite, e lá no lago os discípulos estavam em dificuldades, pois o vento tinha se levantado e eles lutavam com o mar, que estava muito agitado. Perto das quatro horas da madrugada, Jesus veio até eles, caminhando por cima da água! Eles gritaram de medo, pois pensaram que fosse um fantasma. Mas Jesus logo os tranqüilizou, dizendo: "Não tenham medo, sou Eu!" Então, Pedro gritou: "Senhor, se realmente é o Senhor, diga-me que vá caminhando por cima da água até onde o Senhor está." Disse Jesus: "Pois não, venha."

Assim, Pedro saiu do barco e caminhou por cima da água na direção de Jesus. Mas quando ele olhou em volta, para as ondas altas, ficou cheio de pavor e começou a afundar. "Salve-me, Senhor!", gritou ele. No mesmo instante Jesus lhe estendeu a mão e o salvou, dizendo: "Ó homem de tão pequenina fé, por que você duvidou?" E quando eles subiram no barco o vento parou.

Um dia, quando Jesus chegava a Cesaréia de Filipe, perguntou aos seus discípulos: "Quem é que o povo está dizendo que eu sou?" Eles responderam: "Alguns dizem que o Senhor é João Batista; outros, que é Elias; outros, que é Jeremias, ou um dos outros profetas." Então, Jesus perguntou aos discípulos: "E vocês, quem pensam que eu sou?" Simão Pedro respondeu: "O Cristo, o Messias, o Filho do Deus vivo." Disse Jesus: "Deus abençoou você, Simão, filho de Jonas, porque meu pai do céu revelou isso pessoalmente a você – e isto não vem de nenhuma fonte humana. Você é Pedro, uma pedra; e sobre esta rocha edificarei a minha igreja; e todas as forças do inferno não prevalecerão contra ela. E Eu darei a você as chaves do Reino dos Céus; todas as portas que você fechar na Terra, terão sido fechadas no céu; e todas as portas que você abrir na Terra, terão sido abertas no céu!"

Daí em diante Jesus começou a falar claramente a seus discípulos sobre a ida a Jerusalém, e o que aconteceria a ele por lá – que ele sofreria nas mãos dos líderes dos judeus, que seria morto e que três dias depois seria levantado novamente para a vida. Mas, Pedro censurou Jesus dizendo que isso jamais aconteceria, pois Deus não permitiria. Jesus voltou-se para Pedro e disse: "Afaste-se de mim, Satanás! Você é uma armadilha perigosa para mim. Você está pensando apenas do ponto de vista humano e não do ponto de vista de Deus."

Então, Jesus disse aos discípulos: "Se alguém quer ser um dos meus seguidores, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me, porque todo aquele que conserva a sua vida, para si mesmo, vai perdê-la; e todo aquele que perder a sua vida por Mim, vai achá-la novamente. Que vantagem há em alguém ganhar o mundo inteiro – e perder a vida eterna? O que se pode comprar com o valor da vida eterna? Porque Eu, o Filho da Humanidade, virei com meus anjos na glória do meu Pai, e julgarei cada pessoa de acordo com as suas obras. E alguns de vocês, que estão aqui nesse momento, viverão para Me ver chegando no meu Reino."

Seis dias depois, Jesus levou Pedro, Tiago e seu irmão João para cima de um monte alto e solitário e, enquanto eles observavam, o seu aspecto mudou de tal maneira que seu rosto brilhava como o sol, e suas roupas tornavam-se tão brancas, que faziam doer a vista. De repente, Moisés e Elias apareceram e falavam com Ele. Pedro disse: "Senhor, é maravilhoso que nós possamos estar aqui! Se o Senhor quiser, eu farei três abrigos: um para o Senhor, outro para Moisés e outro para Elias."

Mas, assim que ele disse isso, uma nuvem brilhante veio sobre eles, e uma voz da nuvem disse: "Este é o meu Filho amado, em Quem tenho muita alegria. Obedeçam a Ele." Com isso, os discípulos caíram ao chão com o rosto em terra, tremendamente assustados. Jesus veio e os tocou. "Levantem-se", disse Ele, "não tenham medo." E quando eles olharam, só Jesus estava com eles.

Quando desciam do monte, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, até depois que Ele tivesse ressuscitado.

Quando acabaram de descer o monte, uma imensa multidão esperava por eles, então, um homem trouxe a Jesus o seu filho, que era doente mental e se jogava no fogo e na água a todo o momento, e os discípulos não tinham conseguido curá-lo. Jesus disse: "Ó gente sem fé e teimosa! Até quando eu terei que suportar vocês?" Jesus repreendeu o demônio e o rapaz ficou curado. Os discípulos perguntaram a Jesus por que eles não tinham conseguido expulsar aquele demônio. E Jesus respondeu: "Por causa da fé pequenina de vocês. Porque se vocês tivessem fé ao menos do tamanho de uma minúscula semente de mostarda, poderiam dizer a esta montanha: 'Saia daqui!' e ela iria para bem longe. Nada seria impossível."

Um dia, quando eles ainda estavam na Galiléia, Jesus lhes disse: "Eu serei entregue ao poder daqueles que me matarão, e ao terceiro dia depois disso, vou ressuscitar." E o coração dos discípulos encheu-se de tristeza e pavor.

Ao chegarem a Cafarnaum, os cobradores do imposto para o templo vieram a Pedro e lhe perguntaram: "O mestre de vocês não paga impostos?" "Claro que Paga", respondeu Pedro. Então, ele entrou em casa para falar com Jesus sobre isso, mas antes que ele tivesse oportunidade de falar, Jesus perguntou: "Que acha você Pedro? Os reis impõem impostos sobre o seu próprio povo, ou sobre os estrangeiros subjugados?" E Pedro respondeu: "Sobre os estrangeiros."

Então, Jesus disse: "Ora bem, os cidadãos não pagam! Contudo, nós não queremos ofender ninguém; portanto, vá à beira d'água e lance um anzol, e abra a boca do primeiro peixe que pegar. Você vai achar aí uma moeda suficiente para pagar os impostos por nós dois; pegue a moeda e pague-lhes."

Alguns fariseus vieram interrogar Jesus, procurando fazê-Lo cair numa armadilha e dizer alguma coisa que o prejudicasse. Perguntaram eles: "O Senhor autoriza o divórcio?" Jesus respondeu: "Vocês não lêem as Escrituras? Nelas está escrito que no começo Deus criou o homem e a mulher, e que um homem deve deixar seu pai, sua mãe, e unir-se para sempre à sua esposa. Os dois se tornarão um – não mais serão dois, mas um! E nenhum homem pode separar o que Deus ajuntou."

Traziam criancinhas a Jesus para que ele pusesse a sua mão sobre elas e orasse. Mas os discípulos repreendiam aqueles que as traziam. Então, Jesus disse: "Não proíbam que as criancinhas venham a mim, porque delas é o Reino dos Céus." E Ele pôs suas mão sobre as cabeças delas e as abençoou antes de ir embora.

Quando Jesus estava a caminho de Jerusalém, chamou os doze discípulos à parte e falou a respeito do que aconteceria a ele quando chegassem: "Eu serei entregue aos principais sacerdotes e outros líderes judeus, que me condenarão à morte. E me entregarão ao governo romano. Eu serei torturado e crucificado, e no terceiro dia vou ressuscitar."

Quando Jesus e os discípulos se aproximavam de Jerusalém, no monte das oliveiras, Jesus enviou dois deles na frente até a vila. E disse Jesus aos dois: "Logo ao entrar na cidade vocês verão uma jumenta amarrada ali, com sua cria ao lado. Desamarrem as duas e tragam para cá. E se alguém perguntar o que estão fazendo, digam apenas: 'O Mestre precisa deles', e não haverá dificuldades."

Os dois discípulos trouxeram os animais e puseram suas roupas em cima do jumentinho, para que Jesus montasse.

Alguns da multidão punham seus casacos ao longo da estrada, à frente dEle; outros cortavam ramos das árvores e espalhavam diante dEle. O povo seguia Jesus gritando: "Viva o Filho do Rei Davi!"... "O Homem de Deus está aqui!"... Abençoa-O, Senhor!"

Toda a cidade de Jerusalém ficou agitada, quando Jesus entrou. E perguntavam: "Quem é este?" E o povo respondia: "É Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia."

Jesus entrou no templo, expulsou os negociantes e derrubou as barracas dos que vendiam pombos. Declarou Jesus: "As Escrituras dizem que o meu templo é um lugar de orações, mas vocês o transformaram num covil de ladrões."

E ali Jesus curou muitos cegos e aleijados que o procuravam. Mas os principais líderes religiosos, quando viram aqueles milagres, ficaram irritados.

Os fariseus se reuniram tentando achar uma forma de apanhar Jesus dizendo alguma coisa errada que servisse de motivo para O prenderem. Então perguntaram a Jesus se era certo pagarem impostos ao governo romano ou não. Jesus percebeu a intenção deles e disse: "Seus fingidos! A quem vocês estão querendo fazer de tolo, com suas perguntas astutas? Vamos, mostrem-me uma moeda." Puseram na mão dEle, então, uma pequena moeda. E Jesus perguntou: "De quem é o retrato desenhado nela, e de quem é o nome abaixo do retrato?" "De César", responderam. Disse Jesus: "Então, dêem a moeda a César, se é dele, e dêem a Deus tudo quanto pertence a Deus." Essa resposta confundiu os fariseus e eles foram embora. Todavia, naquele mesmo dia, ainda fizeram várias perguntas a Jesus, tentando apanhá-Lo em contradição, mas Jesus sempre se saía bem.

Então, um doutor da lei perguntou: "Senhor, qual é o mandamento mais importante nas leis de Moisés?" Jesus respondeu: "Ame ao Senhor seu Deus de todo o seu coração, sua mente e sua alma. Este é o primeiro e o maior mandamento. O segundo em importância é parecido: 'Ame ao seu semelhante tanto como ama a você mesmo'. Todos os outros mandamentos e todas as exigências dos profetas nascem dessas duas leis, e se cumprem se você lhes obedecer. Guarde apenas estas e descobrirá que está obedecendo a tudo mais."

Após isso, Jesus faz um longo discurso, condenando várias atitudes e costumes dos fariseus e líderes religiosos, e chamando-os de hipócritas, fingidos, serpentes, filhos de víbora, etc.

Terminado o sermão, Jesus disse aos discípulos: "Como vocês sabem, a celebração da Páscoa começa dentro de dois dias, e Eu serei traído e crucificado."

Enquanto isso, os sacerdotes principais e outros oficiais dos judeus estavam reunidos na residência de Caifás, o supremo sacerdote, para discutirem meios de prender Jesus, sem o povo saber, e matá-lo. No entanto, eles combinaram que não seria durante a celebração da Páscoa, porque assim haveria uma revolta.

Jesus seguiu dali para Betânia, para a casa de Simão, o leproso. Enquanto ele estava comendo, uma mulher entrou com um frasco de perfume muito caro e derramou em cima da cabeça dEle. Os discípulos ficaram revoltados, pois acharam que a mulher poderia ter vendido o perfume e dado o dinheiro aos pobres. Mas Jesus sabia o que eles estavam pensando e disse: "Por que vocês estão achando ruim a ação desta mulher? Pois ela fez uma boa coisa para Mim; vocês sempre terão os pobres aqui, mas nem sempre terão a Mim. Ela derramou este perfume em Mim para preparar o meu corpo para o sepultamento. E será sempre lembrada por este feito. A história do que ela fez será contada pelo mundo todo, em todos os lugares onde a Boa Nova for pregada."

Então, Judas Iscariotes, um dos doze discípulos, foi aos sacerdotes principais e perguntou: "Quanto vocês me pagarão para eu pôr Jesus nas suas mãos?" E eles lhe deram trinta moedas de prata. Daquela hora em diante, Judas procurava uma oportunidade de entregar Jesus a eles.

No primeiro dia das cerimônias da Páscoa, quando o pão feito com fermento era retirado de todos os lares dos judeus, os discípulos vieram a Jesus e perguntaram onde fariam os preparativos para comemorar a Páscoa. Jesus, então, orientou que eles deveriam ir à cidade e lá haveria um homem, em cuja casa eles preparariam a ceia da Páscoa. E assim eles fizeram.

Naquela noite, quando Jesus se acomodou para comer com os doze, disse: "Um de vocês me trairá." A tristeza caiu sobre os corações deles, e cada um perguntou: "Serei eu?" Jesus respondeu: "É aquele que eu servi primeiro," "porque eu devo morrer, tal como foi profetizado, mas ai do homem por quem Eu serei traído. Seria muito melhor para ele que nunca tivesse nascido." Judas também Lhe tinha perguntado: "Mestre, serei eu? E Jesus respondeu: "Sim."

Quando eles estavam comendo, Jesus tomou o pão e o abençoou, o partiu e deu aos discípulos dizendo: "Tomem e comam, porque isso é o meu corpo que é dado por vocês." Depois tomou um cálice de vinho, deu graças e o entregou aos discípulos dizendo: "Cada um beba dele, porque isso é o meu sangue, que faz a Nova Aliança. Ele será derramado para perdoar os pecados de muitos". Depois que eles cantaram um hino, saíram para o Monte das Oliveiras.

Então Jesus lhes disse: "Esta noite vocês todos Me abandonarão. Mas depois que eu tiver ressuscitado, irei para a Galiléia e Me encontrarei com vocês lá". Pedro disse: "Se todos os outros abandonarem o Senhor, eu não." Jesus lhe disse: "A verdade é que nessa mesma noite, antes que o galo cante de madrugada, você me negará três vezes!" "Antes disso, eu morreria", insistiu Pedro. E todos os outros discípulos disseram a mesma coisa.

Jesus levou os discípulos para um bosque ajardinado, chamado de Getsêmani, e ali Jesus se sentiu cheio de angústia e tristeza, e orou a Deus: "Meu Pai! Se for possível, que este cálice seja tirado de Mim. Contudo, faça a sua vontade e não a minha."

Jesus veio aos discípulos e disse: "Chegou a hora: Eu sou entregue nas mãos de homens pecadores! Levantem-se! Vamos andando! Vejam! Aí vem o homem que está Me traindo!"

Naquela mesma hora, enquanto Ele ainda falava, Judas, um dos doze, chegou com uma grande multidão armada de espada e cacetes, enviada pelos líderes dos judeus. Judas havia dito a eles que prendessem o homem que ele cumprimentasse com um beijo. Judas se dirigiu para Jesus e disse: "Mestre", e o cumprimentou com um beijo. Jesus disse: "Amigo, faça logo aquilo para que você veio". Então, os homens agarraram e prenderam Jesus. Um dos homens que estavam com Jesus (este era Pedro, segundo João) puxou uma espada e cortou a orelha do criado do supremo sacerdote. Disse Jesus: "Guarde a sua espada, aqueles que usam espadas acabarão mortos." Então, Jesus pegou a orelha do criado e a colocou no lugar e imediatamente ficou sarada.

Jesus falou à multidão: "Será que eu sou algum assaltante perigoso, para vocês virem armados de espadas e cacetes para Me prenderem? Eu estava com vocês, ensinando diariamente no templo e vocês não me prenderam naquela ocasião. Mas tudo isso está acontecendo para cumprir as palavras dos profetas registradas nas escrituras."

Naquele momento, todos os discípulos abandonaram Jesus e fugiram. Então, a multidão levou Jesus para a casa do supremo sacerdote Caifás, onde todos os líderes dos judeus estavam reunidos. Enquanto isso, Pedro ia seguindo atrás, de longe, e chegou ao pátio da casa do supremo sacerdote. Entrou ali e sentou-se com os soldados, esperando para ver o que iriam fazer com Jesus.

Os sacerdotes principais e o Supremo Tribunal Judaico inteiro reuniram-se lá e procuravam testemunhas que mentissem a respeito de Jesus, a fim de formarem contra Ele um processo que desse como resultado uma sentença de morte. Embora eles achassem muitos que concordaram em dar testemunhos falsos, elas sempre se contradiziam umas as outras.

Finalmente, acharam dois homens que declararam: "Este homem disse: 'Eu sou capaz de destruir o templo de Deus e construí-lo em três dias'." Então o supremo sacerdote levantou-se e disse a Jesus: "Bem, e então? Disse ou não disse isso?" Mas Jesus permaneceu calado. Nisso, o supremo sacerdote disse-Lhe: "Eu ordeno, no nome do Deus Vivo, que nos declare se você diz é o Messias, o Filho de Deus." Jesus disse: "Sim, eu sou. E no futuro vocês me verão, o Messias, sentado à direita de Deus, voltando nas nuvens do Céu."

Então, o supremo sacerdote rasgou suas próprias vestes gritando: "Blasfêmia! Que necessidade nós temos de outras testemunhas? Todos ouviram o que Ele disse! Qual é a sentença de vocês?" Eles bradaram: "Morte! - Morte! - Morte!" Então, cuspiram-Lhe no rosto e bateram nEle a socos e tapas, dizendo: "Messias, profetize para nós! Quem foi que lhe bateu agora?"

Enquanto isso, Pedro estava sentado do lado de fora do pátio. Veio uma moça e lhe disse: "Você estava com Jesus, porque vocês dois são da Galiléia". Mas Pedro negou em voz alta: "Eu não sei nem do que você está falando", disse Pedro zangado. Mais tarde, fora do portão, outra moça viu Pedro e disse aos que estavam por perto: "Este homem estava com Jesus de Nazaré". Pedro negou novamente, dessa vez com juramento. "Eu nem conheço esse homem", disse ele. Mas depois de um momento, os homens que estavam ali vieram a ele e disseram: "Nós sabemos que você é um dos discípulos dEle, pois o seu modo de falar é galileu!" Pedro começou a maldizer e jurar. "Eu nem conheço esse homem", dizia ele.

E, imediatamente, o galo cantou. Então Pedro lembrou-se do que Jesus havia dito: "Antes que o galo cante, você me negará três vezes". Então, saiu chorando amargamente.

Quando amanheceu, os sacerdotes principais e os líderes dos judeus reuniram-se outra vez para discutir a maneira de convencer o governo romano a sentenciar Jesus à morte. Então, eles mandaram Jesus acorrentado a Pilatos, o governador romano.

Nisso, Judas, o traidor, quando viu que Jesus tinha sido condenado à morte, com muito remorso pelo que tinha feito, trouxe de volta o dinheiro aos sacerdotes principais e aos outros líderes dos judeus. E declarou ele: "Eu pequei, porque traí um homem inocente". Eles responderam: "O problema é seu".

Então, Judas atirou o dinheiro no chão do templo, saiu e foi se enforcar.

Agora, Jesus estava de pé diante de Pilatos, o governador romano, e este perguntou a Ele: "Você é o Messias dos judeus?" "Sim", respondeu Jesus. Mas quando os sacerdotes principais e os outros líderes dos judeus fizeram suas numerosas acusações contra Ele, Jesus ficou calado.

"Você não ouve o que eles estão dizendo?", perguntou Pilatos. Mas Jesus não disse nada, para grande surpresa do governador.

Era costume do governador romano soltar um prisioneiro judeu por ocasião da festa da Páscoa - qualquer um que eles quisessem. Encontrava-se também preso um criminoso muito famoso, chamado Barrabás.

Quando o povo se reuniu diante da casa de Pilatos, naquela manhã, ele perguntou: "Quem é que eu soltarei para vocês - Barrabás ou Jesus, seu Messias?", pois ele sabia muito bem que os líderes dos judeus tinham prendido Jesus por inveja, em virtude de sua popularidade entre as multidões.

Nesse momento, enquanto Pilatos estava presidindo o tribunal, a esposa dele mandou-lhe esse recado: "Deixe esse bom homem, porque essa noite eu tive um pesadelo com ele".

Enquanto isso, os sacerdotes principais e os oficiais dos judeus convenceram o povo a pedir a liberdade de Barrabás e a morte de Jesus. Então, quando o governador perguntou outra vez qual dos dois deveria soltar, a multidão respondeu gritando: "Barrabás!". "E que farei de Jesus, o Messias de vocês?", perguntou Pilatos. Eles gritaram: "Crucifique-o!" Pilatos perguntou. "Por quê? Que foi que ele fez de ruim?" Porém, eles continuaram gritando: "Crucifique! Crucifique!"

Quando Pilatos viu que não estava obtendo resposta e que começava a se formar uma confusão, mandou buscar uma bacia d'água e lavou as mãos diante da multidão, dizendo: "Eu estou inocente do sangue deste homem bom. A responsabilidade é de vocês!" E a multidão gritou: "Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos". Então, Pilatos soltou-lhes Barrabás; depois, mandou chicotear Jesus e o entregou aos soldados romanos para que fosse crucificado.

Primeiro, entretanto, eles levaram Jesus para o pátio do quartel e chamaram a tropa toda. Tiraram-Lhe a roupa e vestiram-Lhe um manto vermelho. Fizeram uma coroa de longos espinhos e colocaram na cabeça de Jesus, e puseram-Lhe uma vara na mão direita, como se fosse um cetro, e, ajoelhando-se diante dele, em sinal de zombaria, eles gritavam: "Salve, Rei dos Judeus". E cuspiam nele, tomavam a vara da mão dele e batiam-lhe com ela na cabeça.

Depois das zombarias, eles tiraram o manto e O vestiram novamente com suas próprias roupas, e o levaram para fora, a fim de crucificá-Lo. Quando estavam a caminho do lugar da execução, encontraram um homem de Cirene, na África – o nome dele era Simão –, e o forçaram a carregar a cruz de Jesus. Então, saíram para um lugar conhecido como Gólgota, isto é, Monte da Caveira, onde os soldados deram vinho narcotizante para Ele beber, mas quando Ele experimentou, rejeitou-o. Depois da crucificação, os soldados jogaram dados para dividir entre si as roupas dEle.

Depois, sentaram-se em volta e ficaram montando guarda, enquanto Ele estava pendurado na cruz. E puseram uma tabuleta por cima da cabeça dEle, com os dizeres: "Este é Jesus, o Rei dos Judeus". Dois assaltantes foram crucificados também ali, naquela manhã, um de cada lado de Jesus. E o povo que passava caçoava dele com piadas.

Naquela tarde, a Terra inteira ficou escura durante três horas, desde o meio dia até as três da tarde. Perto da três horas, Jesus clamou: "Eli, Eli, lamá sabactâni?", que quer dizer: "Meu Deus, meus Deus, por que o Senhor me abandonou?" Jesus clamou outra vez, entregou o espírito e morreu. Naquele mesmo instante, a cortina que separava o Lugar Santíssimo do templo foi rasgada de cima até em baixo; a Terra estremeceu e as rochas se partiram. Alguns túmulos se abriram e muitos homens e mulheres piedosos, que tinham morrido, ressuscitaram! Deixaram o cemitério depois da ressurreição de Jesus, entraram em Jerusalém e lá apareceram a muita gente! Os soldados da crucificação e o sargento deles tiveram muito medo do terremoto e de tudo que aconteceu. E exclamaram: "Verdadeiramente, este era o Filho de Deus".

Muitas mulheres que tinham vindo da Galiléia com Jesus, para cuidar dEle, olhavam de longe. Entre elas estava Maria Madalena, Maria mãe de Jesus, de Tiago e de José e a mãe de Tiago e João (os filhos de Zebedeu).

Quando anoiteceu, um homem rico de Arimatéia, chamado José, um dos seguidores de Jesus, foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus para sepultar. Pilatos autorizou. José, então, pegou o corpo, enrolou-o numa peça limpa de linho e colocou no seu próprio túmulo, aberto há pouco tempo na rocha. Quando foi embora, rolou uma grande pedra para fechar a entrada. Tanto Maria Madalena quanto Maria, a mãe de Jesus, estavam sentadas ali perto, olhando.

No dia seguinte – no encerramento do primeiro dia das cerimônias da Páscoa –, os sacerdotes principais e os fariseus foram a Pilatos e lhe disseram: "Senhor, aquele mentiroso uma vez disse: 'Depois de três dias Eu vou ressuscitar!' Portanto, pedimos que o senhor mande fechar o túmulo até o terceiro dia, para que os discípulos dEle não venham roubar o seu corpo, e depois digam a todo mundo que Ele ressuscitou! Se isso acontecer, nós estaremos em pior situação do que antes." Disse Pilatos: "Usem a própria polícia do templo de vocês. Eles podem guardar o túmulo com toda a segurança".

Assim, eles lacraram a pedra e puseram guardas para proteger o túmulo contra qualquer pessoa que aparecesse ali.

Domingo de manhã, bem cedo, quando um novo dia estava nascendo, Maria Madalena, Maria, a mãe de Tiago, e Salomé foram ao túmulo. De repente, ouviram um grande terremoto, porque um anjo do Senhor desceu do Céu, rolou a pedra para um lado e se sentou nela. O rosto do anjo brilhava como um relâmpago, e a roupa dele era de uma brancura brilhante. Quando viram o anjo, os guardas tremeram de medo, desmaiaram e ficaram como mortos. Então o anjo falou às mulheres: "Não tenham medo, eu sei que vocês procuram Jesus, que foi crucificado. Porém, Ele não está aqui! Ressuscitou, tal como disse que faria. Entrem e vejam onde o seu corpo estava deitado. Agora, vão depressa e contem aos seus discípulos que Ele ressuscitou, e que vai para a Galiléia, a fim de encontrar todos lá. Este é o meu recado para eles".

As mulheres correram do túmulo, muito assustadas, mas também cheias de alegria, e foram depressa procurar os discípulos para dar o recado do anjo. Quando elas estavam correndo, de repente, apareceu Jesus na frente delas! "Bom dia", disse Ele. Elas caíram em terra diante dEle, segurando seus pés e adorando-O

Então, Jesus disse-lhes: "Não tenham medo! Vão dizer aos meus irmãos que partam imediatamente para a Galiléia, para se encontrarem comigo lá".

Enquanto as mulheres iam para a cidade, alguns dos policiais do templo que estavam guardando o túmulo foram aos sacerdotes principais e contaram o que tinha acontecido. Convocou-se uma reunião de todos os líderes dos judeus, e decidiram pagar os guardas para dizerem que, enquanto todos eles estavam dormindo, os discípulos de Jesus vieram durante a noite e roubaram o corpo de Jesus. "Se o governador ouvir a respeito disso", prometeu o Conselho, "nós defenderemos vocês e tudo ficará bem".

Assim, os guardas receberam o dinheiro e falaram o que lhes foi mandado que falassem. A história deles espalhou-se entre os judeus, e ainda é repetida assim, até o dia de hoje.

Então, os onze discípulos partiram para a Galiléia, e foram para a montanha onde Jesus tinha dito que eles O encontrariam. Lá, eles O encontraram e O adoraram, mas alguns deles não estavam convencidos de que era realmente Jesus!

Ele disse aos discípulos: "Toda a autoridade no Céu e na Terra foi entregue a mim. Portanto, vão e façam discípulos em todas as nações, batizando-os no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e depois ensinem esses novos discípulos a obedecerem a todas as ordens que Eu lhes dei: e tenham certeza disso – que Eu estarei sempre com vocês, até o fim do mundo".

Quando o Senhor Jesus acabou de falar com eles, foi levado em uma nuvem, para o Céu, e sentou-Se à direita de Deus Pai, Todo Poderoso. E os discípulos foram a toda parte pregando, e o Senhor estava com eles e confirmava o que eles diziam, por meio dos milagres que seguiam suas mensagens.

O Caminho de Jesus Cristo até o Calvário é conhecido com o nome de VIA DOLOROSA, também chamado de VIA SACRA, cujo trajeto tem apenas 600 metros com 14 Estações que marcam os pontos mais importantes desse caminho, as quais compreendem:

ESTAÇÃO I - Jesus é condenado à morte. Aqui começa a Via Dolorosa, também chamada Via Crucis. No Pátio de el-Omariye, ao norte do Pátio do Templo, Jesus foi condenado à morte pelo governador romano Pôncio Pilatos.

ESTAÇÃO II – Jesus leva a cruz às costas. Os peregrinos seguem até o Mosteiro do Flagelo. Na entrada do templo, Jesus foi chicoteado pelos soldados romanos. De acordo com uma lenda do século XVI, nesse local pode-se ouvir os gemidos e o estalar do chicote dos soldados que flagelaram Jesus.

ESTAÇÃO III - Jesus cai pela primeira vez. O Arco de Ecce Hommo: nesse local, Pilatos apresentou Jesus à multidão: Ecce Hommo ("Eis aqui o homem"). Carregando a pesada cruz nas costas, foi nesse ponto que Jesus Cristo caiu pela primeira vez.

ESTAÇÃO IV – Encontro de Jesus com sua Mãe. Representa o encontro de Jesus com Maria. Aqui fica a Igreja de Nossa Senhora das Dores. Segundo os cristãos, as pegadas de sandálias que são vistas na cripta do templo são de Maria, que tentava ver seu filho a caminho da crucificação.

ESTAÇÃO V - Jesus é ajudado por Simão Cireneu a levar a cruz. Na rua de Hagai, vê-se a marca de uma mão sobre a parede da primeira casa à esquerda. Dizem que Cristo a deixou, ao tentar se equilibrar. Aqui Simão de Cirene O ajudou a carregar a cruz.

ESTAÇÃO VI – Verônica enxuga o rosto de Jesus. A Sexta Estação marca o local onde Santa Verônica limpou o rosto de Jesus com um lenço. Não há na Bíblia o registro dessa passagem, que é considerada pelos cristãos uma "verdade de fé".

ESTAÇÃO VII – Jesus cai pela segunda vez. Mais adiante, na Sétima Estação, Cristo caiu pela segunda vez. O lugar é assinalado por uma pequena capela franciscana. Essa passagem também não é citada em nenhum dos quatro evangelhos.

ESTAÇÃO VIII – Jesus exorta as filhas de Jerusalém. "Filhas de Jerusalém, não choreis por mim. Chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos." Segundo o Evangelho de São Lucas, nesse ponto do caminho, Jesus parou e disse isso às mulheres, que sofriam com seu flagelo.

ESTAÇÃO IX – Jesus cai pela terceira vez. A Nona Estação fica num mosteiro etíope e representa o lugar onde Jesus caiu pela terceira vez. Não há, nos evangelhos, o registro desse fato.

ESTAÇÃO X - Jesus é despojado de suas vestes. As estações restantes localizam-se na Basílica do Santo Sepulcro. A décima fica numa capela e foi lá que Jesus teve suas roupas arrancadas pelos soldados romanos.

ESTAÇÃO XI – Jesus é pregado na cruz. O percurso continua até que os peregrinos chegam ao Altar da Pregação. Nesse momento, embora o local esteja sempre cheio, faz-se silêncio. É a Décima Primeira Estação, onde Jesus foi crucificado.

ESTAÇÃO XII – Jesus morre na cruz. O clima de contrição chega ao auge na Décima Segunda Estação. Diante do Altar da Crucificação, os visitantes se ajoelham: foi ali que Cristo morreu.

ESTAÇÃO XIII – Jesus é descido da cruz. Essa estação é o lugar onde Maria segura o filho morto nos braços. A cena foi retratada por diversos artistas. Na Bíblia, não há registro dessa passagem.

ESTAÇÃO XIV – Jesus é posto no sepulcro. A última estação, mais disputada de todas, é o Santo Sepulcro, onde Jesus foi sepultado. O lugar exato do túmulo está marcado com uma estrela prateada.

FAMÍLIA SAGRADA

José e Maria

José, o pai humano de Jesus, era um hebreu entre os hebreus, embora carregasse muitos caracteres raciais de estirpes não judaicas que, de tempos em tempos, foram agregados a sua árvore genealógica pelas linhas femininas de seus progenitores. A genealogia do pai de Jesus remontava aos dias de Abraão e, através desse venerável patriarca, levava aos primeiros traços da herança dos sumérios e dos noditas e, seguindo através das tribos do sul do antigo homem azul, chegava até Andon e Fonta. Os antepassados imediatos de José eram operários: construtores, carpinteiros, pedreiros e ferreiros. O próprio José foi carpinteiro e, posteriormente, empreiteiro. Sua família pertencia a uma longa e ilustre linha de nobreza do povo comum e que, de quando em quando, destacava-se pela aparição de indivíduos extraordinários, que se distinguiram com relação à evolução da religião no planeta terra.

Maria, a mãe terrena de Jesus, era descendente de uma longa linha de antepassados únicos e que incluíam muitas das mulheres mais notáveis da história racial daqueles tempos. Embora Maria fosse uma mulher mediana de sua época e geração e possuísse um temperamento razoavelmente normal, ela contava entre seus antepassados com mulheres bem conhecidas, como Annon, Tamar, Rute, Betsabé, Ansie, Cloa, Eva, Enta e Ratta. Nenhuma judia daqueles tempos tinha uma linhagem mais ilustre de progenitores comuns ou uma linhagem que remontasse aos mais auspiciosos começos. Como a de José, a linhagem de Maria era caracterizada pela predominância de indivíduos comuns mas fortes, por numerosas personalidades notáveis que se sobressaíram aqui e ali na marcha da civilização e na evolução progressiva da religião. Ela era judia quanto à cultura e crença, mas em dotação hereditária ela era muito mais uma composição de descendência síria, hitita, fenícia, grega e egípcia, e sua herança racial era mais heterogênea que a de José.

De todos os casais que viviam na Palestina no tempo do nascimento de Jesus, José e Maria tinham a combinação mais ideal dos vínculos raciais comuns e a média superior dos dotes de personalidade. O plano era de Jesus aparecer na Terra como um homem comum, para que as pessoas comuns pudessem compreendê-lo e recebê-lo; por esta razão, foram selecionadas, justamente, pessoas como José e Maria para virem a ser os pais de Jesus.

José era homem de temperamento dócil, extremamente consciencioso e, de todas as formas, fiel às convenções e práticas religiosas de seu povo. Ele falava pouco mas pensava muito. A penosa situação do povo judeu causava muita tristeza em José. Em sua juventude, entre seus oito irmãos e irmãs, ele era mais alegre mas, em seus primeiros anos de vida conjugal (durante a infância de Jesus), ele esteve sujeito a períodos de leve desânimo espiritual. Estas manifestações temperamentais melhoraram consideravelmente pouco antes de sua morte prematura e depois da condição econômica de sua família melhorar em razão de seu progresso do posto de carpinteiro à função de próspero empreiteiro.

O temperamento de Maria era completamente oposto ao de seu marido. Ela era habitualmente alegre, muito raramente ficava deprimida e tinha uma disposição sempre otimista. Maria freqüentemente se entregava à livre expressão de seus sentimentos e emoções e, antes da morte súbita de José, nunca foi vista triste. E ela mal tinha se recuperado deste choque quando foi forçada às ansiedades e questionamentos provocados pela extraordinária caminhada de seu filho mais velho, que tão rapidamente desenvolvia-se diante seu olhar assombrado. Contudo, ao longo de toda esta experiência inusitada, Maria foi serena, corajosa e muito sábia em suas relações com seu estranho e pouco compreendido filho primogênito e com seus irmãos e irmãs sobreviventes.

Jesus herdou de seu pai muito de sua extraordinária docilidade e de sua maravilhosa compreensão compassiva da natureza humana; de sua mãe, Ele herdou seu dom de grande mestre e sua tremenda capacidade para a indignação justa.

Nas reações emocionais às circunstâncias de sua vida adulta, às vezes Jesus era como seu pai, meditativo e adorador, e algumas vezes caracterizava-se por uma aparente tristeza; porém, mais freqüentemente, Ele seguia adiante à maneira de sua mãe, com disposição otimista e determinada. De um modo geral, o temperamento de Maria inclinava-se a dominar a caminhada do Filho divino
conforme ele crescia e se atirava nos importantes passos de sua vida adulta. Em certos pormenores, Jesus era uma combinação dos traços de seus pais; em outros aspectos, exibia os traços de um deles em contraste com os do outro. De José, Jesus adquiriu o ensino preciso sobre o uso das cerimônias judaicas e seu conhecimento pouco comum acerca das escrituras hebréias; de Maria, ele herdou um ponto de vista mais amplo sobre a vida religiosa e um conceito mais liberal acerca da liberdade espiritual pessoal.

Tanto a família de José como a de Maria eram bem instruídas para seu tempo. José e Maria foram educados muito acima da média do seu tempo e posição social. Ele era um pensador; ela era uma planejadora, perita na adaptação e prática na execução imediata. José era moreno de olhos negros; Maria era quase loura, e de olhos castanhos.

Se José tivesse vivido, sem dúvida alguma, ele se tornaria um crente inabalável na missão divina de seu filho mais velho. Maria alternava entre a fé e a dúvida, muito influenciada pelas posições tomadas por seus outros filhos e pelos amigos e parentes, mas ela sempre se firmava em sua posição final em virtude da lembrança da aparição de Gabriel a ela, logo depois que a criança foi concebida.

Maria era uma hábil tecelã, mais hábil que a média na maior parte das artes domésticas daqueles tempos; ela era uma excelente administradora do lar e dona de casa. Tanto José como Maria eram bons mestres, e cuidavam que seus filhos fossem bem versados nos conhecimentos daqueles tempos.

Quando José era um homem jovem, ele foi contratado pelo pai de Maria para o trabalho de construir um cômodo contíguo à sua casa; e foi durante o almoço, quando Maria trouxe a José um copo d'água, que realmente começou o namoro do casal que estava destinado a vir a ser os pais de Jesus.

José e Maria casaram-se de acordo com os costumes judeus, na casa de Maria, situada nos arredores de Nazaré, quando José tinha vinte e um anos de idade. Este casamento foi o epílogo de um noivado normal, de quase dois anos de duração. Pouco tempo depois, eles se mudaram para sua nova casa em Nazaré, construída por José com a ajuda de dois de seus irmãos. A casa estava localizada ao pé de uma elevação que dominava encantadoramente as cercanias da região. Nesta casa, especialmente preparada, estes jovens e esperançosos pais pretendiam dar as boas-vindas ao filho da promessa, sem se dar conta de que este importante acontecimento do universo ocorreria quando eles estivessem fora de casa, em Belém de Judá.

A maior parte da família de José converteu-se em crentes dos ensinamentos de Jesus, mas muito poucos dos parentes de Maria acreditaram nele antes de sua partida deste mundo. José inclinava-se mais para o conceito espiritual do esperado Messias, mas Maria e sua família, e especialmente seu pai, conservavam a idéia de um Messias como um libertador secular e um governante político. Os antepassados de Maria eram notadamente identificados com as atividades dos Macabeus dos tempos recentes de então.

José guardava vigorosamente os preceitos consoante a visão oriental ou babilônia da religião judaica; Maria inclinava-se fortemente para uma interpretação ocidental ou helenística da lei e dos profetas, uma interpretação mais ampla e liberal.


A Casa em Nazaré

A casa de Jesus não ficava longe da alta colina situada na parte norte de Nazaré, a certa distância da fonte da aldeia, a qual estava na seção oriental da cidade. A família de Jesus residia nos arredores da cidade e isto, posteriormente, tornou tudo mais fácil para ele desfrutar de freqüentes passeios no campo e fazer excursões ao topo desta elevação vizinha, que era a mais alta de todas as colinas no sul da Galiléia, à exceção do Monte Tabor, situado ao leste, e da colina de Nain, a qual tinha aproximadamente a mesma altura. Sua casa estava localizada um tanto ao sul, ao leste do promontório
no sul desta colina e aproximadamente a meio caminho entre a base desta elevação e a estrada que saía de Nazaré em direção a Canaã. Além de escalar a colina, o passeio favorito de Jesus era seguir um caminho estreito que rodeava a base da colina na direção nordeste, até o ponto onde ele se unia à estrada para Séforis.

A casa de José e Maria, era uma estrutura de pedra de um cômodo com teto plano e um edifício contíguo para os animais. Os móveis consistiam numa mesa baixa de pedra, vasilhas de barro, pratos e panelas de pedra, um tear, uma lâmpada, vários bancos pequenos e tapetes para dormir sobre o piso de pedra. No quintal, junto ao anexo dos animais, ficava o abrigo que cobria o forno e o moinho para moer trigo. Quando menino, Jesus freqüentemente abastecia o moinho enquanto sua mãe girava o moedor.

Nos últimos anos, à medida que a família crescia em tamanho, todos se sentavam à mesa de pedra, já aumentada, para desfrutar de suas refeições, servindo-se todos de um prato ou panela comum de comida. Durante o inverno, na refeição da noite, a mesa era iluminada por uma pequena lâmpada chata de argila enchida com azeite. Depois do nascimento de Marta, José construiu mais um cômodo anexo na casa, um quarto grande que era usado como oficina de carpintaria durante o dia e como dormitório à noite.


A Viagem à Belém

No mês de março do ano 8 a.C. (o mês em que José e Maria se casaram), César Augusto decretou a contagem de todos os habitantes do Império Romano, que um censo deveria ser feito para que pudesse ser usado na efetivação de uma melhor cobrança de impostos. Os judeus estavam sempre indispostos contra as tentativas de "contar ao povo"; e isto, mais as graves dificuldades domésticas de Herodes, o rei da Judéia, combinou-se para ocasionar o adiamento por um ano desta tomada do censo no reino judaico. Em todo o Império Romano, este censo foi registrado no ano 8 a.C., exceto no reino palestino de Herodes, onde foi tomado no ano 7 a.C., um ano mais tarde.

Não era necessário que Maria fosse a Belém para se registrar; José estava autorizado a registrar toda sua família; porém, Maria, sendo uma pessoa enérgica e aventureira, insistiu em acompanhá-lo. Ela temia ficar sozinha, com receio de que o bebê nascesse enquanto José estivesse longe e, de mais a mais, Belém não ficava longe da cidade de Judá e Maria previa uma possível visita agradável à Isabel, sua parenta. José praticamente proibiu Maria de acompanhá-lo, mas isto não serviu de nada; quando a comida foi empacotada para a viagem de três ou quatro dias, ela preparou uma ração dupla e aprontou-se para a viagem. Mas antes deles partirem de fato, José já estava conformado com o fato de Maria ir com ele e, ao raiar do dia, eles partiram alegremente de Nazaré. Maria e José eram pobres, e uma vez que tinham somente um animal de carga, Maria, que estava em estado adiantado de gravidez, cavalgava o animal com as provisões, ao passo que José ia a pé, conduzindo a besta.

A construção e mobília da casa tinha sido um grande gasto para José, já que ele também tinha de contribuir para o sustento de seus pais, pois recentemente seu pai tinha ficado incapacitado. E assim, este casal judeu partiu de seu humilde lar numa manhã bem cedo, em 18 de agosto do ano 7 a.C., em sua jornada à Belém.

Seu primeiro dia de viagem levou-os ao pé do Monte Gilboa, onde eles acamparam durante a noite junto ao rio Jordão e entraram em várias especulações acerca de que tipo de filho nasceria para eles; José aderindo ao conceito de um Mestre espiritual e Maria mantendo a idéia de um Messias judeu, de um libertador da nação hebréia.

Na ensolarada manhã do dia 19 de agosto, José e Maria retomaram sua viagem. Eles partilharam o almoço ao pé do Monte Sartaba, que dominava o vale do Jordão, e viajaram em seguida, chegando em Jericó à noite, onde se hospedaram numa pousada que ficava no caminho, nos arredores da cidade. Depois de jantar e das muitas conversas sobre a opressão do governo romano, de Herodes, do registro do censo, e da influência relativa de Jerusalém e Alexandria como centros de conhecimento e de cultura judaica, os viajantes nazarenos retiraram-se para descansar.

Bem cedo, na manhã do dia 20 de agosto, retomaram sua viagem, chegando à Jerusalém antes do meio-dia; eles visitaram o templo e continuaram rumo ao seu destino, chegando à Belém no meio da tarde.

A pousada estava repleta e assim José foi buscar alojamento junto aos parentes distantes, mas todos os quartos em Belém estavam repletos. Ao voltar ao pátio da pousada, ele foi informado de que os estábulos para as caravanas, lavrados nos lados da rocha e situados debaixo da hospedaria, estavam vagos e limpos com a finalidade de alojar hóspedes. Deixando o jumento no pátio, José carregou suas malas de roupas e provisões e desceu com Maria os degraus de pedra, indo até seu alojamento. Eles se acharam no que havia sido um cômodo para armazenar grãos, de frente para os estábulos e a manjedoura; armaram a tenda de lona e se consideraram afortunados por ter um alojamento tão confortável.

José tinha pensado em sair logo e se registrar, mas Maria estava cansada; ela sentia-se consideravelmente aflita e lhe implorou que permanecesse ao seu lado, no que ele acedeu.


O Nascimento de Jesus

Maria esteve inquieta a noite toda, de forma que nenhum dos dois dormiu muito. Ao amanhecer, as dores de parto eram bem evidentes, e ao meio-dia do dia 21 de agosto do ano 7 a.C., com a ajuda bondosa de outras viajantes, Maria deu à luz um menino. Jesus de Nazaré tinha nascido no mundo, foi envolvido em roupas que Maria tinha trazido com ela para uma possível contingência e colocado numa manjedoura próxima. E o filho prometido nasceu da mesma maneira que todos os bebês daqueles tempos e desde então vêm ao mundo; e no oitavo dia, conforme a prática judaica, ele foi circuncidado e formalmente chamado de Josué (Jesus). José fez seu registro no dia seguinte ao do nascimento de Jesus.

Encontrando com um homem com o qual eles tinham conversado duas noites antes em Jericó, este levou José até um amigo próspero e que tinha um quarto na pousada, o qual lhe disse que trocaria com prazer de quarto com o casal de Nazaré. Eles se mudaram naquela tarde para a pousada onde ficaram por quase três semanas, até que encontraram alojamento na casa de um parente distante de José.

No segundo dia depois do nascimento de Jesus, Maria enviou à Isabel a notícia de que seu filho tinha chegado, e recebeu de resposta um convite para José ir até Jerusalém para conversar sobre todos os assuntos com Zacarias. José foi, na semana seguinte, à Jerusalém para se encontrar com Zacarias. Tanto Zacarias como Isabel haviam passado a ter uma convicção sincera de que Jesus de fato viria a ser o libertador dos judeus, o Messias, e que seu filho João viria a ser o comandante dos auxiliares, seu braço direito, homem do destino. E já que Maria tinha estas mesmas idéias, não foi difícil convencer José a ficar em Belém, a cidade de Davi, para que Jesus pudesse crescer e se tornar o sucessor de Davi no trono de toda Israel. Conseqüentemente, eles permaneceram em Belém por mais de um ano, e nesse meio tempo José trabalhou um pouco em seus negócios de carpintaria.

Ao meio-dia do dia do nascimento de Jesus, reunidos sob seus diretores, os serafins cantaram hinos de glória sobre a manjedoura de Belém; mas estas expressões de louvor não foram ouvidas por ouvidos humanos. Nenhum pastor nem outras criaturas mortais vieram render homenagem ao bebê de Belém antes do dia da chegada de certos sacerdotes de Ur, que Zacarias tinha enviado de Jerusalém.

Tempo atrás, havia sido dito a estes sacerdotes da Mesopotâmia por um estranho mestre religioso de seu país, que ele tinha tido um sonho no qual era informado que a "luz da vida" estava para aparecer sobre a Terra em forma de bebê e entre os judeus. E para lá foram estes três sacerdotes, para procurar esta "luz da vida".

Depois de muitas semanas de busca inútil em Jerusalém, eles estavam quase para voltar a Ur, quando Zacarias os encontrou e revelou sua crença de que Jesus era o objeto de sua busca, e os encaminhou a Belém, onde eles encontraram o bebê e deixaram suas oferendas com Maria, sua mãe terrena. O bebê tinha quase três semanas de vida na ocasião desta visita.

Estes sábios homens não viram nenhuma estrela para guiá-los até Belém. A linda lenda da estrela de Belém originou-se desta maneira: Jesus nasceu ao meio-dia do dia 21 de agosto do ano 7 a.C. No dia 29 de maio do ano 7 a.C., ocorreu uma extraordinária conjunção de Júpiter e Saturno na constelação de Peixes. E é um fato astronômico notável que conjunções similares ocorressem no dia 29 de setembro e no dia 5 de dezembro do mesmo ano. Sobre a base destes eventos extraordinários mas totalmente naturais, os fanáticos bem intencionados das gerações seguintes construíram a atraente lenda da estrela de Belém e dos Reis Magos adoradores, conduzidos pela estrela à manjedoura onde eles contemplaram e adoraram o bebê recém-nascido.

As mentes orientais e do Oriente próximo deleitam-se nas fábulas e divulgam continuamente estes belos mitos sobre a vida de seus líderes religiosos e de seus heróis políticos. Na ausência da imprensa, quando a maior parte do conhecimento humano era passada de boca em boca, de uma geração à outra, era muito fácil que os mitos se tornassem tradições e que as tradições acabassem por se tornar aceitas como fatos.

RESUMOS DA LINHAGEM DESCENDENCIAL DAS FAMÍLIAS DA BÍBLIA ATÉ JESUS CRISTO:

PRIMEIRO:

No capítulo 3, versículos de 23 a 38, do Evangelho de Lucas, pode-se observar uma relação dos ascendentes de Jesus Cristo, desde o primeiro homem, Adão.

Vejamos: Deus foi o pai de Adão; Adão foi o pai de Sete; Sete foi o pai de Enos; Enos foi o pai de Cainã; Cainã foi o pai de Maleleel; Maleleel foi o pai de Jarede; Jarede foi o pai de Enoque; Enoque foi o pai de Matusalém; Matusalém foi o pai de Lameque; Lameque foi o pai de Noé; Noé foi o pai de Sem; Sem foi o pai de Arfaxade; Arfaxade foi o pai de Cainã; Cainã foi o pai de Salá; Salá foi o pai de Éber; Éber foi o pai de Faleque; Faleque foi o pai de Ragaú; Ragaú foi o pai de Serugue; Serugue foi o pai de Naor (ou Nacor); Naor (ou Nacor) foi o pai de Terá; Terá foi o pai de Abraão; Abraão foi o pai de Isaque; Isaque foi o pai de Jacó; Jacó foi o pai de Judá, que foi o quarto filho de Jacó com Lia; Judá foi o pai de Farés; Farés foi o pai de Esrom; Esrom foi o pai de Arni; Arni foi o pai de Admin; Admin foi o pai de Aminadabe; Aminadabe foi o pai de Naassom; Naassom foi o pai de Salá; Salá foi o pai de Boaz; Boaz foi o pai de Obede, cuja mãe foi Rute; Obede foi o pai de Jessé; Jessé foi o pai do Rei Davi; Davi foi o pai de Natã; Natã foi o pai de Matatá; Matatá foi o pai de Mená; Mená foi o pai de Meleá; Meleá foi o pai de Eliaquim; Eliaquim foi o pai de Jonã; Jonã foi o pai de José; José foi o pai de Judá; Judá foi o pai de Simeão; Simeão foi o pai de Levi; Levi foi o pai de Matã; Matã foi o pai de Jorim; Jorim foi o pai de Eliézer; Eliézer foi o pai de Josué; Josué foi o pai de Er; Er foi o pai de Elmadã; Elmadã foi o pai de Cosã; Cosã foi o pai de Adi; Adi foi o pai de Melqui; Melqui foi o pai Neri; Neri foi o pai de Salatiel; Salatiel foi o pai de Zorobabel; Zorobabel foi o pai de Resá; Resá foi o pai de Joanã; Joanã foi o pai de Jodá; Jodá foi o pai de José; José foi o pai de Semei; Semei foi o pai de Matatias; Matatias foi o pai de Maate; Maate foi o pai de Nagaí; Nagaí foi o pai de Esli; Esli foi o pai de Naum; Naum foi o pai de Amós; Amós foi o pai de Matatias; Matatias foi o pai de José; José foi o pai de Jonai; Jonai foi o pai de Melqui; Melqui foi o pai de Levi; Levi foi o pai de Matã; Matã foi o pai de Heli, e Heli foi o pai de José, esposo de Maria, mãe de Jesus Cristo.

SEGUNDO:

No capítulo 1 do livro de Mateus também consta uma relação dos ascendentes de Jesus Cristo, começando por Abraão.

Vejamos: Abraão foi o pai de Isaque; Isaque foi o pai de Jacó; Jacó foi o pai de Judá; Judá foi o pai de Perez e Zerá (a mãe dos dois foi Tamar); Perez foi o pai de Esrom; Esrom foi o pai de Arão; Arão foi o pai de Aminadabe; Aminadabe foi o pai de Naassom; Naassom foi o pai de Salmom; Salmom foi o pai de Boaz; Boaz foi o pai de Obede; Obede foi o pai de Jessé; Jessé foi o pai do Rei Davi; Davi foi o pai do Rei Salomão (a viúva de Urias foi a mãe de Salomão); Salomão foi o pai de Roboão; Roboão foi o pai de Abias; Abias foi o pai de Asa; Asa foi o pai de Josafá; Josafá foi o pai de Jorão; Jorão foi o pai de Uzias; Uzias foi o pai de Jotão; Jotão foi o pai de Acaz; Acaz foi o pai de Ezequias; Ezequias foi o pai de Manassés; Manassés foi o pai de Amom; Amom foi o pai de Josias; Josias foi o pai de Jeconias e seus irmãos (nascidos na época do exílio em Babilônia). Após o exílio, Jeconias foi o pai de Salatiel; Salatiel foi o pai de Zorobabel; Zorobabel foi o pai de Abiúde; Abiúde foi o pai de Eliaquim; Eliaquim foi o pai de Azor; Azor foi o pai de Sadoque; Sadoque foi o pai de Aquim; Aquim foi o pai de Eliúde; Eliúde foi o pai de Eleázar; Eleázar foi o pai de Matã; Matã foi o pai de Jacó; Jacó foi o pai de José (que foi marido de Maria, a mãe de Jesus Cristo, o Messias).

Aí estão as catorze gerações desde Abraão até o Rei Davi, mais catorze gerações desde o Rei Davi até o exílio em Babilônia e mais catorze gerações desde o exílio até Jesus Cristo.

TERCEIRO:

Na pesquisa realizada na Bíblia, com base nos livros de Gênesis, I Crônicas, Mateus e Lucas, montou-se uma tabela com os nomes que se conseguiu lncalizar sobre as gerações, desde Adão até Jesus Cristo, segundo cada uma dessas fontes, procurando melhor evidenciar, em resumo e globalmente, toda essa cadeia descendencial. A única fonte que está completa desde Adão até Jesus é a baseada no evangelista Lucas, embora, ele apresente bastante divergência das demais fontes na cadeia, a partir de Davi, o que nos aparenta como sendo o menos preciso. A seguir, a tabela demonstrativa:

OBS.:

1 - Deus mudou o nome de Abrão para Abraão.

2 - Deus mudou o nome de Jacó para Israel.

3 - Em I Crônicas são mencionados Pedaías e Sealtiel, entre os filhos de Jeconias. No entanto, menciona Pedaías como o Pai de Zorobabel e não Sealtiel ou Salatiel, como consta em Lucas e Mateus.

Observa-se que alguns nomes têm grafias diferentes, segundo cada livro, no entanto, percebe-se tratar da mesma pessoa, tais como: Maalaleel, Maalalel e Maleleel; Jarede e Jarete; Matusalém e Metusalém; Héber e Éber; Pelegue e Fáleque; Reú e Ragaú; Naor e Nacor; Perez e Farés; Hezrom e Esrom; Rão e Arão; e Salma, Salmom e Sala.

Segundo Lucas, são 77 as gerações desde Adão até Jesus. Essa não aparenta ser a versão mais exata, pelos motivos a seguir:

a - de Adão até Abraão, as versões são iguais em Gênesis e I Crônicas. Em Lucas, os nomes também são praticamente iguais, apresentando um nome a mais (o segundo Cainã) do que consta nos outros dois livros. Mateus não relata esses nomes; inicia a cadeia em Abraão;

b - de Abraão até Judá, os quatro livros são exatamente iguais e aí se encerra a cadeia em Gênesis;

c - de Judá até Davi, os livros de I Crônicas e Mateus são exatamente iguais. O livro de Lucas também é bastante parecido, sendo que apresenta um nome a mais (Admin) e o pai deste, que se chama Arni, bastante diferente de Rão (I Crônicas) ou Arão (Mateus);

d - de Davi até Zorobabel, os livros de I Crônicas e Mateus são quase iguais, sendo que I Crônicas apresenta um nome a mais (Jeoaquim, filho de Josias e pai de Jeconias), enquanto que em Mateus, Josias é o pai de Jeconias. Outra divergência é que em I Crônicas aparecem como filhos de Jeconias: Pedaías e Sealtiel (que deve ser o mesmo Salatiel de Mateus e de Lucas), mas aparece Pedaías como pai de Zorobabel e não Salatiel, como em Mateus e Lucas (aqui é mais prudente considerar Salatiel, que consta em duas cadeias). Nessa parte da cadeia, o livro de Lucas já é bastante diferente dos outros dois, só se igualando em Salatiel (com Mateus) e em Zorobabel (com os dois). Aqui também se encerra a cadeia em I Crônicas;

e - a partir de Zorobabel, as cadeias de Mateus e Lucas são bastante diferentes, exceto Matã, José e Jesus, e também Jacó, que se acredita seja outro nome de Heli. Aqui, poder-se-ia optar por uma ou por outra, já que só possui as duas cadeias, ficando a critério de cada um. No entanto, como a cadeia de Lucas sempre divergiu das outras, que muitas vezes coincidiam entre si, pode assim ser considerada a de menor grau de confiabilidade.

Talvez, em uma análise mais prudente, poder-se-ia considerar:

- 19 Gerações de Adão até Terá (incluindo primeiro e último), igual a Gênesis e I Crônicas;

- 14 Gerações de Abraão até Davi (incluindo primeiro e último), igual a I Crônicas e Mateus;

- 14 gerações de Salomão até Jeoaquim (segundo I Crônicas). Mateus também menciona 14 gerações de Davi até o exílio na Babilônia, que foi o tempo do rei Josias, pai de Jeoaquim;

- 14 gerações de Jeconias até Jesus.

Assim, ter-se-ia, portanto, um total de 61 gerações, desde Adão até Jesus.